Depois de seis temporadas e 123 episódios, Grimm chegou ao fim de sua história. Inspirada nos contos de fadas dos irmãos Grimm, a série, que teve início em outubro de 2011, exibiu este ano a sua última temporada.


O capítulo final da série, criada por Stephen Carpenter (Um Tira Muito Suspeito), David Greenwalt (Buffy the Vampire Slayer e Angel) e Jim Kouf (Angel), vai ao ar esta noite nos EUA, às 8/7c no canal NBC, com o episódio “The End”.

A história

E se aquelas histórias que seus pais contavam antes de dormir não fossem apenas contos de fadas, mas sim avisos de um perigo real. Essa é a história de Grimm, que gira em torno do detetive Nick Burkhardt (David Giuntoli), que descobre pertencer a uma linhagem de caçadores conhecidos como “Grimms”, descendentes dos famosos escritores alemães Wilhelm e Jacob Grimm.

Assumindo seu destino, Nick descobre ter a habilidade de identificar e caçar criaturas sobrenaturais, conhecidas como “Wesens”, mas nem todas as criaturas são más, algumas querem apenas viver em paz entre os humanos. Assim o detetive deve caçar os maus e proteger os bons, enquanto desvenda os assassinatos, cada vez mais bizarros, que ocorrem em Portland, sem revelar ao mundo seu estranho dom.

Para isso ele conta com o apoio de seus bons amigos, o “Blutbad” Eddie Monroe (Silas Weir Mitchell), a Fuchsbau”, Rosalee Calvert (Bree Turner). Assim como o seu parceiro, o detetive Hank Griffin (Russell Hornsby) e o Sargento Wu (Reggie Lee). Há ainda a bela Hexenbiest, Adalind Schade (Claire Coffee), o enigmático Capitão Sean Renard (Sasha Roiz), além da ex-namorada de Nick, Juliette Silverton (Bitsie Tulloch), da jovem Grimm, Theresa "Trubel" Rubel (Jacqueline Toboni) e do “Eisbiber” Bud Wurstner (Danny Bruno).

foto: divulgação
Numa mistura de mistério, fantasia e crime, Grimm mostra o lado sombrio dos contos de fadas que conquistaram gerações de leitores no mundo inteiro. Com uma história fascinante e bem elaborada, a série também conta com impressionantes efeitos visuais, especialmente, no que se referem aos Wesens, seres meio humanos, meio animais, meio criaturas mitológicas.

Na literatura

Considerada um sucesso de audiência, Grimm conquistou inúmeros fãs em todo o mundo, razão pela qual a NBC decidiu expandir o universo da série para as páginas dos livros, lançando quatro obras, publicadas pela editora Titan Books e escritas por diferentes autores, que mostram o detetive Nick Burkhardt investigando um novo homicídio em Portland, evolvendo a comunidade Wesen.


Entre as obras está o guia “Aunt Marie’s Book of Lore”, publicada em 2013 e escrita por diversos. Assim como o livro “The Icy Touch” (2013) de John Shirley, mesmo autor de “Resident Evil: Retribution”, sendo seguido por “The Chopping Block” (2014) de John Passarella, também autor de livros das séries Buffy the Vampire Slayer e Angel. Há ainda a obra “The Killing Time” (2014) de Tim Waggoner, também autor de livros das séries Supernatural e Stargate SG-1.

Infelizmente, os livros ainda não foram traduzidos para o português, mas as edições em inglês estão disponíveis na Amazon, nas versões física e digital.

Season Finale

Para a tristeza dos fãs, após sua quinta temporada, a NBC decidiu cancelar a série, mas não antes de produzir uma última temporada, a mais intensa de todas, para fechar com chave de ouro a história de Nick, sua família e seus amigos. 

“Não fique triste. Tivemos uma corrida espetacular com o melhor elenco e a mais trabalhadora equipe do negócio. Isto não é um funeral. É uma festa.” – The Grimm Writers (@GrimmWriters)

Com apenas treze episódios, a série exibiu este ano sua sexta e última temporada, que mostra a redenção e a queda de vários personagens, os incríveis poderes da pequena Diana (Hannah R. Loyd), e a verdade sobre o misterioso artefato que Nick e Monroe encontraram na Alemanha. Sem falar na derrocada da Black Claw, no esperado confronto entre Nick e o Capitão Renard, no surgimento de um novo e poderoso inimigo, e em Monroe e Rosalee tendo que lidar com a chegada de uma criança a um tumultuado e perigoso mundo. Além de inúmeros convidados especiais, assassinatos brutais e alguns mistérios insolúveis. Até chegar ao emocionante desfecho da história de Nick, sua família e seus amigos.

Em “The End”, o último capítulo de Grimm, Nick enfrenta seu maior inimigo, mas parece que nenhuma arma pode derrotá-lo. Já na loja de especiarias, Monroe, Rosalee e Eve/Juliette buscam respostas e acabam descobrindo uma poção rara que pode ajudar na luta. Enquanto isso, o capitão Renard e Adalind tentam manter Diana e o bebê Kelly em segurança, já que a ameaça está de olhos nas crianças.

Assista ao trailer (em inglês):


Saiba mais sobre Grimm em seu site oficial, e neste post.
A Real Academia Sueca de Ciências, em Estocolmo, surpreendeu o mundo, com o anúncio de que o cantor e compositor americano Bob Dylan seria agraciado com um dos mais prestigiados prêmios literários, o Nobel de Literatura.

foto: divulgção
“É difícil de acreditar... incrível, incrível. Quem poderia sonhar com algo assim?”, disse Bob Dylan ao receber a notícia, em entrevista ao jornal inglês Daily Telegraph. “Nem uma só vez tive tempo de me perguntar se minhas canções eram literatura”, acrescentou o compositor, em seu discurso de agradecimento à Academia Sueca, “por separar um tempo para considerar essa questão e, finalmente, por dar uma resposta tão maravilhosa”.

Criado em 1901, o Prêmio Nobel de Literatura é concedido a um escritor (a) de qualquer nacionalidade que, de acordo com Alfred Nobel, tenha “produzido, no campo literário, o mais magnífico trabalho em uma direção ideal”. Premiando o vencedor com a quantia de 8 milhões de coroas suecas (cerca de 2,67 milhões de reais).

A escolha

Um episódio inédito na história da premiação, o fato gerou polêmica, e vem provocando inúmeras discussões entre críticos, acadêmicos, autores, músicos e fãs, que se perguntam, até hoje, se as letras de músicas podem ou não serem consideradas como material literário.

Já segundo a Academia Sueca, essa não foi uma decisão difícil, pois as canções do compositor se destacam “por terem criado novas expressões poéticas dentro da grande tradição da música americana”, razão pela qual “Bob Dylan merece ser lido como um poeta”.

“Ele é um grande poeta na grande tradição inglesa, que se estende de Milton e Blake em diante”, disse a secretária permanente da Academia Sueca, Sara Danius, em entrevista após o anúncio do prêmio, na qual ela compara as canções de Dylan com as obras dos poetas gregos Homer e Sappho, criadas não apenas para serem lidas como também para serem apresentadas, muitas vezes com o auxilio de instrumentos musicais.

O Professor Horace Engdahl, membro da Academia, destacou ainda que “por meio de sua obra, Bob Dylan mudou nossa ideia do que a poesia pode ser e como ela pode funcionar. Ele é um cantor digno de um lugar ao lado dos gregos, ao lado de Ovídio, ao lado dos visionários românticos, ao lado dos reis e rainhas do Blues, ao lado dos mestres esquecidos de padrões brilhantes”.

O vencedor

Nascido em Duluth, Minnesota, em 1941, Robert Allen Zimmerman começou sua carreira musical cedo, se apresentando em bandas de rock'n'roll ainda no ensino médio. Com uma paixão pela música folclórica americana, pelo blues e pela poesia, o cantor adotou mais tarde o nome Bob Dylan, em homenagem ao poeta Dylan Thomas.

E em 1961, ele mudou-se para New York, onde passou a se apresentar nos clubes e cafés de Greenwich Village, até conhecer o produtor de discos John Hammond com quem assinou um contrato para seu primeiro álbum “Bob Dylan” lançado em 1962. A partir daí, o cantor e compositor gravou uma série de álbuns considerados obras-primas da música, entre eles “Blonde on Blonde” (1966), “Oh Mercy” (1989), “Time Out Of Mind” (1997), “Modern Times” (2006), e muitos outros. E por décadas, suas canções conquistaram gerações de fãs com melodias sobre amor, guerra, religião, política, traição, decepção, refletindo sobre as condições sociais e morais da humanidade.

Considerado uma das mais influentes figuras na história da música contemporânea, embora raramente conceda entrevistas, Bob Dylan, aos 75 anos, continua ativo no meio cultural, realizando turnês pelo mundo, além de publicar trabalhos como “Tarantula” (1971), lançado no Brasil em 1986 pela editora Brasiliense, e a coleção “Writings and Drawings” (1973). Sem falar na sua autobiografia “Chronicles” (2004), publicada no país em 2005 pela editora Planeta. A obra retrata seus primeiros anos em New York e fornece vislumbres de sua vida no centro da cultura popular.

A premiação

A cerimônia de entrega do Prêmio Nobel aconteceu em Estocolmo no dia 10 de dezembro, aniversário da morte do fundador do prêmio, Alfred Nobel. Infelizmente, devido a compromissos inadiáveis, o cantor não pode comparecer ao evento, assim sua amiga, a cantora e compositora Patti Smith o representou na cerimônia, agraciando o público com uma emocionante versão da música “A Hard Rain’s A-Gonna Fall”, do álbum “The Freewheelin” (1963), ao lado da Real Orquestra Filarmônica da Suécia.

Além disso, Dylan enviou um discurso lido pela embaixadora dos Estados Unidos na Suécia, Azita Raji, no qual ele expressa seu agradecimento e surpresa em receber o Nobel de Literatura, e lamenta sua ausência durante a cerimônia de premiação.

“Ser premiado com o Prêmio Nobel de Literatura é algo que eu nunca poderia ter imaginado”, diz o compositor que conta ainda que desde cedo, conheceu, leu e absorveu os trabalhos dos que foram considerados dignos de tal distinção, como Rudyard Kipling, Bernanrd Shaw, Thomas Mann, Pearl Buck, Albert Camus e Ernest Hemingway.  “Esses gigantes da literatura cujas obras são ensinadas na sala de aula, alojadas em bibliotecas ao redor do mundo e faladas em tons reverentes sempre causaram uma profunda impressão. Agora eu me junto aos nomes de tal lista e estou verdadeiramente sem palavras”.

Meses depois da cerimônia de premiação, no dia 29 de março de 2017, a Academia Sueca informou que irá se reunir no final de semana com Bob Dylan, aproveitando sua presença em Estocolmo para realizar dois shows. Em um encontro íntimo, sem a presença da Imprensa, os membros da Academia irão entregar a Dylan o diploma e a medalha, além de felicitá-lo pelo Nobel de Literatura.

Confira os demais vencedores no site oficial do Prêmio Nobel (em inglês).
Depois de 12 temporadas e 275 casos solucionados, a série de sucesso Bones, que teve sua estreia em 2005, exibiu este ano a sua última temporada.


O capítulo final da série, criada por Hart Hanson e inspirada na obra da autora Kathy Reichs, vai ao ar esta noite nos EUA, às 8/7c no canal FOX, com o episódio “The End in the End”, que promete abalar as estruturas dos fãs.

A trama

Considerada uma das séries de maior duração do canal FOX, Bones é um drama policial com um toque de humor, que narra a história da antropóloga forense Dra. Temperance Brennan (Emily Deschanel) e de seu parceiro o Agente especial do FBI Seeley Booth (David Boreanaz), solucionando crimes, e muitas vezes colocando suas próprias vidas em risco.

Ao longo da série Booth e Brennan formaram uma incrível parceria, que logo se transformou em uma grande amizade, e no final da sexta temporada, para alegria dos fãs, eles iniciaram um romance, que resultou no casamento do ano sendo celebrado na nona temporada.

Em suas investigações a dupla conta com a ajuda de um time de profissionais qualificados do Instituto Jeffersonian, entre eles a Dra. Camille Soroyan (Tamara Taylor), Angela Montenegro (Michaela Conlin), Dr. Jack Rogers (T. J. Thyne), e alguns dos mais inusitados estagiários, os Squints, entre eles Arastoo Vaziri (Pej Vahdat), Daisy Wick (Carla Gallo), Wendell Bray (Michael Terry), Clark Edison (Eugene Bryrd), Collin Fisher (Joel Moore), Oliver Wells (Brian Klugman), Jessica Warren (Laura Spencer) e Rodolfo Fuentes (Ignacio Serricchio).

Sem falar no Agente especial James Aubrey (John Boyd), que se tornou parceiro de Booth na 10ª temporada, e também na Dra. Caroline Julian (Patricia Belcher), uma promotora que auxilia o FBI em inúmeras ocasiões.

Esta temporada também contará com a participação do Dr. Zack Addy (Eric Millegan), que deixou a série na sua terceira temporada, assim como do ex-psiquiatra e agora Chef Dr. Gordon Wyatt (Stephen Fry), da enigmática Avalon (Cyndi Lauper), da analista comportamental do FBI Karen Delfs (Sara Rue), da Dra. Beth Mayer (Betty White), do pai de Temperence, Max Keenan (Ryan O'Neal), e vários outros convidados.


Curiosamente, muitos destes personagens não existem nos livros, que também apresenta uma Temperance Brennan bem diferente, solucionando crimes ao lado do Detetive Andy Ryan. Outro fato interessante é que na série Brennan é também uma escritora de mistérios, cuja a personagem principal é a antropóloga forense, Kathy Reichs.

Das telas para as páginas dos livros

Na literatura a série teve início em 1997 com a publicação do livro “Déjà Dead”, que acabou se tornando um bestseller mundial, sendo traduzido para diversos idiomas, além de ter rendido a autora americana Kathy Reichs um dos mais prestigiados prêmios literários, o Arthur Ellis Award, na categoria de Melhor Primeiro Romance.

Desde então, a autora já escreveu 21 livros narrando a emocionante história da Dra. Brennan, sempre utilizando aspectos da antropologia forense e métodos científicos de investigação que a própria Dra. Reichs usa em sua profissão. Como no romance “Grave Secrets”, no qual a escritora se baseia em sua própria experiência na Guatemala, onde auxiliou na exumação de vítimas lançadas em valas comuns na região do Lago de Atitlán.

Além dos 21 romances a autora também publicou um livro de histórias curtas, “The Bone Collection”, uma coletânea de contos, lançada em novembro de 2016, que inclui a história inédita do primeiro caso investigado por Temperance Brennan, assim como as histórias curtas “Bones in Her Pocket”, “Swamp Bones”, “Bones on Ice”, lançadas originalmente em ebooks, sendo impressas mais tarde.

Infelizmente, não é possível encontrar todos os livros da série no Brasil, salvo algumas exceções, como é possível observar no infográfico a baixo. No entanto, as edições em inglês estão disponíveis na Amazon, nas versões física e digital.


Season Finale

Para a tristeza dos fãs, após sua 11ª temporada, a FOX decidiu cancelar a série, mas não antes de produzir uma última temporada, a mais intensa de todas, criada especialmente para encerrar a história e permitir aos fãs dar o seu adeus final aos personagens que conquistaram milhões em todo mundo. 

“Nós adoramos trabalhar em 'Bones' e estamos muito animados em trazer aos nossos fãs esta temporada final. Depois de 12 anos no ar, é uma honra ser capaz de escrever o final emocionante e significativo, que o show merece”, disseram os atuais showrunners da série Jonathan Collier e Michael Peterson, em comunicado à imprensa.

Com apenas 12 episódios, a última temporada de Bones contou com o retorno de uma série de personagens queridos, além de um esperado casamento, e um triste velório. Assim como perseguições épicas a um serial killer, uma competição de lenhadores, Buck e Wanda em uma missão, e o relacionamento de Booth e Brennan sendo posto à prova. Sem falar na participação de vários convidados especiais, assassinatos brutais e novas investigações para o time do Jeffersonian. Até chegar ao emocionante e explosivo desfecho da história de Brennan, Booth e seus amigos.

“Desde a primeira temporada, ‘Bones’ foi chamada ‘O Pequeno Motor Que Podia’. Portanto, não poderíamos estar mais orgulhosos de acabar como o drama mais longo da FOX. E nós chegamos lá por causa de uma audiência insanamente leal, alta, adorável e animada”, diz o criador e produtor executivo Hart Hanson, em comunicado à imprensa.

Assista ao trailer (em inglês):

Saiba mais sobre Bones neste post.
"Esse é o problema de ter tempo para a criatividade. Seus pensamentos vão mais longe do que você imagina." - Kate Eberlen (O Primeiro Dia do Resto da Nossa Vida)

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A cidade luz se torna palco de um dos eventos literários mais importantes da França, o “Livre Paris”, que este ano terá o Marrocos como país convidado.


O Brasil também estará no Salão do Livro, com uma delegação de 30 autores, que participam de uma ampla programação literária, com cerca de 40 atividades, entre sessões de autógrafos, mesas redondas, conferências e leituras. Tudo isso em um estande de 30 m², localizado em frente ao pavilhão de honra do Marrocos, que contará com a presença de 34 escritores representando a indústria editorial marroquina, em um espaço de 450 m², onde serão realizadas conferências, mesas redondas, apresentações artísticas, homenagens e outros eventos sobre os mais diversos temas. 

Livre Paris

Em sua 37ª edição, o “Livre Paris”, que acontece até o dia 27 de março no Parque de Exposições de Porte de Versailles, em Paris, continua a evoluir e reinventar sua estratégia editorial com um novo programa, que conta com a participação de inúmeros expositores de 50 países, mais de 800 eventos, e cerca de 3.000 autores, jornalistas, quadrinistas, ilustradores, poetas, atores, assim como diversas personalidades nacionais e internacionais.

Entre os convidados estão a jornalista britânica e autora bestseller, Jojo Moyes (Como eu era antes de você), o autor britânico Philip Kerr (Violetas de Março), o renomado jornalista e autor francês Bernard Pivot, o autor russo Vladimir Fédorovski, o poeta e autor nascido na Tunísia, Hubert Haddad, a premiada escritora canadense Nancy Huston, o autor, ensaísta e jornalista suíço Roland Jaccard, o premiado autor marroquino Tahar Ben Jelloun, e o autor e Presidente da Academia Brasileira de Letras, Domício Proença Filho, que participa da mesa redonda “Machado de Assis: Novas Vozes, Outros Horizontes”, em homenagem ao autor brasileiro.

Também estarão presentes no evento o astrofísico franco-canadense Hubert Reeves, a mangaká japonesa Chie Inudoh, o romancista americano Douglas Kennedy, o premiado autor da Argélia, Yasmina Khadra, a escritora cubana Zoé Valdés, o escritor espanhol Víctor del Árbol. Assim como a premiada autora francesa Delphine de Vigan e o roteirista, diretor e produtor polaco nascido na França, Roman Polanski, responsável por transportar o romance da autora para as telas do cinema.

Programação

Com o objetivo de promover a literatura e a indústria editorial, o Livre Paris é um evento criado, especialmente, para os profissionais do mercado editorial, no qual o público também é bem-vindo.

Sendo que a manhã de segunda-feira, dia 27, entre 9h e 13h, será dedicada, exclusivamente, aos profissionais do mercado do livro, que participam de palestras, seminários, conferências e reuniões de negócios. Logo depois o salão é novamente aberto aos mais de 150 mil amantes do livro.

Assim, durante quatro dias, o evento contará com uma programação cultural variada e dinâmica, que promete agradar a todos os públicos, promovendo debates e bate-papos sobre os mais diversos temas, como o livro, a arte, os quadrinhos, a ciência, a culinária, a política, a música, a poesia, o cinema e a educação.

Uma das novidades desta edição é a exposição “Taniguchi le passeur” (Stand K32), em homenagem ao grande mangaká japonês Jiro Taniguchi (1947-2017), que faleceu em 11 de fevereiro. Diversas personalidades dos quadrinhos também irão prestar homenagem a Taniguchi em uma conferência na sexta-feira, no Salle Connexions.

E por falar em exposições, o evento conta ainda com “L’aventure Rosetta, Aux Origines De La Vie” (Stand A11), na qual o público poderá contemplar toda a magia da extraordinária missão espacial Rosseta, cuja história já foi relatada em um documentário e num belo livro. Tem também a exposição “La Sagesse Des Mythes” (Stand U33), que convida o público à imersão no mundo da “Ilíada” e da “Odisséia”, de heróis e divindades. Assim como a exposição “Jack London, Une Aventure Américaine” (Stand L44), dedicada aos cem anos do escritor e aventureiro, com imagens extraordinárias selecionadas pelo especialista francês Michel Viotte.

Outra novidade é o “Pavillon des Lettres d'Afrique” um novo espaço de 400m² que surge este ano na Livre Paris, como parte de uma iniciativa em parceria com a Aminata Diop Johnson (fundador e diretor do Pavilhão das Cartas Africanas) e a Agência Hopscotch África. Com o tema “Ler e Escrever África”, o espaço, dedicado inteiramente a diversidade e riqueza da criação literária dos países africanos, terá a Nigéria como país convidado.

Espaços

Há também a já tradicional “Praça da Juventude”, um espaço dedicado ao público jovem e infantil, que este ano está cheia de novidades, como um pequeno teatro construído para sediar mostras de animações, concertos e shows, oficinas, apresentações artísticas e encontros com autores e quadrinistas da literatura infanto-juvenil, assim como artistas, booktubers e blogueiros. Viva e alegre, a programação conta ainda com jogos de escrita, batalha de ilustradores, contação de histórias, exposições, e muito outras surpresas.

O Salão do Livro conta ainda com diversas outras áreas temáticas, como a “Cena Literária”, onde autores, professores e personalidades de renome internacional se reúnem para discutir a Literatura em todas as suas formas. Assim como a “Savoir & Connaissances”, praça do conhecimento e desenvolvimento de competências, a “Praça de Culinária”, e o espaço “Ciência Para Todos”.

Sem falar no espaço “Cena Comic”, dedicado inteiramente a nona arte, no qual inúmeros autores e ilustradores se reúnem para refletir sobre a vivacidade e os principais desenvolvimentos dos quadrinhos nos últimos anos. Além da “Praça Religião, Cultura e Sociedade” e da “Agora”, espaço dedicado a discutir os grandes problemas da sociedade contemporânea.

Confira a programação completa no site oficial do evento.
Os fãs de “Harry Potter” já podem comemorar, pois o segundo volume da saga criada pela autora britânica J. K. Rowling retorna, oficialmente, às livrarias em uma belíssima edição ilustrada, lançada pela editora Rocco.


A tão aguardada edição ilustrada de “Harry Potter e a Câmara Secreta” traz o texto integral de J. K. Rowling em 272 páginas com tradução de Lia Wyler, além de um projeto gráfico encantador com as primorosas ilustrações de Jim Kay, artista ganhador da Kate Greenaway Medal. Tudo isso numa edição em capa dura, com sobrecapa, e miolo em papel couché, protegido por uma luva ilustrada.

Na obra, além de rostos familiares como Harry, Hermione, Rony e Hagrid, os leitores poderão ver também o professor Gilderoy Lockhart, o adorado elfo doméstico Dobby, a fabulosa Fênix, e a Murta Que Geme, em traços e cores deslumbrantes. 
Além de conferir algumas das melhores partes da história em belas imagens, entre elas o Ford Anglia do Sr. Weasley voando, Harry e Rony em seu encontro com Aragog e, é claro, a batalha contra o Basilisco. 

O ilustrador britânico Jim Kayresponsável por recriar o universo de Harry Potter em imagens e cores, já está trabalhando no terceiro livro da saga “Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban”, que contará com mais de 115 ilustrações, e está previsto para ser lançado no Reino Unido em outubro de 2017.

Considerado um dos grandes acontecimentos do mercado editorial, o livro, publicado originalmente em outubro de 2016 na Inglaterra e nos Estados Unidos, pelas editoras Bloomsbury e Scholatic, segue o sucesso internacional da edição ilustrada de “Harry Potter e a Pedra Filosofal”. 

Confira algumas ilustrações da obra:

Dobby | ©Jim Kay


Gilderoy Lockhart & Rubeus Hagrid | ©Jim Kay

A Fênix | © Jim Kay

O Beco Diagonal | © Jim Kay

Saiba mais sobre a obra no site oficial da editora Rocco.
A editora Rocco Jovens Leitores lança, oficialmente, nas livrarias de todo país, “Inesquecível”, o primeiro volume da série criada pela autora americana Jessica Brody.


Com 336 páginas e tradução de Ryta Vinagre, “Unremembered”, título original da obra publicada pela primeira vez em 28 de fevereiro de 2013 nos EUA, conta a história da jovem Violet em um mundo onde a ciência não conhece fronteiras, as memórias são manipuladas, a viagem no tempo é uma realidade e o amor verdadeiro não pode ser esquecido.

A história

Uma garota é encontrada ilesa e sem memória em meio aos destroços de um acidente aéreo, em pleno oceano Pacífico. Como não parece existir nenhum registro de sua vida antes do acidente, a jovem passa a ser chamada de Violet pela equipe do hospital, e logo é encaminhada para um lar adotivo, onde começa a se adaptar a sua nova realidade.

Determinada a descobrir sua história, Violet conta com a ajuda relutante de seu novo irmão adotivo, até que um misterioso rapaz surge alegando saber quem ela é e de onde veio. O que leva os dois a uma alucinante corrida contra o tempo em busca da verdade, na qual cada pista parece levantar novas questões.


Numa mistura de ficção científica, distopia, suspense, ação e um toque de romance, a série criada por Jessica Brody é composta de três livros, sendo eles “Inesquecível” (2013), “Unforgottern” (2014) e “Unchanged” (2015). Os dois últimos ainda sem previsão de lançamento no país. 

Saiba mais sobre o livro no site oficial da editora Rocco Jovens Leitores.
Já começou um dos maiores e mais importantes eventos da indústria do livro, a Feira do Livro de Londres, que este ano tem a Polônia como convidada de honra.


O evento, que acontece até o dia 16 de abril no Centro de Convenções Olympia, em West London, contará com mais de 1.500 empresas de 60 países, expondo seus livros, participando de cerca de 220 eventos e realizando negócios nas áreas de direitos autorais, vendas e distribuição de conteúdo através de impressão, áudio, TV, cinema e canais digitais. 

Programação

Em sua 46ª edição, a feira do livro irá reunir inúmeros profissionais da indústria editorial de diversas partes do mundo, entre eles escritores, poetas, ilustradores e designers gráficos, bibliotecários, editores, livreiros, agentes literários, jornalistas, entre muitos outros.

Tudo isso, em espaços como o “Author HQ”, projetado para fornecer conhecimento e ferramentas a escritores que precisam tomar decisões em relação à publicação de seu trabalho, e o “PEN Literary Salon”, no qual são discutidas questões mais sensíveis como a censura e a liberdade de expressão. 

Há ainda os tradicionais “Literary Translation Centre”, dedicado à tradução, o “The Poetry Pavilion”, dedicado à poesia, o “The Children’s Hub”, dedicado à literatura infantil e juvenil, e o “Illustrator”, que dá aos ilustradores a oportunidade de expor seus trabalhos como parte de uma galeria de exposição coletiva. Sem falar na 3ª edição do “Literary Festival Forum”

Novidades

Nesta edição, a London Book Fair irá prestar uma homenagem especial à Polônia, lançando o programa “Poland Market Focus”, realizado em parceria com o British Council e o Polish Book Institute. O programa, que ocorre no “Polish Pavilion”, levará a feira uma delegação de renomados autores e ilustradores para representar a diversidade da literatura polonesa contemporânea. Entre eles estarão o jornalista, editor e autor Zygmunt Miłoszewski, o romancista e poeta Jacek Dehnel, a poeta e autora Wioletta Greg, e muitos outros.

Sendo que, a feira do livro também irá realizar o “Spotlight on India”, uma série de eventos especiais para celebrar a vibrante cultura e história do país, como parte da iniciativa “India Year of Culture 2017” do British Council, que levará aos quatro pavilhões da feira uma delegação de renomados autores e cerca de 40 expositores.

Autor do Dia

A Feira também contará com diversos eventos abertos ao público em geral, como o tradicional “Author of the Day” (Autor do Dia), que apresenta um autor convidado a cada dia da feira, na qual participam de seminários, sessões de autógrafos e bate-papos, além de posar para fotos com os fãs. 

Entre os convidados deste ano, estará o escritor, dramaturgo e roteirista irlandês, Roddy Doyle, autor de onze aclamados romances, entre eles “Paddy Clarke Ha Ha Ha”, livro que lhe rendeu o Man Booker Prize de 1993. Há ainda a autora polonesa Olga Tokarczuk, cujos romances já foram traduzidos para 29 idiomas, e venderam inúmeras cópias em todo o mundo. Adorada pelos leitores e elogiada pelos críticos e estudiosos da literatura, ela escreveu nove romances, várias coleções de contos e ensaios, além de ter ganhado diversos prêmios.

Já no último dia do evento, tradicionalmente dedicado a um autor infanto-juvenil, será a vez do premiado escritor britânico Michael Morpurgo, autor de mais de 140 livros como “The Butterfly Lion” (1996) e “An Elephant in the Garden” (2010). Além do bestseller “Cavalo de Guerra” (1982), adaptado para os cinemas em 2011, e indicado ao Oscar 2012 de Melhor Filme.

A London Book Fair contará ainda com a presença do autor bestseller polonês Andrzej Sapkowski, aclamado pela série de fantasia “The Witcher”, que inspirou a famosa franquia de vídeo games. Além da premiada escritora escocesa de romances policiais Val McDermid (The Mermaids Singing) e da autora irlandesa de literatura YA, Sarah Crossan (One). Assim como da escritora e colunista turca Elif Şafak, do poeta zambiano Kayo Chingonyi, do editor, tradutor e autor britânico Daniel Hahn, da autora e ilustradora da Estônia, Piret Raud, do poeta indiano Mohan Rana, do escritor russo Alexey Ivanov, entre muitos outros convidados.

Confira a programação completa no site oficial da The London Book Fair.
O autor americano Paul Beatty foi agraciado com um dos mais prestigiados prêmios da literatura internacional, o Man Booker Prize, pelo seu romance “The Sellout”.

foto: divulgação/AP
Segundo Amanda Foreman, chefe do júri, em uma conferência de imprensa em Londres, o livro “mergulha no coração da sociedade americana contemporânea”. Unânime em sua decisão, o júri do Man Booker Prize citou ainda a abordagem cômica e inventiva do romance ao discutir questões como a identidade racial e a injustiça.

The Sellout

Com 289 páginas, a obra também publicada no Reino Unido pela editora Oneworld em 2016, explora o legado da escravidão e da desigualdade racial e econômica na América, com uma certa dose de humor mordaz, que o autor costuma usar ao abordar temas sérios. No Brasil, o livro está previsto para ser lançado em 2017 pela editora Todavia, com o título "O Vendido".

Na história, o personagem principal e também o narrador do romance é um fazendeiro urbano afro-americano, que vive em uma cidade pequena nos subúrbios de Los Angeles. Criado pelo pai, um sociólogo controverso, ele cresceu participando de estudos psicológicos sobre raça, pois foi levado a crer que o trabalho pioneiro do pai resultaria em um livro de memórias que resolveria os problemas financeiros da família. 

No entanto, quando seu pai é morto pela polícia durante uma parada de trânsito, o protagonista descobre que nunca houve um livro de memórias, e assim decide embarcar em um experimento social controverso de sua autoria.

Recrutando a ajuda do residente mais famoso da cidade, o idoso Hominy Jenkins, ele inicia a ação mais ultrajante concebível: restabelecer a escravidão e segregação em uma escola local, que acaba por coloca-lo diante do Supremo Tribunal.

Paul Beatty é conhecido por explorar temas recorrentes, como a psicologia humana, a identidade racial e a incapacidade do ser humano de escapar dos efeitos persistentes da história. O que não foi diferente em “The Sellout”, uma obra que aborda, sob um ponto de vista inusitado, a vida urbana, o movimento dos direitos civis, a igualdade racial e os princípios da Constituição dos Estados Unidos.

“Foi um livro difícil para eu escrever. Eu sei que é difícil de ler”, disse o autor sobre sua obra, em uma cerimônia em Londres. Nos agradecimentos, Beatty disse ainda ter se inspirado no trabalho do psicólogo William Cross, em particular no artigo “The Black to Black Conversion Experience”, publicado em 1971, para escrever o romance.

Sobre o autor e sua obra

Nascido na cidade de Los Angeles, Paul Beatty, foi criado por sua mãe, enfermeira e pintora, ao lado de suas duas irmãs. Ainda jovem começou a escrever poesia, e em 1990 tornou-se o Grand Poetry Slam Champion do Nuyorican Poets Cafe, o que levou ao seu primeiro livro, a coletânea de poesia “Big Bank Take Little Bank” (1991), seguido do livro de poesias “Joker, Joker, Deuce” (1994). 

Mais tarde, em 1996, Beatty decidiu se dedicar a ficção, publicando seu romance de estreia “The White Boy Shuffle” (1996), que recebeu uma crítica positiva do New York Times. Depois disso, ele publicou mais dois romances “Tuff” (1998) e “Slumberland” (2008), além de editar a obra “Hokum: An Anthology of African-American Humor” (2006). Nenhum deles possui tradução no Brasil. 

Atualmente, aos 54 anos, vivendo em New York, o escritor é dono de um mestrado em psicologia da Universidade de Boston e um MFA em escrita criativa do Brooklyn College. Tendo publicado em março de 2015 nos EUA o seu mais recente romance “The Sellout”, que lhe rendeu não apenas o Man Booker Prize em 2016, como também o National Books Critics Circle Award e o John Dos Passos Prize for Literature. 

Sobre o prêmio

Criado em 1968, o Man Booker Prize é concedido anualmente à melhor obra de romance ou ficção escrita em língua inglesa por autores vivos que sejam cidadãos de um país membro da Comunidade Britânica ou da República da Irlanda. Ao ganhador é assegurado grande reconhecimento internacional, além da quantia de 50 mil libras esterlinas (295 mil reais).

Sendo que, em 2014, a competição tornou-se ainda mais acirrada, quando o prêmio também foi aberto a autores de qualquer lugar do mundo, desde que com livros escritos, originalmente, em inglês e publicados no Reino Unido. O que provocou duras críticas daqueles que temiam que o prêmio perdesse sua essência.

Entre os vencedores mais recentes estão à escritora e crítica literária britânica Hilary Mantel (Bring Up the Bodies), a autora neozelandesa Eleanor Catton (The Luminaries), o romancista australiano Richard Flanagan (The Narrow Road to the Deep North), o escritor jamaicano Marlon James (A Brief History of Seven Killings), e, por fim, Paul Beatty, o primeiro autor americano a vencer o Man Booker Prize.

Saiba mais sobre o prêmio no seu site oficial.