O escritor e desenhista Mauricio de Sousa é o mais novo membro da Academia Paulista de Letras (APL), ocupando a cadeira 24 da instituição, que antes pertencia ao poeta e jurista Geraldo de Camargo Vidigal, falecido este ano.

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Está é a primeira vez na história da APL que um quadrinista conquista este privilégio, o que pode ser considerado como uma forma de reconhecimento das Histórias em Quadrinhos (HQ) como um tipo de literatura. “Não tenho tantos livros e sou, antes de tudo, um quadrinista. Mas também sou autor de textos, mas textos dentro de balões’’, afirma o autor da Turma da Mônica.

Mauricio de Sousa iniciou sua carreira desenhando cartazes e ilustrações para rádios e jornais em Mogi das Cruzes, cidade onde cresceu. Mas, antes de criar a Turma da Mônica, trabalhou por cinco anos como repórter policial na Folha da Manhã, onde além de escrever as reportagens, também as ilustrava com desenhos bem aceitos pelos leitores.

Em 18 de julho de 1959, começou a desenhar histórias em quadrinhos para o jornal, criando o seu primeiro personagem, o cão Bidu. Assim, das tiras em quadrinhos com Bidu e seu dono Franjinha surgiram os primeiros personagens da Turma da Mônica, uma revista lançada pela Editora Abril em 1970 com tiragem de 200 mil exemplares.
 
“Gostaria de atrair crianças e jovens para conhecerem a Academia e seus representantes”, declarou Mauricio de Sousa após o anúncio da Academia Paulista de Letras.

Existindo a mais de 100 anos, a APL está localizada no Largo do Arouche, centro de São Paulo, e conta com quarenta membros. Entre eles, estão nomes como Walcyr Carrasco, Ignácio de Loyola Brandão, Ruth Rocha, Lygia Fagundes Telles, Antonio Ermírio de Moraes, Ives Gandra Martins, Raul Cutait, Miguel Reale Jr., Gabriel Chalita, Bolívar Lamounier e Jorge Caldeira. 
O romance “O Pequeno Príncipe” do escritor e piloto francês Antoine de Saint-Exupéry ganhou recentemente uma nova adaptação para a TV, que tem causado muita polêmica entre os fãs.


Com o título "La planète du temps" (O planeta do tempo), o primeiro capítulo da animação, que será transmitida pela cadeia France 3, apresenta o personagem “O Pequeno Príncipe” com um ar mais moderno, que pouco tem a ver com as ilustrações criadas por seu autor.

As mudanças vão desde a aparência do personagem principal, mais próxima da adolescência que da infância, até a história contada no livro, no qual seu companheiro, a raposa, passa a ser na nova adaptação, seu alter ego cômico.

Os responsáveis por essa nova adaptação do romance argumentam que para os valores universais do protagonista alcançarem às novas gerações, é necessário adaptá-los aos tempos atuais. Caso contrário, ele ficará apagado diante dos novos heróis da literatura e condenado a ser uma obra mais conhecida pelos adultos do que pelas crianças.

"Queríamos que o Pequeno Príncipe tivesse olhos grandes, como os personagens do mangá e, por que não, vê-lo lutar ou fazer kung fu", comenta Olivier d'Agay, sobrinho do escritor e presidente da empresa que administra seu legado.

Por ouro lado, todas essas mudanças parecem não estar agradando aos fãs da obra, receosos de que os valores de inocência, amizade e amor, tão característicos do protagonista de Saint-Exupéry, se percam no decorrer da história.

O filme chegará às telas francesas no final de dezembro e estreará em 80 países. Será uma produção de 18,6 milhões de euros, um dos orçamentos mais altos da história para uma animação televisiva.


Sobre o livro

"Le Petit Prince", conhecido como “O Pequeno Príncipe” no Brasil, é a obra de maior sucesso do francês Antoine de Saint-Exupéry, publicado em 1943 durante o seu exílio nos Estados Unidos.

A princípio, aparenta ser um livro infantil, no entanto basta ler algumas páginas para perceber o seu teor poético e filosófico, que envolve o leitor em uma narrativa sensível e delicada sobre a essência humana.

É o livro francês mais vendido no mundo, cerca de 80 milhões de exemplares, e 500 edições diferentes. Também se trata da terceira obra literária (sendo a primeira a Bíblia e a segunda O Peregrino) mais traduzida no mundo, publicada em 160 idiomas.

Terceiro filho do conde Jean Saint-Exupéry e da condessa Marie Foscolombe, o escritor, ilustrador e piloto da Segunda Guerra Mundial, Antoine de Saint-Exupéry também escreveu artigos para várias revistas e jornais da França e outros países, sobre muitos assuntos, como a guerra civil espanhola e a ocupação alemã da França. Suas obras na maioria são caracterizadas por elementos como a aviação e a guerra.

Saiba mais sobre o autor neste site.
O site Superdownloads está promovendo, durante os meses de novembro e dezembro, uma campanha de incentivo à leitura, que convida todos os usuários a realizarem downloads grátis de e-books dos mais diversos estilos literários.


Com o tema “conteúdo sem barreiras”, o site possui em seu acervo mais de 500 livros digitais de renomados escritores da literatura mundial, desde o brasileiro Machado de Assis ao britânico William Shakespeare, além de revistas e periódicos.

Para o Diretor Executivo do Site, Conrado Soares, a educação precisa da leitura como via de inclusão social e melhoria para a formação das pessoas. “O Superdownloads incentiva à leitura, colocando à disposição dos usuários uma verdadeira biblioteca online, para facilitar o acesso à cultura e aprendizagem”, diz o executivo.

O acervo é atualizado constantemente e todas as suas obras se encontram em domínio público ou contam com a devida licença por parte dos titulares dos direitos autorais.

Para conhecer a biblioteca virtual e baixar e-books grátis basta acessar o site Superdownloads.
Em constante evolução a tecnologia do e-Reader, leitor digital para e-books, tem dominado o mercado mundial, desde seu lançamento em novembro de 2007, criando uma nova tendência no que se refere à leitura.


No entanto, apesar das suas inúmeras vantagens, o leitor digital ainda enfrenta algumas limitações, como a de exibir apenas conteúdo em preto e branco numa tela LCD, que depois de certo período de leitura se torna cansativa para a vista. Porém esse limite está prestes a ser ultrapassado.

Ao utilizar a tecnologia de tinta eletrônica (e-ink), ou papel eletrônico (e-paper), que reflete a luz da mesma forma que o papel, os e-Readers tem se aproximado cada vez mais da sensação de se ler um livro convencional.

Sua mais nova evolução possui telas flexíveis tão finas quanto uma folha de papel. O projeto está sendo desenvolvido pela organização taiwanesa de pesquisa, a Taiwan Industrial Technology Research Institute (ITRI) e por uma das maiores fabricantes mundiais de LCD, a AU Optronics.


“As telas flexíveis são muito finas, cerca de 30 mícrons”, declarou John Chen, diretor-geral da ITRI. “O desenvolvimento do processo de fabricação foi feito pela ITRI enquanto AU cuidará da parte de produção industrial dos produtos”, acrescentou.

O processo foi chamado de FlexUPD, sigla para Flexible Universal Panel for Displays, ou, painel flexível universal para displays. De acordo com o ITRI, “é a tecnologia mais simples e barata para a fabricação em massa de displays flexíveis que simulam papel”.

Uma das intenções do projeto é fazer com que os leitores digitais sejam utilizados principalmente em escolas. Pois sua composição flexível e mais resistente, tornando-o um material adequado também para crianças. A previsão é que o aparelho esteja disponível para venda em 2011.

Mas a evolução não para por aí, pois durante a mostra Flat Panel Display International, em novembro deste ano, no Japão, a E-Ink Corporation, que atualmente domina o segmento e fornece as telas para o Kindle da Amazon, demonstrou o primeiro display colorido para leitores de e-books.


A nova tecnologia, chamada de E-Ink Triton, exibe 16 tonalidades de cinza e milhares de cores. O aparelho será produzido pelo fabricante chinês Hanvon, e terá uma tela de 9,7 polegadas e acesso a internet por Wi-Fi ou 3G. A estimativa de preço está por volta de US$ 440 na China.


“O que você anda lendo?” Essa é a pergunta da página inicial do Skoob, uma rede social brasileira, exclusivamente, criada para os amantes da leitura.


Numa época em que as redes sociais dominam o dia a dia dos usuários, surge o Skoob, que significa books (livros) ao contrário, desenvolvido em 2008 pelo analista de sistemas Lindenberg Moreira, com o único objetivo de socializar o ato de ler.

Embora no exterior também existam redes similares, como a Goodreads e a Shelfari, o Skoob é a primeira feita por brasileiros para brasileiros. Com mais de 270 mil usuários, até o momento, a rede social permite aos seus membros, chamados de “skoobers”, conhecer pessoas que compartilham do gosto pela leitura, além de encontrar opiniões diversas sobre livros que pretendem ler ou comprar.

“A leitura geralmente é algo solitário. Ler um bom livro é maravilhoso e poder compartilhar essa leitura com outras pessoas deixa tudo ainda mais fascinante”, destaca o criador do portal.

Como Funciona?

A ideia é bem simples, depois de se cadastrar o usuário ganha um perfil no sistema, onde irá realizar buscas por livros classificando-os como já li, pretendo ler, estou lendo, vou ler, relendo ou abandonei, montando assim a sua estante virtual.
 

O catálogo do Skoob é bem variado, desde histórias em quadrinhos como a Turma da Mônica Jovem até clássicos como “A Ilha do Tesouro” de Robert Louis Stevenson. E caso o usuário não encontre o título que busca, há a possibilidade de cadastrar o livro no acervo.

Como toda rede social o site possibilita formas de interação entre os usuários, como seguir os perfis que têm estantes interessantes de leitura ou deixar recados na área dedicada à comunicação entre amigos.

“Eu entrei no Skoob quando teve a promoção 1 Ipad ou 100 livros?, e achei muito bom, porque ele dá a oportunidade de você conhecer novos livros e trocar informações com os usuários. Eu tive um novo acesso a cultura através do Skoob”, comenta a mais nova integrante da rede social, Elizangela Lizardo Emidio.


Os Skoobers também podem compartilhar suas opiniões e impressões sobre as obras por meio de avaliações e resenhas, e já que elas podem ser feitas por qualquer membro, às impressões podem ser tanto positivas quanto negativas. Devido a isso as resenhas possuem um formato de discussão, contendo as definições de concordo e não concordo, para que os membros possam deixar suas críticas e fazer replicas a cada observação.

Outra ferramenta do site é o histórico de leitura, onde o usuário relata o que está achando até determinada página de um livro, fazendo pequenos comentários e lançando notas para as páginas lidas até o momento.  “Achei muito valido isso, dessa forma você tem quase um resumo de outra pessoa, e assim acaba se interessando pelo livro”, diz Elizangela.

Além de descobrir quem leu ou está lendo o mesmo livro e o que eles acharam, no Skoob é possível também formar grupos de discussão sobre qualquer tema relacionado à literatura, como o “Séries: Eu leio!”, grupo para divulgar e debater as séries que mais se destacam na literatura mundial. No momento há mais de mil grupos formados no Skoob.

Agora, os amantes da literatura e aqueles que apenas curtem um bom livro de vez em quando poderão se encontrar e trocar opiniões em tempo real num espaço virtual feito só para eles. Lembrando que a rede social tem ainda um Blog, uma página no Facebook e um Twitter, onde os usuários se informam sobre as últimas novidades seguindo o SkoobNews.

Para se tornar um skoober acesse o site da rede social Skoob.
Há cem anos, em 20 de novembro de 1910, o mundo perdia um dos grandes nomes da literatura russa, Liev Nikolaievich Tolstói, morto aos 82 anos de pneumonia na estação ferroviária de Astapovo.


Conhecido como um dos escritores mais famosos da Rússia e um dos mais lidos do mundo, Tolstoi teve sua vida marcada pela contradição, que era representada por ele em seus livros. A escrita parecia ser uma forma de o autor expressar seus ideais pacifistas, anarquistas e de cristão libertário.

Suas obras mais famosas são “Guerra e Paz”, sobre as campanhas de Napoleão na Rússia, e “Anna Karenina”, onde denuncia o ambiente hipócrita da época e realiza um dos retratos femininos mais profundos e sugestivos da literatura.


A narrativa é considerada uma das maiores qualidade de sua obra, além da profunda e meticulosa atenção ao detalhe e o cuidado dado às personagens secundárias. Em apenas um único parágrafo, o escritor era capaz de caracterizar um personagem tornando-o quase humano, criando assim um cenário para o qual o leitor é aos poucos transportado.

Da excitação da jovem Natacha Bezúkov a vestir-se para o primeiro baile à loucura de Rastoptchin cometendo assassinatos com um machado até Anna Karenina, atirando-se sobre a linha de comboio, o escritor constrói personagens que revelam a complexidade psicológica do ser humano.

A História de Tolstói

Leo Tolstoy pintado por Nikolai Ge (1884)
Na Rússia do século XIX, mas precisamente, na cidade de Yasnaya Polyana, em 09 de setembro de 1828 nascia Liev Nikolaievich Tolstói, cujo nome também pode ser pronunciado como Léon Tolstói, Leo Tolstoi ou Leo Tolstoy.

Filho de uma família da nobreza russa, Tolstói ficou órfão de mãe aos dois anos e sete anos depois perdeu o pai. Em 1844 ingressou na Universidade de Kazan, que abandonou três anos depois se mudando para Moscovo.

O sentimento de vazio existencial que o atormentava na juventude, levou-o, em 1851, a alistar-se no exército da Rússia, combatendo na Guerra da Criméia, experiência que marcou profundamente sua vida e obra, e que também colaborou para que, mais tarde, se tornasse um pacifista.

No final da década de 50, de volta à sua terra natal, o autor preocupado com a precariedade da educação no meio rural criou uma escola, para filhos de camponeses, e, ao contrário da pedagogia da época, deixava os alunos livres, sem excessivas regras e punições.

No ano de 1862, viveu um casamento conturbado com Sônia Andreievna Bers, com quem teve 13 filhos. Porém embora estivesse cercado por sua família e fosse bem-sucedido como escritor, Tolstói viva atormentado por questões insolúveis sobre o sentido da vida e da religião, que o levaram mais tarde a se converter ao cristianismo e adotar uma vida de simplicidade. 

Nessa época o autor publicou a obra “Ressurreição”, na qual expõe a sua própria concepção da religião, sendo, em 1901, excomungado pela Igreja Ortodoxa Russa, passando também a ser considerado como uma ameaça ao governo, tendo muitos dos seus livros proibidos.

Tolstói jamais conseguiu esclarecer as inúmeras contrariedades de sua alma, mas talvez seja por essa razão que tenha sido capaz de escrever com tamanha sensibilidade e intensidade. E hoje, um século depois da sua morte, sua obra continua a ser lida no mundo inteiro, exercendo o fascínio sobre os leitores e influenciando novos escritores.

Saiba mais sobre a vida do escritor nos sites Net Saber e Jornal Público.
A Editora Abril convida roteiristas e desenhistas a mostrar seu talento no Prêmio Abril de Personagens, que tem como intuito promover e incentivar a produção de conteúdo infantil de qualidade.


Para participar os concorrentes, maiores de 18 anos, terão que criar narrativas infanto-juvenis, em forma de histórias em quadrinhos, para o público de 7 a 12 anos. As histórias poderão ser de humor, ação, aventura, mistério, ou qualquer outro gênero, sendo vetadas apenas as histórias com teor impróprio para o público-alvo.

Os três melhores trabalhos serão selecionados pela Editora Abril, pela Associação Brasileira de Produtores Independentes de Televisão (ABPI-TV), além de serem submetidos à apreciação e votação do público. Ao final do concurso, o vencedor irá assinar um contrato com a Editora e terá sua obra publicada.

Segundo a Editora Abril o grande desafio de produzir conteúdo para crianças contribui para o enriquecimento do repertório cultural da sociedade, propiciando, assim, a difusão do saber e do conhecimento.

As inscrições para o concurso deverão ser feitas, até 19 de dezembro de 2010, pelo site do Prêmio Abril de Personagens.
O ensaísta, poeta, escritor de romances e livros de viagem, Robert Louis Balfour Stevenson, nascido em 13 de novembro de 1850, comemora na data de hoje, 160 anos.


Nascido em Edimburgo, Escócia, o autor escreveu uma extensa lista de poemas, contos e livros, publicados de 1877 a 1893. Entre suas obras mais famosas estão os clássicos “O Médico e o Monstro”,As Aventuras de David Balfour” também conhecido como “Raptado” e o livro que o imortalizou, “A Ilha do Tesouro”.

Sobre o Autor

imagem: divulgação
Filho único de um próspero engenheiro civil, Stevenson ingressou aos 17 anos, na Universidade de Edimburgo para seguir a tradição de estudos da família, mas acabou desistindo da engenharia, pois não tinha interesse pela área. Mais tarde, com o consentimento do pai começou a estudar Direito, porém nunca chegou a advogar.

Em 1876, o autor conheceu Fanny Osbourne, uma americana com quem se casou no início de 1880, regressando logo depois à Escócia. Por ordem medica, pois sofria de tuberculose, mudou-se com a mulher e o enteado para a Suíça, e em seguida para o Sul da França, à procura de um clima que amenizasse sua doença.

Até que, no ano de 1892, finalmente se fixou com a família em Samoa, onde ficou conhecido como “Contador de Histórias”. Foi nestas ilhas que Stevenson morreu, em três de Dezembro de 1893, aos 44 anos, vítima de um derrame cerebral.

O Médico e o Monstro

O Médico e o Monstro (Strange Case of Dr Jekyll and Mr Hyde) é um romance publicado originalmente em 1886, que fala sobre um advogado londrino chamado Gabriel John Utterson, que investiga estranhas coincidências entre seu velho amigo, Dr. Henry Jekyll, e o misantropo Edward Hyde.

A obra é conhecida por sua representação vívida do fenômeno de múltiplas personalidades, mostrando que dentro de uma mesma pessoa pode existir tanto uma personalidade boa quanto má, ambas muito distintas. Como um dos trabalhos mais vendidos de Stevenson, o livro inspirou adaptações para o teatro, o cinema, entre outros.

A Ilha do Tesouro

Em pleno século XVIII, numa pequena cidade litorânea da Inglaterra, o jovem Jim Hawkins, cujos pais são proprietários da Hospedaria Almirante Benbow,  relata sua caça ao tesouro. Desde a descoberta do mapa até a volta da ilha, uma história repleta de lutas, motins, astucia e muitos lances de sorte.

A Ilha do Tesouro (Treasure Island), escrito em 1883, é considerado um clássico da literatura infanto-juvenil. Pois foi nessa obra, que pela primeira vez foram mencionados os mapas do tesouro, as arcas cheias de ouro enterradas e marcadas com um X, além da criação do famoso estereótipo do pirata, com uma perna-de-pau e um papagaio no ombro.

Ouro Preto, Patrimônio Cultural da Humanidade, cidade que respira arte, literatura e história, servirá de palco para o 6º Fórum das Letras, até o dia 15 de novembro.

Nesse ano, o evento homenageia a literatura africana na língua portuguesa, devido à sua influência na cultura brasileira, especialmente na história de Minas Gerais, erguida pelas mãos de escravos durante o Ciclo do Ouro.

"O português é a quarta língua mais falada do mundo, mas a literatura produzida nos países lusófonos ainda não é muito difundida no mundo e nem mesmo nos próprios países de língua portuguesa dos três continentes. Por isso, o Fórum das Letras reforça sua missão de promover a interação cultural e literária entre os países que se irmanam no uso deste idioma", diz a coordenadora do fórum, Guiomar de Grammont.

Nos seis dias do fórum, que teve inicio em 10 de novembro, serão realizadas mesas de discussões, palestras e outras atrações. Renomados escritores, estudantes, personalidades e todo o público participam de uma vasta programação.

Entre os escritores confirmados estão os portugueses Luandino Vieira, Inocência da Mata e Margarida Paredes. Os brasileiros Ferreira Gullar, Nei Lopes, Laurentino Gomes, Décio Pignatari, João Paulo Cuenca, Luiz Antônio Simas, Ricardo Aleixo e Júnia Furtado. E os moçambicanos Mia Couto e Paulina Chiziane (primeira mulher moçambicana a publicar um romance) e os angolanos Pepetela, Ondjaki, Carmo Neto, João de Melo, Adriano Botelho e João Maimona.

Durante a programação do evento o público também pode conferir o “Fórum das Letrinhas”, que tem o objetivo de aproximar as crianças do universo literário, e o “Literatura em Cena”, debates a respeito da herança cultural deixada pelos portugueses e escravos africanos.

Além do “Via-Sacra Poética”, projeto com a intenção de promover o encontro do público com autores jovens ou já consagrados, fazendo com que a poesia seja integrada ao cotidiano da população. Sua programação é composta por lançamento de livros, leitura de poesias, exibição de vídeos-poema, performances poéticas, cortejos e shows musicais ligados à literatura.

Há também o “Ciclo Bravo! de Jornalismo e Literatura”, com o intuito de concentrar, em um só espaço, as discussões sobre literatura e jornalismo, duas áreas que têm muito em comum. O encontro, realizado no Anexo do Museu da Inconfidência, contará com a participação de escritores, jornalistas e editores nacionais e estrangeiros.

Para saber mais sobre a programação do evento é só conferir o site oficial do Fórum das Letras.

Menos de uma semana depois de receber o prêmio Jabuti, uma das mais importantes premiações literárias do país, o escritor brasileiro Chico Buarque de Holanda venceu o Prêmio Portugal Telecom de Literatura 2010, com o romance “Leite Derramado”.

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A cerimônia da oitava edição do Prêmio aconteceu ontem à noite na Casa Fasano, em São Paulo, com apresentação do humorista Jô Soares que recriou em palco o talkshow que tem na TV Globo, com banda e tudo.

A noite foi também de homenagem ao escritor português José Saramago, prêmio Nobel de Literatura de 1998, falecido em junho deste ano, que também concorria ao prêmio com o livro “Caim”, mas este foi retirado da lista, após sua morte, a pedido da Fundação Saramago.

Pilar Del Río, viúva de José Saramago, foi quem entregou o troféu, além da quantia de 100 mil, ao escritor, cantor e compositor Chico Buarque. Em cima do palco, Pilar abriu o envelope, dizendo “toda a vida quis dizer isto” e leu o nome do vencedor Chico Buarque e “Leite Derramado”.

Em segundo lugar ficou a obra “Outra Vida” de Rodrigo Lacerda, que recebeu 35 mil reais , e em terceiro ficou “Lar” de Armando Freitas Filho, que ganhou 15 mil reais.

O Prêmio

O Prêmio Portugal Telecom de Literatura foi criado em 2003 pela empresa portuguesa de telecomunicações para prestigiar e divulgar a literatura brasileira, selecionando o melhor livro do ano. A partir de 2007 o prêmio passou a estar aberto a autores de todos os países de língua portuguesa.

Apesar de recente, é considerado um dos prêmios literários mais importantes do Brasil, junto com o Prêmio Jabuti, que lançado em 1959, foi idealizado por Edgard Cavalheiro quando presidia a Câmara Brasileira do Livro.

Desde a primeira premiação, o Jabuti foi se aprimorando e, ao longo dos anos, foi ganhando novas categorias. Hoje contempla desde romances a livros didáticos e desde livros de ilustração a projetos gráficos.
O escritor francês Michel Houellebecq conquistou, hoje, o prêmio Goncourt, um dos mais prestigiados da literatura francesa, com o seu quinto romance "La Carte et le territoire".

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O anúncio do prêmio foi recebido sem surpresas pela crítica e pelos jornalistas, que se amontoavam no salão do pequeno restaurante parisiense onde se encontravam os concorrentes.

Há tempos Houellebecq era considerado o favorito ao Goncourt, tendo sido indicado ao prêmio por duas vezes. Sendo a primeira em 1998 com o livro “As Partículas Elementares” (editora Sulina, 1999), e a segunda, sete anos mais tarde, com “A Possibilidade de uma Ilha” (editora Record, 2006).

O escritor de 52 anos, que também atua como crítico, cineasta, fotógrafo e cantor de rock, foi protagonista de várias polêmicas ao longo de sua carreira pelas suas declarações. O romance "La Carte et le territoire", publicado pela editora francesa Flammarion, é um retrato impiedoso de certas composturas contemporâneas no qual o escritor critica o mundo da arte e dos negócios, fazendo piada com tudo e todos, incluindo a ele mesmo.

"É um livro formidável, com muito humanismo, que capta as angústias, os sonhos, os delírios" da sociedade contemporânea. "E o Goncourt deve ser um espelho de seu tempo", disse Didier Decoin, secretário-geral da Academia Goncourt, ao anunciar o prêmio.

O Prêmio

Os Irmãos Goncourt / foto: divulgação
Na Paris do século XIX, os irmãos Jules e Edmond Goncourt almejavam reconstituir o ambiente dos salões literários do século anterior. Porém, em 1870, Jules faleceu, deixando Edmond para continuar a tarefa, no entanto, este morreu, em 1896, sem atingir seu propósito.

Mas a missão cultural dos dois irmãos pôde ser continuada, graças ao testamento de Edmond. No qual ele encarregou o amigo Alphonse Daudet de constituir, no ano da sua morte, uma sociedade literária, destinada a atribuir um prêmio anual de romance e uma renda anual aos dez membros da entidade a criar. Estes deveriam se reunir todos os meses e na reunião de Dezembro anunciar o vencedor.

A Sociedade Literária do Goncourt (Société Littéraire des Goncourt), fundada oficialmente em 1902, é composta por dez membros que se reúnem na primeira terça-feira de cada mês no restaurante Drouant, em Paris.

Para pertencer à sociedade é preciso ser escolhido pelos restantes elementos, após a morte ou saída de um destes. É condição obrigatória ser autor de língua francesa, o que permitiu em 1996 a eleição, por exemplo, do espanhol Jorge Semprún, que escreve habitualmente em francês.

A Feira Literária Internacional de Pernambuco (Fliporto) prepara-se para sua sexta edição, nos dias 12 e 15 de novembro, desta vez na cidade de Olinda, conhecida como patrimônio histórico e cultural da humanidade.

Com o tema "Literatura e presença judaica no mundo ibero-americano", a festa pretende homenagear a escritora Clarice Lispector, que além de ter uma obra literária digna de todas as homenagens, pertencia também a uma família judia de origem ucraniana.

“A honraria a Clarice se deve à própria trajetória da escritora, que da Ucrânia veio para o Brasil, e a sua importância seminal para a construção da literatura nacional”, define Antônio Campos, coordenador geral da Fliporto.

O evento irá contar com uma feira do livro, novos autores, noite de autógrafos, além de mesas do congresso literário e ainda atividades de cinema, lazer, gastronomia e tecnologia, relacionadas à literatura.

“Vamos ter 23 painéis e 42 autores do Brasil e do mundo participando das mesas literárias. Tudo isso para alcançar o objetivo da feira ibérica, que é trazer diálogos sobre as nossas raízes culturais com um olhar contemporâneo”, disse Campos.

Nomes como João Tordo (Portugal), Eva Scholoss (Áustria), Ricardo Piglia (Argentina) e Alberto Manguel (Argentina), além de nomes conhecidos dos pernambucanos, como Samarone Lima, Luzilá Gonçalves Ferreira e Raimundo Carrero estão confirmados para o evento.

A Feira

A 1° feira do Livro de Pernambuco, organizada pela Associação do Nordeste de Distribuidores e Editores de Livros (Andelivros), acontecerá simultaneamente à Fliporto, na Praça do Carmo, no Varadouro, das 10h às 22h.

Na programação, estão mais de 50 lançamentos editoriais. A previsão é de que até o final do evento, cerca de 40 editoras tenham exposto títulos diversos. "Nosso objetivo principal é promover editoras e escritores pernambucanos no âmbito local e nacional e movimentar a cadeia produtiva local", explicou Antônio Campos.

Tecnologia

A abertura do pólo tecnológico será feita pelo curador da Fliporto, o escritor Antônio Campos, que inaugura a exposição virtual e interativa “Olinda, Traços do Passado, Cores do Presente”.

Esta edição irá trazer duas oficinas de Web 2.0 ministradas por Lídia Freitas e Izabel Grizzi, diretoras do setor técnico da Microsoft em Pernambuco, sendo uma direcionada para escritores virtuais que desejam editar e comercializar seus e-books, e a outra voltada para a edição de vídeos.

Há ainda uma programação de conferências que será iniciada com o cientista-chefe do Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (C.E.S.A.R), Sílvio Meira, que tratará sobre Mídia Social.  No penúltimo dia de palestras, será a vez da jornalista Sílvia Valadares expor problemáticas e benefícios da relação entre Jornalismo e Internet.

A Fliporto Digital fará a transmissão ao vivo, em vídeo, da programação das conferências do congresso literário da Fliporto. Além disso,  contará com dois espaços direcionados para exposições interativas e o estande do Mix Leitor D, que deve atrair a atenção dos amantes de produtos high-tech.

De acordo com a professora de Literatura Brasileira e coordenadora da Fliporto Digital, Cláudia Cordeiro, o núcleo possui um diferencial em relação a outros eventos da área, não se trata de tecnologia apenas, mas aborda o uso dela em apoio à arte, em especial a literatura.

“A partir das oficinas vamos possibilitar que os escritores virtuais possam editar e comercializar seus e-books. O conhecimento oferecido pelo projeto não é só abstrato, é algo que pode ser utilizado na prática”, explicou à coordenadora.

Cinema

Na programação do Cine Fliporto, mostras de filmes, debates com cineastas convidados e lançamentos, além da exibição de 15 longas metragens e das oficinas.

O auditório da Faculdade de Olinda (Focca) irá se transformar no pólo cinematográfico da Fliporto, que terá como tema “A imagem como alfabeto da escrita”. Durante os quatro dias do evento, será exibida, ainda, uma mostra de imagens de caligrafia e grafismo, feita a partir de pesquisas realizadas pela curadora do pólo, a cineasta Kátia Mesel.

Gastronomia

Dez restaurantes da cidade irão fazer parte do Circuito Gastronômico que corre em paralelo à Fliporto. Os visitantes poderão degustar a culinária regional e alguns pratos da cozinha internacional, especialmente elaborados para o evento literário.

Para unir a arte da gastronomia ao artesanato regional, clientes que pedirem o prato do circuito, elaborado pelo restaurante participante, receberão uma peça de arte, limitada ao estoque da casa e preparada por um artista a ser escolhido. 

Hoje, 05 de Novembro, é comemorado o dia nacional do designer, o profissional responsável pela criação das capas dos livros. A data é uma homenagem ao pioneiro do design no Brasil, o advogado, artista plástico, designer e planejador, Aloísio Magalhães. 

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Defensor dos conceitos como a “brasilidade” do design e a recuperação da memória artística e cultural brasileira, Aloísio Magalhães é considerado como uma das figuras mais importantes da história do design no Brasil.

Em comemoração há esse dia o Point Literal preparou uma entrevista especial com o professor e designer, Rodrigo Cristiano Alves.


 “Designer Gráfico por formação, artista por paixão.”

É assim que se apresenta o designer, em seu blog portfólio. Formado em design gráfico pela UNIVALE, Rodrigo Cristiano se especializou em História da Arte pela PUC-MINAS e em Ensino de Artes Visuais pela UFMG. Atualmente, leciona no UnilesteMG e no CEFET-MG.

O que fez você se interessar por design e o que ele significa para sua vida?

Na verdade você não se interessa por design, ele se interessa por você. Desde pequeno já era um "devorador" de imagens, e gostava de desenhar, adorava ver imagens "aplicadas", adorava e adoro até hoje ver o formato das coisas, e depois descobri que existia uma profissão em que você podia trabalhar com isso. O design para mim é quase uma religião, ser designer é um "estilo de vida" paralelo.

Qual é o trabalho de um designer gráfico?

O Designer em teoria trabalha na construção de projetos de sistemas visuais, trocando em "miúdos" nós criamos desde cartões de visita para empresas até projetos de coleções de livros, sinalização, revistas, jornais, identidades visuais, embalagens... (Existem ainda outras especialidades no design como: Design de joias, vestuário, motion design, design de superfície, design de interação, design de produto, design de móveis, design automobilístico, design de transportes...)

Quais os designers você considera como referência?

Gosto muito do trabalho do Alexandre Wolnner (ele fundou o primeiro curso superior de design no Brasil), Aloísio Magalhães, David Carson, Elesbão e Haroldinho, Billy Bacon, Giugiarro.

Já fez o design de um livro? Fale um pouco sobre o processo de criação.

Já fiz o projeto gráfico de vários livros, o processo de criação começa com a identificação do público alvo (ou do leitor do livro), e temos de avaliar variáveis como: o livro terá imagens? Gráficos? Qual a melhor tipografia para este projeto, o melhor papel a ser usado... Isso tudo influência na construção do projeto do livro. Tendo isso em vista normalmente fazemos pesquisas de outros livros da mesma temática e fazemos um "rascunho" de como será o projeto no papel e separamos as imagens e textos. O resto é só montar em um programa gráfico de editoração.

Quando e como conheceu a tipografia?

Na verdade todos nós conhecemos tipografia e não sabemos, mesmo antes da nossa alfabetização já somos apresentados a elas, sendo em livros, revistas, cartazes, embalagens e rótulos, filmes, propagandas. Mas como elemento visual poderoso no design só depois que comecei a trabalhar na área, mesmo antes de fazer faculdade.

Qual foi o seu primeiro trabalho de tipografia?

Oficialmente e com "consciência" de que eu estava criando um trabalho tipográfico foi na disciplina "Tipografia aplicada" na faculdade de Design. O trabalho consistia em se criar uma família tipográfica a partir de "contra formas" de objetos encontrados pelo campus. 

Em sua opinião quais são as particularidades dessa atividade em relação a outros campos do design gráfico?
Como disse acima, a tipografia é um elemento poderoso do design, pois além de transmitir de forma direta mensagens (com os textos propriamente ditos) a tipografia através do desenho do seu tipo e da composição visual do arranjo das letras e das palavras, transmite infinitas mensagens imagéticas para o observador/expectador.

Qual a sua fonte preferida?

"Ichi"... Sou como um adolescente, cada dia me apaixono por uma tipografia diferente... rs. Mas gosto muito da Helvética, da Garamond, Trebuchet, Tuffy, da Avant Garde (a versão original criada por Herb Lubalin). E odeio a Comic Sans!  

Que livros sobre tipografia e design gráfico você recomendaria pra quem está começando a estudar o assunto?

Gosto muito do “Pensar com Tipos” de Ellen Lupton e dos livros da Priscila Farias. Mas o primeiro é a “Bíblia da Tipografia”. E há também o “História do Design Gráfico”.

Saiba mais sobre Aloísio Magalhães neste site. E confira o portfólio de Rodrigo Cristiano Alves no seu blog.
O Conselho Nacional de Educação (CNE) pretende vetar à utilização do livro “Caçadas de Pedrinho”, do autor Monteiro Lobato, na rede pública de ensino, por considerar a obra racista.


A alegação partiu do servidor da Secretaria do Estado de Educação do Distrito Federal, Antonio Gomes da Costa Neto, tendo este encaminhado uma denúncia contra o uso do livro à Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, que por sua vez encaminhou a crítica a CNE, que deu parecer contra o uso da obra, numa votação unânime.

A denúncia se concentra no tratamento dado à personagem Tia Anastácia e nas referências a animais como urubus, macacos e “feras africanas”. “Estes fazem menção revestida de estereotipia ao negro e ao universo africano, que se repete em vários trechos do livro analisado”, explica uma nota técnica da Secretaria de Alfabetização e Diversidade citada pelo CNE.

No entanto, para tornar definitivo o veto à obra, o MEC precisa homologar essa decisão. O Ministério de Educação informou, em nota, que o ministro Fernando Haddad pretende ouvir opiniões de acadêmicos e educadores sobre o parecer do Conselho Nacional da Educação, antes de tomar uma decisão.

Tanto professores universitários, quanto especialistas da obra de Monteiro Lobato, entre outros profissionais ligados à literatura, condenam a ação do conselho considerando-a um ato de censura. Para eles, a proibição de um clássico do mais importante autor da literatura infantil do país, não trará nenhum benefício à educação infantil. Além de acreditarem ser uma violência, que poderia abrir precedentes perigosos no futuro.

O autor e sua obra

Nascido em 1882, o escritor, jornalista e editor, Monteiro Lobato é um dos nomes mais influentes da literatura brasileira do século XX. Sendo popularmente conhecido pelo conjunto educativo de sua obra de livros infantis, que constituí metade de sua produção literária, aproximadamente 26 títulos.

foto: divulgação
Antes de Lobato todos os livros eram impressos em Portugal, pois em 1918, ele fundou a primeira editora brasileira, a "Monteiro Lobato e Cia", dando inicio ao movimento editorial brasileiro.

Sua obra de maior sucesso foi "A Menina do Narizinho Arrebitado", primeiro volume da série “Sítio do Picapau Amarelo”, publicada em Dezembro de 1920. A partir daí, o autor continuou escrevendo livros infantis de sucesso, com seu grupo de personagens que vivem histórias incríveis em um Sítio no interior do Brasil, pertencente à Dona Benta, avó de Narizinho e Pedrinho. Onde também viviam a empregada Tia Nastácia, a boneca irreverente Emília e o aristocrático boneco de sabugo de milho Visconde de Sabugosa, entre vários outros.

O livro “Caçadas de Pedrinho”, que faz parte da série “Sítio do Picapau Amarelo”, foi escrito em 1933 e conta as aventuras de Pedrinho e Narizinho na caçada a uma onça pintada que ronda o Sítio.
Meia noite, dia das bruxas, véspera do dia de todos os santos, momento em que o sobrenatural reina na terra dos vivos, assim reza a lenda.

imagem: divulgação
Por meio da literatura é possível perceber o fascínio que o sobrenatural exerce na mente humana. Por tanto nada mais adequado nessa noite do que falar sobre histórias de suspense e terror, mas precisamente sobre vampiros.

“Gosto deste tipo de livro, pois faz com que nós leitores entremos completamente na história, sentindo na pele toda a aventura que o livro traz. Além de o final ser sempre inesperado”, conta a estudante Samille Rodrigues Sérgio.

Alguns bonzinhos outros maus, mas todos charmosos e cativantes. Essas criaturas noturnas e místicas, parecem ter se tornado um fenômeno no meio literário desde o lançamento do filme Crepúsculo, baseado na obra publicada em 2005 pela escritora Stephenie Meyer. Porém está não é à primeira vez que o tema foi abordado em um livro, na verdade existem diversos contos sobre o assunto.

Em 1897, o escritor irlandês, Abraham "Bram" Stoker, criou um dos mais conhecidos contos de vampiros da literatura, o “Drácula”, que deu início ao mito literário moderno do vampiro. Desde então, histórias e autores novos têm surgido aos milhares, todos falando sobre o mesmo tema. Na verdade, existem tantas versões do mito quanto existem usos do conceito.

Para representar a leva de escritores sobre o assunto, ninguém mais apropriado do que Anne Rice, considerada uma autoridade em seres sobrenaturais na literatura clássica de terror. Em seus livros, os vampiros são descritos como seres elegantes, sedutores e atormentados pela sua condição.

Anne Rice / foto: divulgação
A autora norte-americana é conhecida pela criação da série “Crônicas Vampirescas”, composta de dez livros. Sendo um deles “Entrevista com o Vampiro”, sua obra de maior sucesso, adaptada para o cinema em 1994. Nessa mesma série, Rice também criou o personagem Lestat de Lioncourt, um dos vampiros mais famosos da literatura.

“Os vampiros são uma lenda de muito tempo e se tornaram um enigma para todos, eles são fantásticos, pois ao mesmo tempo em que são sedutores são assassinos e misteriosos e é isso que mais me chama atenção nestes livros” comenta Samille.

História do Dia das Bruxas

Há 2.500 anos, nas terras da Grã-Bretanha, vivia um povo conhecido como “Os Celtas”. Uma de suas crenças era de que no último dia do verão (31 de Outubro), os espíritos saiam de suas tumbas para tomar posse dos vivos. Então para afugentá-los eram colocados em suas casas objetos assustadores, como caveiras, ossos decorados, abóboras enfeitadas entre outros.

imagem: divulgação
Porém, durante a Idade Média, esse ritual foi considerado como uma festa pagã, e, portanto condenado pela Igreja. Com o objetivo de apaziguar a situação nos territórios pagãos, recém conquistados no noroeste da Europa, O Papa Gregório III decidiu cristianizar a festa, criando o Dia de Finados (2 de Novembro), ou o dia de todos os santos.  Assim, em 31 de Outubro os pagãos comemoravam o dia das bruxas, e dois dias depois prestavam homenagens aos santos falecidos.

Atualmente, o Halloween ou Dia das Bruxas é conhecido como um evento tradicional e cultural, que ocorre principalmente nos países anglo-saxônicos, com especial relevância nos Estados Unidos, Canadá, Irlanda e Reino Unido. Onde a data é comemorada com festas à fantasia e crianças vestidas de monstros, fantasmas, bruxas e etc, indo de porta em porta, dizendo “doces ou travessuras”.

Saiba mais sobre a origem do Halloween no site Brasil Escola.