O autor Anthony Doerr recebeu da Universidade de Columbia de Nova York, um dos mais prestigiados prêmios dos Estados Unidos, o Pulitzer, na categoria de melhor livro de ficção, pela obra “All the Light We Cannot See” (Toda Luz que não podemos ver).


Considerado pelo The New York Times como "totalmente arrebatador", o livro é descrito pelo júri do prêmio como “um romance imaginativo e intrincado inspirado pelos horrores da II Guerra Mundial e escrito em capítulos curtos e elegantes que exploram a natureza humana e o poder contraditório da tecnologia”.

Toda Luz que não podemos ver

Lançado em 06 de maio de 2014 pela editora americana Scribner, o livro, de 528 páginas, narra à história da jovem parisiense Marie Laure e do órfão alemão Werner em meio aos horrores da Segunda Guerra Mundial.

Marie-Laure LeBlanc é uma menina cega desde os seis anos, que vive na Paris de 1934, perto do Museu de História Natural, onde seu pai trabalha como chaveiro. Em meio à ocupação nazista em Paris, pai e filha são forçados a fugir para a cidade de Saint-Malo levando consigo o que talvez seja o mais valioso tesouro do museu.

Enquanto isso, numa região de minas na Alemanha, o jovem órfão Werner cresce com a irmã mais nova, fascinado pelo rádio que certo dia encontram em uma pilha de lixo. Se tornando um especialista no aparelho, o garoto consegue uma vaga em uma escola nazista.

Sendo enviado, logo depois, para uma missão em Saint-Malo, onde deve descobrir a fonte das transmissões de rádio responsáveis pela chegada dos Aliados na Normandia. Assim os caminhos de Werner e Marie-Laure se cruzam, enquanto ambos tentam sobreviver à Segunda Guerra Mundial.

Finalista do National Book Award em 2014, o livro, que vendeu mais de 1 milhão de cópias nos Estados Unidos e figura há mais de um ano na lista de best-sellers do The New York Times, já se encontra disponível no Brasil, tendo sido lançado, recentemente, pela editora Intrínseca

O autor

foto: Isabelle Selby
Anthony Doerr
nasceu em 1973, na cidade de Cleveland, Ohio, tendo obtido seu bacharelado em História no Bowdoin College em Brunswick, Maine. Sendo que, atualmente, ele escreve uma coluna sobre livros de ciência para o jornal The Boston Globe e é um contribuinte para a revista online The Morning News, além de autor de best-sellers internacionais.


Além da obra “All the Light We Cannot See”, Doerr também escreveu duas coletâneas de contos intituladas “Shell Collector” (2002) e “Memory Wall” (2010), assim como o romance “About Grace” (2004), e o livro de memórias “Four Seasons in Rome: On Twins, Insomnia and the Biggest Funeral in the History of the World” (2007).

Nas demais categorias literárias...

Além da categoria de Melhor Livro de Ficção, o Pulitzer destina mais quatro categorias a área de Literatura, sendo elas Melhor Livro de Não-Ficção, Melhor Biografia ou Auto-Biografia, Melhor Livro de História e Melhor Livro de Poesia.

Entre os premiados deste ano, na categoria de Não-Ficção, esta a obra “The Sixth Extinction: An Unnatural History” da autora Elizabeth Kolbert.  Já na categoria História, o vencedor foi o livro “Encounters at the Heart of the World: A History of the Mandan People” da historiadora Elizabeth A. Fenn.

O autor, antropólogo e historiador, David I. Kertzer ganhou o prêmio de Melhor Biografia com o livro “The Pope and Mussolini: The Secret History of Pius XI and the Rise of Fascism in Europe”. Assim como, Gregory Pardlo levou o título de Melhor Livro de Poesia pela obra “Digest”.

O prêmio, que existe desde 1917, é entregue apenas a pessoas que realizam trabalhos de excelência nas áreas de Jornalismo, Literatura e Música. Premiando os vencedores com a quantia de 10 mil dólares.

Confira todos os vencedores no site oficial do Prêmio Pulitzer.