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Depois de viajar pelo espaço e tempo, enfrentar guerras intergalácticas e desvendar mistérios universais, Arthur Dent e seus estranhos companheiros vão se aventurar por universos paralelos, no quinto e último volume do Guia do Mochileiro das Galáxias.


Uma coisa encorajadora que o Guia tem a dizer sobre os universos paralelos é que você não tem a menor chance de compreendê-los. Você pode, portanto, dizer coisas como O quê?” e Hein? e até mesmo ficar vesgo e fazer papel de tolo sem ter medo de parecer ridículo.

A História

Anos se passaram desde que Arthur Dent conheceu Fenchurch na Terra, e desde então muitas coisas loucas, estranhas, hilárias, surpreendentes e trágicas aconteceram em sua vida. Desde acidentes espaciais à descoberta de uma filha que não conhecia. É isso aí, Arthur Dent vai ser papai!

"Arthur estivera perto de desistir. Ou seja, ele não iria desistir. Não iria desistir de jeito nenhum. Nem agora nem depois. Mas, se fosse o tipo de pessoa que iria desistir de alguma coisa, provavelmente teria desistido naquele momento."

Mas nada disso se compara aos estranhos e loucos eventos que ocorrem após o reencontro com seus antigos companheiros de viagem, Ford Prefect e Tricia McMillan, que decidiu abandonar a ciência e se tornar repórter.

Uma das melhores partes desse volume é quando Ford Prefect faz sua entrada triunfal, bancando o hacker para desvendar o mistério que envolve o Guia do Mochileiro das Galáxias. Sendo que para isso ele conta com a ajuda do robô extremamente feliz, Cole. 

Por falar em companheiros de viagem, para tristeza dos fãs, Zaphod Beeblebrox é apenas mencionado em um ou outro trecho do volume. Já o robô melodramático, Marvin, nem ao menos isso. Ao que parece ele fez sua última participação no penúltimo volume da saga.

Entre em Pânico!

Treze anos após ter escrito o primeiro volume do “Guia do Mochileiro das Galáxias”, o autor Douglas Adams nos apresenta o desfecho de uma obra que conquistou inúmeros leitores em todo o mundo.


“Praticamente Inofensiva” é tão insano e surpreendente quanto os livros anteriores, cheio de reviravoltas e teorias que podem deixar o leitor meio confuso, especialmente, quando se trata da Mistureba Generalizada de Todas as Coisas (MGTC).

“A Mistureba Generalizada de Todas as Coisas também não existe na prática - é apenas a soma total de todas as maneiras diferentes que haveria para compreendê-la, caso existisse uma. [...] Por favor, sinta-se à vontade para enlouquecer agora.”

De fato, muitos leitores consideram o inicio do livro meio entediante, mas não desanimem, pois a história fica cada vez mais envolvente, de tal forma, que chega ser difícil interromper a leitura. No final tudo acaba se encaixando perfeitamente, culminando em um desfecho surpreendente.

Assim, com situações hilárias, personagens imprevisíveis e uma trama repleta de suspense, ação e filosofia, chega ao fim às loucas aventuras de Arthur Dent e seus estranhos companheiros.

Saiba mais sobre o Guia do Mochileiro das Galáxias neste post
Mistério, romance, loucuras e muito bom humor fazem parte do quarto e penúltimo volume da série “O Guia do Mochileiro das Galáxias” do escritor britânico Douglas Adams, que mostra o retorno de Arthur Dent ao seu lar.


A história

Depois de viajar pelo tempo e espaço, participar de guerras interestelares, conhecer as mais loucas criaturas e aprender a voar, o inglês Arthur Dent está de volta ao seu planeta natal, a Terra.

“Pela sua própria escala pessoal de tempo, até onde conseguia calcular, vivendo como ele vivera sob as rotações alienígenas de sóis distantes, estivera fora de circulação por oito anos, mas quanto tempo havia de fato passado ali, disso não fazia a menor idéia. Na verdade, os acontecimentos em si estavam além da sua exausta compreensão porque aquele planeta, o seu lar, não deveria estar lá.”

Por incrível que pareça, o planeta que havia sido demolido pelos Vogons estava de volta ao seu devido lugar no espaço, e tudo nele estava exatamente como antes da sua suposta destruição, exceto pelo misterioso desaparecimento dos golfinhos.

Fenchurch

O livro tem inicio com um prólogo relembrando uma personagem mencionada no primeiro volume da saga, uma garota chamada Fenchurch, que precisa desesperadamente se lembrar de algo muito importante que ela esqueceu.

“Uma garota, sozinha numa pequena lanchonete em Rickmansworth, de repente compreendeu o que tinha dado errado todo esse tempo e finalmente descobriu como o mundo poderia se tornar um lugar bom e feliz. [..] Infelizmente, porém, antes que ela pudesse telefonar para alguém e contar sua descoberta, aconteceu uma catástrofe terrível e idiota e a idéia perdeu-se para sempre.”

De fato, este volume é sobre a história dessa garota e seu estranho relacionamento com Arthur Dent. Sendo que os outros personagens da saga têm só algumas breves aparições ou são apenas mencionados em algumas páginas.

“Esse tal de Arthur Dent, [...] o que é ele, um homem ou um rato? Será possível que não se interesse por nada além de chá e das questões mais amplas da existência? Não tem vigor? Não tem personalidade? Será que, em outras palavras, ele não trepa?”. “Os que querem respostas devem continuar lendo. Outros podem preferir pular direto para o último capítulo, que é bem legal e é onde aparece o Marvin.”

O amor está no ar

“Estava pasmo, pois, de todas as sensações brigando por um espaço na sua cabeça naquela noite em que estava voltando para a sua casa – aquela que imaginava ter desaparecido para sempre -, a que mais estava mexendo com ele era obsessão por uma garota bizarra da qual não sabia mais nada além do fato de que ela havia dito “isso” e de que não desejaria aquele irmão nem mesmo para um vogon.”

Isso mesmo, Arthur Dent está perdidamente apaixonado por uma garota, recém saída de um sanatório, que por incrível que pareça consegue ser ainda mais estranha do que ele e do que o próprio Ford Perfect. 

“Não sabia dizer se aquilo havia acontecido porque ela era a primeira fêmea da sua própria espécie que ele via há anos, ou o quê, mas ficara maravilhado [...]”

Assim, juntos eles vão iniciar uma jornada em busca de respostas para explicar o porquê da Terra ainda existir, além de desvendar o misterioso desaparecimento dos golfinhos. Sem falar no seja lá o que muito importante que Fenchurch esqueceu.

Para os leitores da saga que estão se perguntando o que aconteceu com o triangulo Arthur, Trillian e Zaphod, Douglas Adams tem uma resposta bem inusitada para está questão, na página 98 do livro.

“Como é, elas querem saber, que terminou toda aquela história entre Arthur e Trillian, afinal? A resposta é, obviamente, vá cuidar da sua vida.”

Os personagens

E por falar em Trillian e Zaphod, infelizmente, eles são apenas mencionados vagamente em um ou outro trecho do volume. Enquanto que o robô melodramático, Marvin, surge apenas no último capitulo do livro, protagonizando uma cena triste, bem típica dele. Já Ford Perfect, aparece em alguns breves e confusos capítulos, sendo que apenas na página 121 é que ele faz sua entrada dramática, surgindo completamente desorientado na casa de Arthur Dent.

“Arthur se pegou fazendo algo que jamais imaginara fazer novamente. Quis saber por onde andava Ford Prefect. Por uma extraordinária coincidência, no dia seguinte saíram duas matérias no jornal, uma sobre incidentes espantosos com um disco voador e a outra sobre uma série de brigas indecorosas em bares. Ford Prefect apareceu um dia depois desse, com ressaca, e queixando-se de que Arthur nunca atendia o telefone.”

O que esperar

Diferente dos volumes anteriores, o quarto livro da série está mais para uma comédia romântica. Além disso, a história se passa quase toda na Terra. 


Mas não entre em pânico, pois embora este volume não seja tão engraçado quanto os dois primeiros, ele também não é tão frustrante quanto o infame terceiro livro da saga. Que alias, é considerado por muitos leitores como uma razão para abandonar a série.

Apesar da narrativa desse livro não ser tão frenética quanto nos anteriores, a ironia, a sátira, as analogias ao cotidiano e as criticas a sociedade, que fazem parte da marca registrada do autor e da série, permanecem a todo vapor. Como a conversa hilariante de Arthur e seu amigo jornalista, ou a coletiva de imprensa dos cientistas. Sem falar na explicação absurda do governo para o ataque alienígena a Terra. 

Resumindo, este quarto volume da série é uma mistura de ironia e romance, com um toque de ficção cientifica e muita loucura. Por tanto, vale apena sim seguir a diante com a saga, especialmente aqueles que curtem histórias românticas, pois embora este volume não seja tão cômico quanto os primeiros, ele tem lá suas qualidades.

Saiba mais sobre o Guia do Mochileiro das Galáxias neste post
O terceiro volume de “O Guia do Mochileiro das Galáxias” de Douglas Adams, mostra a continuação das loucas aventuras de Arthur Dent e seus companheiros, através do tempo e espaço.


A história

“O tempo é, por assim dizer, o pior lugar onde ficar perdido, como Arthur Dent havia descoberto. Ele já tinha se perdido várias vezes, tanto no tempo quanto no espaço. Pelo menos estar perdido no espaço mantém a pessoa ocupada”.

A história tem inicio com Arthur e Ford ainda presos na Terra Pré-Histórica, onde permaneceram pelos últimos cinco anos. Até serem salvos por um misterioso sofá, que os lança para fora de uma anomalia espaço-temporal e os atira bem no meio de uma partida de críquete, na Londres do século XX, cerca de dois dias antes da destruição da Terra.

Em meio à confusão, eles acabam encontrando com Slartibartfast, o cara que construiu a Terra a pedido dos ratos, e que arrasta a dupla para sua mais nova aventura, salvar o Universo dos temíveis robôs xenófobos do planeta Krikkit.

Uma nova aventura

Nesse volume, Adams usa o planeta Krikkit, uma alusão ao esporte, como paródia da sociedade e de suas inúmeras guerras raciais. 

Deixando mais uma vez o planeta Terra, Arthur e Ford são apresentados por Slartibartfast a sombria e trágica história de Krikkit e seus habitantes. Embora nenhum deles tivesse o mínimo interesse no assunto. Basicamente, o povo de Krikkit eram pessoas encantadoras, agradáveis e meio esquisitonas que acreditavam na paz, justiça, moral, cultura, esporte, vida familiar e na aniquilação de todas as outras formas de vida que não fossem de Krikkit.  

“A idéia de que havia um Universo não se enquadrava em sua visão de mundo, digamos assim. Não podiam lidar com ele. Então, de forma encantadora, agradável e inteligente – até mesmo esquisitona, já que você insiste –, decidiram destruir o Universo”.

No entanto, o planeta inteiro acaba trancado, por toda a eternidade, em um envoltório de Tempolento. Mas alguns de seus inúmeros robôs assassinos conseguem escapar da prisão e partem em busca da chave para libertar seus mestres.

Agora cabe a nossos inusitados heróis salvarem o Universo de sua iminente aniquilação. Só que, para desespero de Slartibartfast, Arthur não conseguia entender nada, por mais que se esforçasse. Já Ford só queria beber muito e dançar com garotas.

Krikkit

Depois de algumas discussões sem sentido e uma festa muito louca com pessoas mais loucas ainda, Trillian e Zaphod se juntam a batalha. Logo depois, eles encontram Marvin, que, para alegria dos fãs, sobreviveu à explosão da nave no segundo volume da saga.

Ao que parece a vida andava mal para todos, o Universo estava prestes a ficar pior ainda e tudo mais era um POP.

“Um POP é alguma coisa que não podemos ver, ou não vemos, ou nosso cérebro não nos deixa ver porque pensamos que é um problema de outra pessoa. É isso que o POP quer dizer: Problema de Outra Pessoa”.

NÃO ENTRE EM PÂNICO

“A Vida, o Universo e Tudo Mais” é considerado pela maioria dos leitores como um dos mais densos e difíceis livros da saga. Alguns chegam até a considerá-lo um pouco chato.


De fato, não é uma das leituras mais fáceis, mesmo por que os temas abordados pelo escritor, ou seja, a xenofobia, o racismo e a intolerância são mais pesados, assim como as criticas do autor. Por isso, ao invés de provocar risadas como nas edições anteriores, o livro faz com o leitor reflita sobre esses assuntos.

Outro detalhe é o excesso de informação e a falta de ação. Pois quando os personagens estão em um momento decisivo e a história começa a ficar interessante, o autor quebra o clima e interrompe a história para adicionar alguma informação que só é possível compreender nas próximas páginas. O que pode ser meio irritante.

Mas, como Douglas Adams diria “NÃO ENTRE EM PÂNICO”, o livro não é de todo mal, ele tem lá seus momentos. Como quando Arthur enfrenta Agrajag, um ser que ele vinha matando em inúmeras vidas, sem querer querendo. 

Coincidência ou Mania de Perseguição?

“A mesma coisa continuava acontecendo, de novo, de novo, de novo! Em cada vida que já vivi fui morto por Arthur Dent. Qualquer mundo, qualquer corpo, qualquer tempo, assim que estou me acostumando, lá vem Arthur Dent e, paft!, me mata”.

Coincidência ou mania de perseguição, não ficou muito claro. Mas é nessa parte que Adams aborda, com muito humor, o assunto das vidas passadas, da reencarnação. 

“– Diga-me que foi apenas coincidência, Dent. Eu o desafio a dizer que foi apenas coincidência. – Foi uma coincidência – disse Arthur, rapidamente. – Não foi não! – retrucou a voz com um berro. – Foi – disse Arthur – foi sim... [...] – Venha até aqui e repita isso! – urrou a voz, novamente em fúria. Arthur entrou lá e disse que era uma coincidência, ou melhor, quase conseguiu dizer que era uma coincidência”.

Há também algumas informações importantes, como a invenção do Propulsor Bistromático, com piadas sobre garçons, contas e decoração de restaurantes. Sem falar na fina arte de voar, que consiste em aprender a como se jogar no chão e errar. 

Resumindo, o livro pode ser sim difícil, confuso e até meio chato, mas com certeza não é uma total perda de tempo. Além disso, considerando o fato de que os dois primeiros volumes foram muito bons, existem boas chances de que as próximas edições sejam melhores.
Ataques surpresas, sessão espírita, viagens no tempo e no espaço. Assim é o segundo volume da saga criada pelo autor britânico Douglas Adams, que teve inicio com “O Guia do Mochileiro das Galáxias”.


A história

“A história de todas as grandes civilizações galácticas tende a atravessar três fases distintas e identificáveis - as da sobrevivência, da interrogação e da sofisticação, também conhecidas como as fases do como, do por que e do onde. Por exemplo, a primeira fase é caracterizada pela pergunta: "Como vamos poder comer?" A segunda, pela pergunta: "Por que comemos?" E a terceira, pela pergunta: "Onde vamos almoçar?"”.

Assim, a continuação das loucas aventuras espaciais de Arthur Dent e seus quatro companheiros de viagem, além do robô maníaco-depressivo Marvin, tem inicio a bordo da nave Coração de Ouro, indo em direção ao restaurante mais próximo.

Atacados no meio do caminho, eles recorrem até mesmo a uma sessão espírita para escapar da morte, o que conseguem, mas acabam separados e perdidos na Galáxia. Entre encontros e desencontros, os cinco viajantes são transportados para os mais estranhos lugares, nos quais conhecem as mais loucas pessoas e criaturas.

Um destes lugares é o planeta Beta da Ursa Menor, onde fica a sede do Guia do Mochileiro das Galáxias e o escritório de Zarniwoop, que guiará Zaphod Beeblebrox, contra a sua vontade, em sua mais nova missão, encontrar o tal cara que rege o Universo. Como se descobrir o sentido da vida, do Universo e tudo mais não fossem lá grande coisa.

“Existe uma teoria que diz que, se um dia alguém descobrir exatamente para que serve o Universo e por que ele está aqui, ele desaparecerá instantaneamente e será substituído por algo ainda mais estranho e inexplicável. Existe uma segunda teoria que diz que isso já aconteceu.”

Milliways

Depois de uma série de loucuras e uma visita rápida ao Vórtice da Perspectiva Total em um Universo Artificial, os cinco viajantes chegam ao seu destino final, o Restaurante no Fim do Universo. Um exótico lugar, aonde os clientes saboreiam suas refeições enquanto contemplam toda a criação explodir à sua volta. 

“O Restaurante no Fim do Universo é um dos acontecimentos mais extraordinários em toda a história dos restaurantes. Foi construído a partir dos restos fragmentários de um planeta em ruínas que se encontra fechado numa vasta bolha de tempo e projetado em direção ao futuro até o exato momento preciso do fim do Universo.”

Nessa parte, Douglas Adams com seu estilo sagaz mostra todo o seu repertório de sátira, ironia e bom humor, que, aliás, é um dos pontos fortes da série. Como quando os viajantes pedem para conhecer o prato do dia e acabam sendo apresentados a um boi que se oferece para ser o seu jantar, dizendo quais as partes de seu corpo são mais saborosas.

“- Eu simplesmente não quero comer um animal que está na minha frente se oferecendo para ser morto – disse Arthur. É cruel! – Melhor do que comer um animal que não deseja ser comido – disse Zaphod. –Muito bem – disse –, agora é só eu sair e me matar. – Não se preocupe, senhor, farei isso com bastante humanidade.” 

Viagem no Tempo

Em todos os filmes, séries, livros e HQs a viagem no tempo é descrita como algo extremamente complexo, capaz de causar danos catastróficos a história da humanidade. No entanto, Adams trata o tema de uma forma bem peculiar e interessante.

“Um dos maiores problemas encontrados em viajar no tempo não é vir a se tornar acidentalmente seu próprio pai ou mãe. Não há nenhum problema em tornar-se seu próprio pai ou mãe com que uma família de mente aberta e bem ajustada não possa lidar. Também não há nenhum problema em mudar o curso da história – o curso da história não muda porque todas as peças se juntam como num quebra-cabeça. Todas as mudanças importantes já ocorreram antes das coisas que deveriam mudar e tudo se resolve no final. O problema maior é simplesmente gramatical.”

Esse volume, assim como o anterior, está repleto de ironias a política, a religião e a sociedade e seus padrões, o que rendem boas risadas ao leitor. Como, por exemplo, na passagem em que Trillian, Zaphod e Zarniwoop conhecem o homem que rege o Universo, que faz todas as escolhas e toma todas as decisões sem nem mesmo saber o por quê. Ou na parte em que Ford Prefect explica a Arthur sua versão da história do Jardim do Éden.

Resumindo, quem gostou do primeiro livro irá gostar do “Restaurante no Fim do Universo”, e dar boas risadas com ele.
Primeiro volume da série de cinco livros, “O Guia do Mochileiro das Galáxias” é considerado um dos maiores clássicos da literatura mundial de ficção científica. Escrita pelo autor britânico, Douglas Adams, a obra teve cerca de 15 milhões de exemplares vendidos em todo o mundo.


“O Guia do Mochileiro das Galáxias já substitui a grande Enciclopédia como repositório-padrão de todo o conhecimento e sabedoria, pois ainda que contenha muitas omissões e textos apócrifos, ou pelo menos terrivelmente incorretos, ele é superior à obra mais antiga e mais prosaica em dois aspectos importantes. Em primeiro lugar, é ligeiramente mais barato; em segundo lugar, traz na capa, em letras garrafais e amigáveis, a frase NÃO ENTRE EM PÂNICO”.

A história

O livro conta as aventuras do inglês Arthur Dent, que escapa da destruição da Terra com a ajuda de seu amigo Ford Prefect, um alienígena que vivia no planeta disfarçado de ator desempregado, enquanto fazia pesquisas para a nova edição do Guia do Mochileiro das Galáxias.

A dupla consegue escapar da catástrofe pegando carona numa nave alienígena, mas acabam sendo jogados para fora dela, e, por mais improvável que pareça, são salvos a um segundo da morte pela nave Coração de Ouro comandada por Zaphod Beeblebrox, ex-presidente da Galáxia, e Trillian McMillan, uma terráquea que fugiu do planeta há seis meses.


Assim, a história segue cheia de reviravoltas, personagens insanos com nomes bizarros e cenas hilárias, nas quais Arthur é arrastado por seus três companheiros de viagem para as situações e lugares mais estranhos da Galáxia. Sendo um destes lugares, o lendário planeta Magrathea, no qual ele descobre a verdadeira origem da Terra e a resposta final a grande pergunta que assola toda a Galáxia sobre a vida, o universo e tudo mais.

“Como é sabido, a vida apresenta uma série de problemas, dos quais os mais importantes são, entre outros, Por que as pessoas nascem? Porque elas morrem? Por que elas passam uma parte tão grande do tempo entre o nascimento e a morte usando relógios digitais?”.

E é nessa parte que o livro chega ao seu momento crucial, no qual Arthur e seus amigos embarcam na busca do verdadeiro sentido da vida e do misterioso número 42.

Ô Marvin!

Outro personagem de destaque na história é Marvin, um robô maníaco-depressivo, que possui um enorme desprezo pela vida e por tudo o que é humano. 
Tendo sido construído com o que a Companhia Cibernética de Sírius chama de PHG, Personalidade Humana Genuína, que parece não ter feito nenhum bem a ele.

“A Enciclopédia Galáctica define “robô” como “dispositivo mecânico que realiza tarefas humanas”. O departamento de marketing da Companhia Cibernética de Sírius define “robô” como “o seu amigo de plástico”. O Guia do Mochileiro das Galáxias define o departamento de marketing da Companhia Cibernética de Sírius como “uma cambada de panacas que devem ser os primeiros a ir para o paredão no dia em que a revolução estourar””.

Marvin sofre de uma profunda depressão, em especial, pelo fato de possuir “o cérebro do tamanho de um planeta” e ainda assim ser sempre usado para realizar tarefas que ninguém mais quer fazer, como abrir portas, por exemplo.

Divertido e Criativo

O Guia do Mochileiro das Galáxias é um livro totalmente imprevisível, nunca se sabe o que acontecerá na próxima página, a não ser o fato de que será algo totalmente insano que renderá muitas risadas ao leitor.

Um dos aspectos mais interessantes da obra é a forma como Douglas Adams utiliza o humor para mostrar sua visão critica e irônica da sociedade mesquinha e quase sem escrúpulos do mundo contemporâneo.  Um jeito bem diferente e criativo de debochar da burocracia, dos políticos e de várias instituições atuais.

Curiosamente, “The Hitchhiker's Guide to the Galaxy”, título original da obra, foi criado, inicialmente, como um programa da rádio britânica BBC, em 1978, e só depois transformado em uma série de cinco livros. Mais tarde a saga foi adaptada para outros formatos, como uma série de TV em seis episódios. E em 2005, foi lançado um filme baseado no primeiro livro da série. No entanto, o longa-metragem parece não ter agradado muito aos fãs.

O criador

Douglas Adams / foto: divulgação
Douglas Noel Adams nasceu em 1952 em Cambridge, na Inglaterra, e sob a orientação de alguns professores particularmente dedicados desenvolveu um intelecto privilegiado no seu período de escola.

Segundo os amigos do autor, que se declarava um “ateu radical”, a leitura, o humor, os animais selvagens e a tecnologia eram suas grandes paixões, que ele parece ter conseguido reunir com sucesso em sua obra.

O escritor morreu aos 49 anos, em maio de 2001, de um ataque cardíaco. Na época em questão, ele estava morando em Santa Barbara, Califórnia, com sua esposa e filha.

Na próxima semana tem resenha do segundo volume do Guia do Mochileiro das Galáxias! :)
Príncipes, donzelas, romance, intrigas e duelos, assim é “Muito barulho por nada”, uma obra do poeta, dramaturgo e escritor, William Shakespeare.

Much Ado About Nothing by Alfred Elmore (1846)
Considerado um dos mais prestigiados autores, Shakespeare criou inúmeras histórias e personagens que divertiram e comoveram uma época.

Embora tenha escrito comoventes e sombrias histórias de amor e ódio, Shakespeare se mostrou igualmente hábil para escrever divertidas e envolventes comédias românticas, como “Sonho de uma noite de verão” e, é claro, “Muito barulho por nada”.

A obra

Inspirado em peças italianas, segundo estudiosos, ‘Much Ado About Nothing’, como é pronunciado no original foi escrito em meados de 1590, sendo considerado um dos textos mais hilários de Shakespeare.

Agora, sem mais rodeios, vamos à história, que tem como palco a cidade de Messina, na Sicília, local onde dois homens descobrem ser mais fácil conseguir vitórias na guerra do que no amor.

Dom Pedro, o príncipe de Aragão juntamente com seu meio irmão Dom John e seus nobres amigos Claudio e Benedick regressam da guerra para a pequena vila de Messina. Cidade na qual Claudio se apaixona por Hero, a jovem e doce filha do nobre Leonato.  

Enquanto isso, Beatrice, a sobrinha espirituosa de Leonato, e Benedick estão sempre trocando farpas, declarando o seu ódio mutuo e criticando o casamento. No entanto, por meio de intrigas e mal-entendidos, D. João trama para sabotar a união de Cláudio e Hero.

Entre tapas e beijos

Embora a história gire em torno do casal Hero e Cláudio, são Benedick e Beatrice que roubam a cena com seus duelos de palavras afiadas como espadas sempre prontas para batalha. É impressionante, como um sempre tem a resposta na ponta da língua para se defender de uma ofensa.

Beatrice (Emma Thompson) & Benedick (Kenneth Branagh)
Beatrice defendendo seu orgulho de donzela, se negando a acreditar em qualquer promessa que venha de um homem, pois os considera tão indignos de confiança, quanto dela. E sem dúvida não esta disposta a se resignar a vontade de qualquer homem, dizendo simplesmente “sim, meu senhor, como desejar”.

Isso só poderá acontecer depois que Deus fizer os homens com outra substância que não a terra. Pois não constituirá ofensa para uma mulher ver-se dominada por um bloco de poeira insolente? Não, tio; não desejo marido. Todos os filhos de Adão são meus irmãos; considero pecado casar-me com parentes”, retruca Beatrice.

Já o nobre Sr. Benedick se orgulha de ser um solteirão, recusando-se a se quer pensar na possibilidade de se casar, ou até mesmo de se apaixonar. Um típico conquistador.

Por ter sido eu concebido por uma mulher lhe assegura os meus agradecimentos; o fato de me ter ela criado, me deixa, igualmente, reconhecido; mas vir eu a ter na fronte uma buzina de chamar cães ou a pendurar meu corno em um boldrié invisível, é o que todas as mulheres me perdoarão. Por não querer fazer-lhes a injustiça de desconfiar de alguma delas, reservo-me o direito de não confiar em nenhuma. A conclusão - que só redundará em proveito para mim - é que desejo continuar solteiro”, diz Benedick.

Mesmo se dando conta dos seus sentimentos um pelo outro ainda assim relutam em se confessar, quase como se fosse uma declaração de derrota, mas acabam por perceber que o amor apenas os colocou em um empate, pois a teimosia e o orgulho foram as falhas que os tornaram tão perfeitos um para o outro. Nas palavras de Benedick “somos demasiadamente sábios para nos declararmos pacificamente”.

É na sagacidade das falas de Benedick e Beatrice que reside o lado cômico da história. Seus diálogos são sempre rápidos e envolventes. Além disso, é fato que os textos de Shakespeare utilizam o dialeto típico da época em que foram escritos, no século XIII. O que torna fácil para o leitor se perder entre uma cena e outra, tanto ao ler quanto ao assistir uma peça do autor. Curiosamente, esse é também um dos motivos do charme e popularidade das obras de Shakespeare.

Vilões e suas intrigas

A trama se complica com a intriga criada por D. John, irmão bastardo do príncipe, e seus comparsas. Afinal, o que seria de um bom romance sem uma intriga básica para apimentar as coisas.

No entanto, D. John não é um vilão como outro qualquer, de fato nas suas poucas palavras percebe-se que existe uma história por trás de seus atos, algo mais profundo e triste em seu passado. Mas o próprio autor parece não querer se aprofundar muito no personagem, deixando assim que este cumpra seu simples papel como vilão, o de ser desdenhado por todos.

Acomoda-se melhor com meu sangue ser desprezado por todos do que conformar os meus atos de modo que roubem a afeição de quem quer que seja. A esse respeito, se não se pode dizer que eu sou um adulador honesto, não se me negará o título de vilão sincero”, assim se descreve Dom John.

Hero & Cláudio

Depois de humilhada e ofendida no dia de seu casamento por Cláudio e o Príncipe, Hero decide fazer com que todos acreditem que se matou até que sua inocência seja provada, pois na época em questão, tal humilhação só poderia ser apagada com a morte.

O que acabou sendo uma forma de vingança para a donzela e sua família, pois ao se dar conta do engano que cometeram, Cláudio e o Príncipe, não apenas sofrem com o arrependimento por ter humilhado e difamado uma donzela inocente, mas como também com a terrível culpa de ter provocado a sua morte.

Assim, consumido pelo arrependimento, Cláudio vai a público como uma demonstração de amor limpando a honra de Hero diante de seu túmulo. Apenas assim ele se torna mais uma vez digno de ter sua mão em casamento.

Por fim, tudo acaba bem, em festa, dança e casamentos. Como teria sido desde o inicio se todos não tivessem causado tanto tumulto apenas por puro orgulho. Como diria Shakespeare, muito barulho por nada.

Assista ao trailer do filme baseado na obra (em inglês):

No dia de natal nada mais tradicional do que falar sobre a obra “Um Conto de Natal” ou no original “A Christmas Carol” do escritor e jornalista inglês Charles Dickens.


Considerada uma das histórias natalinas mais famosas do mundo, a obra teve diversas adaptações no cinema, no teatro e até mesmo em quadrinhos. O que torna difícil encontrar alguém que não tenha ouvido falar de Ebenezer Scrooge.

Personagem principal da obra, Scrooge, se tornou ao longo dos anos um dos símbolos da avareza na Literatura universal. Tanto que foi inspirado nele que a Disney criou o Tio Patinhas, no original Scrooge McDuck, que ao lado do Mickey, protagonizou o desenho Mickey's Christmas Carol.

Uma curiosidade sobre o livro é que este foi escrito por Dickens em menos de um mês para pagar suas dívidas, sendo publicado, originalmente, em 19 de dezembro de 1843, em capítulos num folhetim, com ilustrações de John Leech. A história acabou tornando-se um sucesso, vendendo mais de seis mil cópias em uma semana. 

O Conto

Ebenezer Scrooge é um empresário avarento e solitário, que submete seus empregados a condições de trabalho desumanas, expulsa pedintes e odeia o natal. A única coisa que ele gosta são os lucros.

Ele trabalha num escritório em Londres com Bob Cratchit, um pobre pai de quatro filhos, com um carinho especial pelo pequeno Tim, que sofre de paralisia nas pernas. Apesar das dificuldades, Bob é um homem feliz e aprecia o natal, o que faz com que Scrooge o despreze.

Na noite de natal, Scrooge recebe a visita de seu falecido e também avarento sócio, Jacob Marley. Este lhe diz que esta sendo punido por sua avareza e que o mesmo destino aguarda Scrooge. 

Mas ainda há esperança para ele, e para isso, três espíritos irão visitá-lo, o espírito do Natal Passado, o do Natal Presente e o do Natal Futuro.

Assim tem início a difícil jornada de Scrooge, na qual o primeiro espírito lhe levará a uma viagem por suas lembranças, o segundo lhe mostrará como ele é visto aos olhos dos outros, especialmente os mais próximos dele e o último mostrará a Scrooge sua própria morte, solitária e sem amigos.

O interessante é que as pessoas que mais são maltratadas por Scrooge, como seu próprio sobrinho e o Bob parecem ser os únicos que não lhe querem mal, sendo capazes de ver a imensa solidão que ele enfrenta.

Na manhã de Natal, Scrooge acorda um novo homem, ciente de que seus atos afetam os outros e disposto a mudar suas atitudes, a começar por seu empregado Bob e seu filho Tim, assim como seu sobrinho.

Charles Dickens

Charles Dickens
Nascido em 1812 na cidade de Moure, condado de Hampshire, na Inglaterra, Charles Dickens pertencia a uma família de classe média. 


Quando ainda criança teve seu pai preso por dividas, e foi obrigado a trabalhar para saldar as contas. O que resultou em uma infância triste e miserável.

Mais tarde tornou-se jornalista, começando como cronista judicial e, depois, fazendo relatos dos debates parlamentares e cobrindo as campanhas eleitorais pela Grã-Bretanha. 

No início de sua carreira literária chegou a publicar inúmeros textos sob o pseudônimo de Boz. Nos anos que se seguiram Dickens consagrou-se no universo literário publicando obras como “Oliver Twist”, “David Coperfield”, “Um Conto de Natal”, entre outras.

Dickens viveu em plena Revolução Industrial inglesa, numa época em que a Inglaterra se dedicava a ampliar e aperfeiçoar o capitalismo a todo custo. Assim é possível dizer que a realidade de sua época influenciou em suas produções literárias.

Em “Um Conto de Natal”, por exemplo, o autor nos mostra o ideal capitalista da época em questão e apresenta a solidariedade como uma alternativa para amenizar, ou até mesmo dar fim, as desigualdades sociais.

Quem conta um conto...

Mesmo nos tempos atuais o conto de Charles Dickens continua a ser uma referência, principalmente, para o cinema, como é possível notar nos filmes, Os Fantasmas de Scrooge, Expresso Polar, Barbie em a Canção de Natal e até mesmo Shrek. Sendo que, na parte final do filme, quando os personagens cantam juntos, o bonequinho de gengibre diz, se apoiando numa muleta: "Deus abençoe a todos", retratando uma das mais famosas falas do personagem Tim. 
“Vou voltar, de um jeito ou de outro, e não sei como estarão as coisas entre nós. Primeiro pensei em lhe contar, nesta carta, as coisas que fiz e vi, para que você pudesse me julgar antes do regresso. Mas cheguei a conclusão de que seria preciso uma página tão vasta quanto o céu azul para escrever essa história, e eu não tenho nem a vontade nem a energia para isso”.
Estas são as palavras de Inman, um soldado confederado, que após ser ferido em combate decide abandonar os horrores dos campos de batalha e retornar para o seu lar, aos pés da Montanha Gelada, e para os braços de Ada.

Montanha Gelada (Could Mountain) é o primeiro romance do escritor Charles Frazier, resultado de oito anos de pesquisas e de uma escrita meticulosa, que conduz o leitor pelas terras da Carolina do Norte para dentro das vidas de Ada e Inman, compartilhando passo a passo o seu desespero e esperança.

O livro é inspirado na vida de W.P. Inman, soldado confederado que, de fato, viveu nas terras da Montanha Gelada na Carolina do Norte. No entanto, o próprio autor, assume no final da obra que tomou certas “liberdades” com a vida do soldado.

A história tem início no fim do verão de 1865, durante a Guerra Civil Americana, retratada de forma intensa pelo autor, por meio de uma narrativa forte e uma extensa pesquisa historiográfica. Em sua longa e difícil jornada para casa, Inman enfrenta a fome, o frio, o desespero e a miséria causada pela guerra, além da perseguição, pois, na época, os desertores eram caçados como criminosos. 

Enquanto isso, a espera de seu retorno, Ada, uma culta moça da cidade, se vê obrigada a lutar por sua sobrevivência, ao lado de Ruby, uma jovem do campo. E apesar das muitas diferenças que existem entre elas, juntas as duas passam a cuidar sozinhas da fazenda que Ada herdou do pai. E apesar de não receber notícias de seu amado há vários meses, embora escreva para ele todos os dias, Ada, mantém a esperança de um dia voltar a vê-lo. 

“Uma coisa quero que você saiba: apesar de sua longa ausência, vejo o relacionamento feliz que existe entre nós de tal forma que jamais esconderei de você um único pensamento que seja. Não alimente nenhum receio”.

A cada página do romance, o autor descreve de forma meticulosa as paisagens vistas e sentidas por cada um de seus personagens, levando o leitor ao tempo e lugar onde a história é narrada, proporcionando a este a sensação de vivenciar cada cena por meio do olhar dos personagens.

“Montanhas e vales numa sucessão infindável. Uma paisagem nodosa, retorcida, protuberante, na qual o homem não seria mais do que um acréscimo secundário”. Assim era a terra das lembranças de Inman, um território que se estendia, sem fim, a norte e a oeste da encosta da Montanha Gelada. A terra onde seu grande amor permanecia a sua espera.

Segundo Frazier, “a vista descortinada da varanda é o espírito que preside o livro”, pois grande parte deste foi escrito em um “maravilhoso refúgio nas montanhas da Carolina do Norte”.

Um romance histórico, intenso e meticuloso, assim é Montanha Gelada, merecido ganhador do National Book Award de 1997, um dos mais importantes prêmios literários dos EUA. O livro também ganhou uma adaptação para o cinema em 2003, tendo Jude Law, Nicole Kidman e Renee Zellweger interpretando de forma emocionante os personagens Inman, Ada e Ruby. Com uma edição perfeita, fotografia, figurino e trilha sonora belíssimas, o filme recebeu 7 indicações ao Oscar.

Assista ao trailer:

"Volte para mim, é o que lhe peço"