Ao longo dos anos, os produtores de Hollywood têm investido verdadeiras fortunas em adaptações de obras literárias para o cinema.

Tendo a literatura como fonte de inspiração, muitos desses filmes se tornaram campeões de bilheteria, conquistando seu lugar no Oscar, a maior e mais importante premiação do cinema internacional.


Seis filmes baseados em livros estão concorrendo ao Oscar deste ano na categoria de Melhor Filme. Sendo que, três deles também concorrem à categoria de Melhor Roteiro Adaptado, criada especialmente para os longas-metragens baseados tanto em livros quanto em peças de teatro, musicais e até mesmo em um parque de diversões, como é o caso do filme “Piratas do Caribe”. Portanto, os roteiros adaptados partem de histórias que tem uma maior aceitação em outras mídias, como os chamados Best-sellers.

Os indicados

Entre eles está o favorito “A Invenção de Hugo Cabret”, ganhador do Globo de Ouro de Melhor Direção, que recebeu 11 indicações ao Oscar, incluindo ao de Melhor Filme e Melhor Roteiro Adaptado. Dirigido por Martin Scorsese, o filme é baseado na obra infanto-juvenil do autor e ilustrador Brian Selznick, escrita em 2007.

Saiba mais sobre Hugo Cabret neste post.



Dirigido por Steven Spielberg, o filme “Cavalo de Guerra” é uma adaptação do romance do escritor britânico Michael Morpurgo, e concorre a seis categorias no Oscar, incluindo a de Melhor Filme e Melhor Roteiro Adaptado.



O longa-metragem “Os Descendentes”, indicado ao Oscar de Melhor Filme, Melhor Roteiro Adaptado e outras três categorias, é uma produção dirigida por Alexander Payne, inspirada no livro homônimo da autora havaiana Kaui Hart Hemmings.



O drama “Tão Forte, Tão Perto” dirigido por Stephen Daldry é uma adaptação do livro “Extremamente Alto & Incrivelmente Perto” de Jonathan Safran Foer, e está concorrendo ao Oscar de Melhor Filme e Melhor Ator Coadjuvante (Max von Sydow).



Uma adaptação do livro “A Resposta” escrito por Kathryn Stockett, o filme “Histórias Cruzadas”, dirigido por Tate Taylor está concorrendo ao Oscar de Melhor Filme, Melhor Atriz (Viola Davis) e Melhor Atriz coadjuvante (Jessica Chastain).



Baseado numa história real, o filme “O Homem Que Mudou O Jogo” dirigido por Bennett Miller é uma adaptação do livro “Moneyball: The Art of Winning an Unfair Game” de Michael Lewis, lançado em 2003. O longa está concorrendo a seis estatuetas, incluindo a de Melhor Filme e Melhor Roteiro Adaptado.



Também concorrendo à categoria de Melhor Roteiro Adaptado está o filme “O Espião que Sabia Demais”, adaptação do livro homônimo do escritor John Le Carré. 



A apresentação do Oscar será às 22h, neste domingo, dia 26 de fevereiro. Agora é assistir e torcer!
Ataques surpresas, sessão espírita, viagens no tempo e no espaço. Assim é o segundo volume da saga criada pelo autor britânico Douglas Adams, que teve inicio com “O Guia do Mochileiro das Galáxias”.


A história

“A história de todas as grandes civilizações galácticas tende a atravessar três fases distintas e identificáveis - as da sobrevivência, da interrogação e da sofisticação, também conhecidas como as fases do como, do por que e do onde. Por exemplo, a primeira fase é caracterizada pela pergunta: "Como vamos poder comer?" A segunda, pela pergunta: "Por que comemos?" E a terceira, pela pergunta: "Onde vamos almoçar?"”.

Assim, a continuação das loucas aventuras espaciais de Arthur Dent e seus quatro companheiros de viagem, além do robô maníaco-depressivo Marvin, tem inicio a bordo da nave Coração de Ouro, indo em direção ao restaurante mais próximo.

Atacados no meio do caminho, eles recorrem até mesmo a uma sessão espírita para escapar da morte, o que conseguem, mas acabam separados e perdidos na Galáxia. Entre encontros e desencontros, os cinco viajantes são transportados para os mais estranhos lugares, nos quais conhecem as mais loucas pessoas e criaturas.

Um destes lugares é o planeta Beta da Ursa Menor, onde fica a sede do Guia do Mochileiro das Galáxias e o escritório de Zarniwoop, que guiará Zaphod Beeblebrox, contra a sua vontade, em sua mais nova missão, encontrar o tal cara que rege o Universo. Como se descobrir o sentido da vida, do Universo e tudo mais não fossem lá grande coisa.

“Existe uma teoria que diz que, se um dia alguém descobrir exatamente para que serve o Universo e por que ele está aqui, ele desaparecerá instantaneamente e será substituído por algo ainda mais estranho e inexplicável. Existe uma segunda teoria que diz que isso já aconteceu.”

Milliways

Depois de uma série de loucuras e uma visita rápida ao Vórtice da Perspectiva Total em um Universo Artificial, os cinco viajantes chegam ao seu destino final, o Restaurante no Fim do Universo. Um exótico lugar, aonde os clientes saboreiam suas refeições enquanto contemplam toda a criação explodir à sua volta. 

“O Restaurante no Fim do Universo é um dos acontecimentos mais extraordinários em toda a história dos restaurantes. Foi construído a partir dos restos fragmentários de um planeta em ruínas que se encontra fechado numa vasta bolha de tempo e projetado em direção ao futuro até o exato momento preciso do fim do Universo.”

Nessa parte, Douglas Adams com seu estilo sagaz mostra todo o seu repertório de sátira, ironia e bom humor, que, aliás, é um dos pontos fortes da série. Como quando os viajantes pedem para conhecer o prato do dia e acabam sendo apresentados a um boi que se oferece para ser o seu jantar, dizendo quais as partes de seu corpo são mais saborosas.

“- Eu simplesmente não quero comer um animal que está na minha frente se oferecendo para ser morto – disse Arthur. É cruel! – Melhor do que comer um animal que não deseja ser comido – disse Zaphod. –Muito bem – disse –, agora é só eu sair e me matar. – Não se preocupe, senhor, farei isso com bastante humanidade.” 

Viagem no Tempo

Em todos os filmes, séries, livros e HQs a viagem no tempo é descrita como algo extremamente complexo, capaz de causar danos catastróficos a história da humanidade. No entanto, Adams trata o tema de uma forma bem peculiar e interessante.

“Um dos maiores problemas encontrados em viajar no tempo não é vir a se tornar acidentalmente seu próprio pai ou mãe. Não há nenhum problema em tornar-se seu próprio pai ou mãe com que uma família de mente aberta e bem ajustada não possa lidar. Também não há nenhum problema em mudar o curso da história – o curso da história não muda porque todas as peças se juntam como num quebra-cabeça. Todas as mudanças importantes já ocorreram antes das coisas que deveriam mudar e tudo se resolve no final. O problema maior é simplesmente gramatical.”

Esse volume, assim como o anterior, está repleto de ironias a política, a religião e a sociedade e seus padrões, o que rendem boas risadas ao leitor. Como, por exemplo, na passagem em que Trillian, Zaphod e Zarniwoop conhecem o homem que rege o Universo, que faz todas as escolhas e toma todas as decisões sem nem mesmo saber o por quê. Ou na parte em que Ford Prefect explica a Arthur sua versão da história do Jardim do Éden.

Resumindo, quem gostou do primeiro livro irá gostar do “Restaurante no Fim do Universo”, e dar boas risadas com ele.
A sessão “Literatura no Cinema” de hoje apresenta um dos filmes mais comentados do ano, “A Invenção de Hugo Cabret”, que teve sua estréia, nessa sexta-feira, nos cinemas brasileiros.


Dirigido pelo cineasta Martin Scorsese, o filme vencedor do Globo de Ouro de Melhor Direção recebeu 11 indicações ao Oscar 2012, incluído ao de Melhor Filme e Melhor Roteiro Adaptado.

A História

  Na Paris dos anos 30, um garoto chamado Hugo Cabret vive na majestosa estação de trem, Gare Du Nord, apósperder o pai, um relojoeiro que trabalhava no museu, em um incêndio.
   Órfão, Hugo passa a viver escondido, consertando as engrenagens dos enormes relógios da estação, enquanto tenta reconstruir um misterioso robô encontrado pelo pai. Para isso, ele rouba peças de uma loja de brinquedos, mas acaba sendo pego pelo dono da loja e por sua afilhada.
   Um precioso caderno, uma chave roubada, uma mensagem cifrada, um homem mecânico e um passado esquecido compõem a trama envolta em mistério e aventura de “A Invenção de Hugo Cabret”.

No Livro

A obra, escrita e ilustrada pelo autor Brian Selznick em 2007, oferece ao leitor uma inusitada e envolvente experiência de leitura, pois a história é composta não apenas de texto, como também de uma sequência de imagens, tipo um storyboard.

O storyboard é um roteiro desenhado, um tipo de história em quadrinhos só que sem os balões. Uma ferramenta que o cineasta e sua equipe usam para visualizar a estrutura do filme e discutir a sequência dos planos, os ângulos, o ritmo, a lógica do filme, as expressões e atitudes dos personagens. 

Assim, misturando elementos das histórias em quadrinhos e do cinema, além da literatura, o livro, publicado no Brasil pela SM Edições, conta um pouco da origem do cinema, em especial, da história do cineasta e ilusionista Georges Méliès, que é também um dos personagens da obra.

São 284 imagens, desenhos a lápis e carvão, que compõem as mais de 500 páginas do livro, sendo que algumas delas são puramente visuais. O design gráfico do livro é uma mistura entre as cores pretas e brancas, o que lembra um pouco o cinema daquela época.

O Autor

foto: Divulgação
Nascido em East Brunswick, Nova Jersey, Brian Selznick se formou na Escola de Design de Rhode Island. 
Em seguida trabalhou por três anos com livros infantis em Nova York, enquanto escrevia seu primeiro livro The Houdini Box, que ganhou dois importantes prêmios literários, o Texas Bluebonnet Award, e o Rhode Island Children's Book Award.

Desde então, Selznick ilustrou inúmeros livros infantis, como The Dinosaurs of Waterhouse HawkinsWalt Whitman: Words for America e Amelia and Eleanor Go for a Ride, que lhe renderam várias premiações. O autor também escreveu outros livros como Boy of a Thousand FacesThe Robot King e Wonderstruck.

Mas, segundo o próprio Selznick, “A Invenção de Hugo Cabret” é de longe o livro mais longo em que já trabalhou. Tendo lhe rendido, em 2008, a Medalha Caldecott, prêmio atribuído ao mais distinto livro ilustrado infantil. A inspiração para criar o livro, segundo o autor, surgiu depois de ler a obra Edison’s Eve: A Magical History of the Quest for Mechanical Life do escritor Gaby Wood, que contava a história de alguns complicados homens mecânicos de corda que foram doados ao museu de Paris, mas acabaram no lixo por engano.

No Cinema

O filme da Paramount é o primeiro infanto-juvenil e em 3D dirigido pelo cineasta Martin Scorsese, que buscou ser o mais fiel possível aos detalhes do livro, em especial, na recriação do cenário da época.

Para tal, o diretor e sua equipe se inspiraram nos trabalhos dos irmãos Louis e Auguste Lumière, que têm o cinema como registro do cotidiano, uma observação do real. 

Assim como nos trabalhos do cineasta e ilusionista Georges Méliès, considerado o pioneiro nos efeitos especiais e na idéia do cinema como uma fábrica dos sonhos.

De fato, é possível notar o toque dos irmãos Lumière na forma como Hugo Cabret está sempre a observar, nunca interferindo diretamente, na vida das pessoas que circulam diariamente pela estação. Enquanto que a vida do cineasta Méliès é mostrada de forma emocionante no filme.

A sétima arte

Muitos participaram da invenção do cinema, mas foram os irmãos Lumière, quem criaram o Cinematógrafo, aparelho que possibilitou a projeção de imagens em uma tela para exibição ao público. Sendo que a primeira sessão de cinema da história foi apresentada por eles, em 1895, no Grand- Café do Boulevard des Capucines de Paris.

Já o francês George Méliès (1861-1938) é considerado um dos pioneiros do chamado cinema fantástico, que após assistir a uma exibição do cinematógrafo dos irmãos Lumière, decidiu levar seus shows de ilusionismo para as telas do cinema. Com truques de montagem e encenação, o cineasta chegou a produzir mais de 500 filmes, entre eles o famoso Le Voyage Dans a Lune (Viagem à Lua) de 1902, que marcou a estréia da ficção no cinema.

Na obra, o pai de Hugo Cabret cita esse mesmo filme quando conta que a cena mais impressionante que havia visto no cinema era a de um foguete voando para dentro de um olho desenhado na lua. Segundo ele, jamais havia experimentado tal sensação, era como ver seus sonhos em pleno dia.

Todos esses ingredientes contribuem para que o filme seja um dos favoritos ao Oscar, uma das mais importantes premiações cinematográficas, que acontece dia 26 de fevereiro. Agora é assistir ao filme e torcer pelo Oscar!

Assista ao trailer:

É raro encontrar alguém que não conheça a história do Lago dos Cisnes, mesmo aqueles que não assistiram ao balé, provavelmente, já devem ter visto ao filme, ou pelo menos o desenho da Barbie.

foto: divulgação
O que poucos sabem é que esta história não nasceu no balé, mas sim num antigo conto de fadas alemão, que dizem ter sido escrito, por volta de 1782 a 1786, pelo autor Johann Karl August Musäus.

Nascido em 29 de março de 1735, em Jena, Musäus estudou Teologia na Unversidade de Jena, mas acabou voltando-se para a literatura. Sendo conhecido como um satírico escritor alemão de contos de fadas, lembrado por suas graciosas e delicadas versões irônicas dos contos populares.

Na literatura

foto: divulgação
O Lago dos Cisnes conta a trágica história de amor da princesa Odete, transformada em cisne por um feiticeiro, e do príncipe Siegfried, que apaixonado, promete libertá-la do feitiço, mas enganado pelo vilão acaba por jurar amor à outra mulher.


Com um enredo encantador, repleto de romance envolto em suspense, a história conduz de forma suave ao um triste final. Pois, na versão original de Musäus, o romance entre Odete e seu príncipe termina de forma trágica com a morte de ambos. No entanto, há inúmeras adaptações, em que a história encontra um destino diferente, com Odete e Siegfried vivendo felizes para sempre.

No Balé

foto: divulgação
Ao longo dos tempos, a história narrada pela Literatura serviu de inspiração para as mais diversas manifestações culturais, como o cinema, o teatro e até mesmo o balé.

De fato, a ideia de transformar o conto em uma peça para o balé surgiu, em 1871, quando o compositor russo, Piotr Ilich Tchaikovsky, passava o verão em Kamenka, Ucrânia, com sua família. Em um momento de lazer o compositor decidiu criar um pequeno balé para seus sobrinhos, intitulado ‘Lededione Ozero’ (O Lago dos Cisnes), inspirado no conto de Musäus.

Entusiasmado com a ideia, Tchaikovsky levou o projeto a diante, compondo, pela primeira vez, uma música para o balé, que seria apresentado, em 1876, pelo Teatro Bolshoi de Moscou. Deste dia em diante, o Lago dos Cisnes, se tornou um dos mais conhecidos balés, sendo interpretado no mundo inteiro sob as mais variadas concepções de diferentes diretores.

Poucos sabem, mas a interpretação é considerada um dos fatores primordiais da essência do balé, pois não basta apenas executar bem os passos de dança, é preciso saber expressar os sentimentos do personagem, de forma que alcance o público. Fazendo com que este não apenas veja, ou ouça a peça, mas sinta e se emociona com ela.

Piotr Ilich Tchaikovsky

Tchaikovsky / imagem: divulgação
Tchaikovsky, assim como Mozart, é um dos poucos compositores aclamados que se sentia igualmente confortável escrevendo óperas, sinfonias, concertos e obras para piano. Sua música é mundialmente conhecida e admirada por suas ricas harmonias e vividas melodias.

Além do Lago dos Cisnes, Tchaikovsky também compôs dois outros balés inspirados em obras literárias, que alcançaram igual sucesso na história do balé.

Um deles é “A Bela Adormecida”, considerado um dos melhores trabalhos do compositor, encenado pela primeira vez em 1890 no Teatro Mariinsky em São Petersburgo. E o outro é o clássico “O Quebra-Nozes”, o último balé composto por Tchaikovsky, em 1893.

Saiba mais sobre o conto no blog da professora de balé clássico Myrna Jamus.
Estão abertas as inscrições para o prêmio “Novos Talentos FNAC Literatura”, que tem como objetivo apoiar a criação literária ao promover novos autores.


O prêmio, organizado pela empresa FNAC (Fédération nationale d'achats des cadres), irá contemplar o gênero conto. Sendo que podem concorrer apenas as obras inéditas em língua portuguesa.

As inscrições para o concurso devem ser feitas até o dia 30 de abril de 2012, por meio do site oficial do evento. Cada participante só poderá concorrer com um conto, que deve ter entre 10 a 15 páginas A4 e, no máximo, 25.000 caracteres com espaços.

O Prêmio

O júri composto pelo escritor Valter Hugo Mãe, pela crítica literária Dóris Graça Dias e pelo editor Carlos da Veiga Ferreira irá selecionar os 10 melhores contos, que ficarão disponíveis para leitura e votação dos internautas no site do evento e no Facebook da FNAC.

Ao final do concurso, serão premiados os cinco contos mais votados pelos internautas. Sendo que os vencedores terão seus textos publicados pela FNAC.

Saiba mais sobre o concurso no seu site oficial.
Primeiro volume da série de cinco livros, “O Guia do Mochileiro das Galáxias” é considerado um dos maiores clássicos da literatura mundial de ficção científica. Escrita pelo autor britânico, Douglas Adams, a obra teve cerca de 15 milhões de exemplares vendidos em todo o mundo.


“O Guia do Mochileiro das Galáxias já substitui a grande Enciclopédia como repositório-padrão de todo o conhecimento e sabedoria, pois ainda que contenha muitas omissões e textos apócrifos, ou pelo menos terrivelmente incorretos, ele é superior à obra mais antiga e mais prosaica em dois aspectos importantes. Em primeiro lugar, é ligeiramente mais barato; em segundo lugar, traz na capa, em letras garrafais e amigáveis, a frase NÃO ENTRE EM PÂNICO”.

A história

O livro conta as aventuras do inglês Arthur Dent, que escapa da destruição da Terra com a ajuda de seu amigo Ford Prefect, um alienígena que vivia no planeta disfarçado de ator desempregado, enquanto fazia pesquisas para a nova edição do Guia do Mochileiro das Galáxias.

A dupla consegue escapar da catástrofe pegando carona numa nave alienígena, mas acabam sendo jogados para fora dela, e, por mais improvável que pareça, são salvos a um segundo da morte pela nave Coração de Ouro comandada por Zaphod Beeblebrox, ex-presidente da Galáxia, e Trillian McMillan, uma terráquea que fugiu do planeta há seis meses.


Assim, a história segue cheia de reviravoltas, personagens insanos com nomes bizarros e cenas hilárias, nas quais Arthur é arrastado por seus três companheiros de viagem para as situações e lugares mais estranhos da Galáxia. Sendo um destes lugares, o lendário planeta Magrathea, no qual ele descobre a verdadeira origem da Terra e a resposta final a grande pergunta que assola toda a Galáxia sobre a vida, o universo e tudo mais.

“Como é sabido, a vida apresenta uma série de problemas, dos quais os mais importantes são, entre outros, Por que as pessoas nascem? Porque elas morrem? Por que elas passam uma parte tão grande do tempo entre o nascimento e a morte usando relógios digitais?”.

E é nessa parte que o livro chega ao seu momento crucial, no qual Arthur e seus amigos embarcam na busca do verdadeiro sentido da vida e do misterioso número 42.

Ô Marvin!

Outro personagem de destaque na história é Marvin, um robô maníaco-depressivo, que possui um enorme desprezo pela vida e por tudo o que é humano. 
Tendo sido construído com o que a Companhia Cibernética de Sírius chama de PHG, Personalidade Humana Genuína, que parece não ter feito nenhum bem a ele.

“A Enciclopédia Galáctica define “robô” como “dispositivo mecânico que realiza tarefas humanas”. O departamento de marketing da Companhia Cibernética de Sírius define “robô” como “o seu amigo de plástico”. O Guia do Mochileiro das Galáxias define o departamento de marketing da Companhia Cibernética de Sírius como “uma cambada de panacas que devem ser os primeiros a ir para o paredão no dia em que a revolução estourar””.

Marvin sofre de uma profunda depressão, em especial, pelo fato de possuir “o cérebro do tamanho de um planeta” e ainda assim ser sempre usado para realizar tarefas que ninguém mais quer fazer, como abrir portas, por exemplo.

Divertido e Criativo

O Guia do Mochileiro das Galáxias é um livro totalmente imprevisível, nunca se sabe o que acontecerá na próxima página, a não ser o fato de que será algo totalmente insano que renderá muitas risadas ao leitor.

Um dos aspectos mais interessantes da obra é a forma como Douglas Adams utiliza o humor para mostrar sua visão critica e irônica da sociedade mesquinha e quase sem escrúpulos do mundo contemporâneo.  Um jeito bem diferente e criativo de debochar da burocracia, dos políticos e de várias instituições atuais.

Curiosamente, “The Hitchhiker's Guide to the Galaxy”, título original da obra, foi criado, inicialmente, como um programa da rádio britânica BBC, em 1978, e só depois transformado em uma série de cinco livros. Mais tarde a saga foi adaptada para outros formatos, como uma série de TV em seis episódios. E em 2005, foi lançado um filme baseado no primeiro livro da série. No entanto, o longa-metragem parece não ter agradado muito aos fãs.

O criador

Douglas Adams / foto: divulgação
Douglas Noel Adams nasceu em 1952 em Cambridge, na Inglaterra, e sob a orientação de alguns professores particularmente dedicados desenvolveu um intelecto privilegiado no seu período de escola.

Segundo os amigos do autor, que se declarava um “ateu radical”, a leitura, o humor, os animais selvagens e a tecnologia eram suas grandes paixões, que ele parece ter conseguido reunir com sucesso em sua obra.

O escritor morreu aos 49 anos, em maio de 2001, de um ataque cardíaco. Na época em questão, ele estava morando em Santa Barbara, Califórnia, com sua esposa e filha.

Na próxima semana tem resenha do segundo volume do Guia do Mochileiro das Galáxias! :)
O Point Literal estreia, hoje, a coluna “Livros em Séries” com o seriado americano, “Bones”. A coluna, que será publicada na sexta-feira, irá falar sobre livros que se tornaram séries de TV e vice e versa.


“Bones” estreou em 2005 no canal FOX e atualmente se encontra em sua 7ª temporada. Mas o que poucos sabem é que a série é baseada nos livros escritos pela autora norte-americana, Kathy Reichs.

A série

   "Bones" gira em torno da Dra. Temperance Brennan (Emily Deschanel), uma antropóloga forense que ajuda o Agente especial Seeley Booth (David Boreanaz) do FBI, a solucionar crimes, nos quais, geralmente, restam apenas os ossos das vítimas.
    A Dra. Brennan também trabalha no Instituto Jeffersonian em Washington, e escreve romances policiais em suas horas livres. Curiosamente, a personagem principal de seus livros tem o nome de Kathy Reichs.
    Além de parceiros, o agente federal e a antropóloga forense, apesar das inúmeras diferenças, tornam-se grandes amigos, e no final da sexta temporada da série, para alegria dos fãs, os dois iniciam um romance.

A vida imitando a arte

Nascida em Chicago, Kathleen Joan Reichs, ou Kathy Reichs, é uma especialista em antropologia forense e escritora de romances policiais. Parece familiar, não.

A razão disso é que a personagem principal tanto do livro quanto da série é inspirada na vida da própria escritora.

A autora, que tem seu trabalho reconhecido mundialmente, atua para o Gabinete do Diretor de Investigação Médica na Carolina do Norte, e para o Laboratório de Ciências Judiciais e Medicina Legal da província do Quebec, Canadá.

Além de integrar o Conselho Consultivo da Polícia do Canadá e estar entre os únicos cinquenta antropólogos forenses certificados pelo Conselho Americano de Antropologia Forense. Ela também pertence à direção da Academia Americana de Ciências Forenses e é professora de Antropologia na University of North Carolina, em Charlotte.

Um currículo deveras impressionante, assim como o da Dr. Brennan. Porém, o que mais impressiona é o fato de Reichs usar toda a sua experiência profissional para escrever  romances policiais, que acabaram se tornando verdadeiros best-sellers.

Série x Livro

Um dos atrativos da série é a personalidade peculiar da Dra. Brennan, que é bem diferente da personagem dos livros de Reichs, assim como da própria autora.

Emily Deschanel (Bones) e Kathy Reichs / foto: divulgação
Embora seja uma cientista brilhante, a Dra. Brennan, ou Bones, como é chamada por seu parceiro, demonstra uma total falta de habilidade social, sendo exageradamente literal e incapaz de entender gírias, piadas, ironias e frases em sentido figurado, o que proporciona alguns dos momentos mais divertidos da série.

Há ainda vários personagens no seriado que não possuem relação alguma com os livros, como o Dr. Hodgins, Angela, Dr. Sweets, Cam, entre outros que formam a equipe que auxilia Brennan e Booth em suas investigações. 

Na Literatura

O primeiro livro da série intitulado “Déjà Dead”, publicado em 1997, se tornou um best-seller em diversos países, chegando a vencer um dos mais prestigiados prêmios literários, o Arthur Ellis Award, na categoria de Melhor Primeiro Romance.

Desde então, a autora já escreveu 14 livros contando as aventuras da Dra. Brennan, sempre utilizando aspectos da antropologia forense e métodos científicos de investigação que a própria Dra. Reichs usa em sua profissão.

De fato, um dos maiores atrativos da obra é a forma como relata processos científicos reais. Como no romance “Grave Secrets”, no qual a escritora se baseia em sua própria experiência na Guatemala, onde auxiliou na exumação de vítimas lançadas em valas comuns na região do Lago de Atitlán.

Infelizmente, não é possível encontrar a obra completa de Kathy Reichs no Brasil, salvo algumas exceções, como se pode observar no infográfico a baixo.

As belas personagens dos clássicos da Disney ganharam vida pelas mãos do finlandês Jirka Vinse Jonatan Väätäinen. O estudante de Design Gráfico da Arts University College de Bournemouth, na Inglaterra, decidiu dar as personagens traços ainda mais humanos.

Bela (A Bela e a Fera) by Jirka Vinse Jonatan Väätäinen
Todos os trabalhos do estudante são postados em seu blog portfólio, que tem tido recordes de visitas. No blog, o próprio Jirka se mostra surpreso com a quantidade de visitas e agradece a todos por divulgarem seu trabalho pela Internet.

“Oh wow. Over 15 000 visits on my blog today! Thank you everyone for sharing my work all over the internet. I was not expecting this kind of response!”

“Oh wow. Mais de 15.000 visitas no meu blog hoje! Obrigado a todos por compartilhar o meu trabalho em toda a Internet. Eu não estava esperando esse tipo de resposta!”

Entre as imagens mais divulgadas temos a Princesa Jasmine (Aladdin), e a Princesa Aurora (A Bela Adormecida), além de Mulan, Pocahontas, e a pequena sereia Ariel, além de outras.

Jasmine (Alladin), Aurora (A Bela Adormecida) e Pocahontas  by Jirka Vinse Jonatan Väätäinen

Mullan e Ariel (A Pequena Sereia) by Jirka Vinse Jonatan Väätäinen
Atendendo a pedidos, Jirka decidiu continuar a criação de personagens Disney na “vida real”, sendo que seu mais novo trabalho retrata as personagens Alice no país das maravilhas e Rapunzel.

Alice no País das Maravilhas  e Rapunzel by Jirka Vinse Jonatan Väätäinen
Não deixe de apreciar as belas imagens no Jirka's Blog!
Aqueles que ainda não estão participando da 3ª edição do concurso de Melhor Capa de Livro, agora têm uma nova chance, pois as inscrições para o concurso foram prorrogadas até o dia 15 de fevereiro de 2012. 


O concurso, organizado pela Getty Images, é válido para todos os profissionais da área de design gráfico, capistas, ilustradores ou editoras que tenham criado capas de livros, com pelo menos uma imagem da Getty Images, editadas em 2011.

Não percam essa oportunidade!

Saiba mais sobre o concurso neste post.
O mundo comemora, nesta terça-feira, o 200º aniversário do autor e jornalista Charles Dickens, considerado um dos maiores escritores da literatura clássica universal. E como era de se esperar a página inicial do Google exibe seu mais novo doodle em honra ao aclamado autor.


Dickens morreu em junho de 1870 deixando para a humanidade um legado de belíssimas e comoventes histórias, que permanecem populares até os dias atuais.

“Apoiante dos pobres, dos que sofrem e dos oprimidos; e com a sua morte, um dos maiores escritores de Inglaterra desaparecia para o mundo”. Estas palavras permanecem gravadas no túmulo do escritor, uma amostra da afeição e admiração que o mundo devota a Charles Dickens.

Celebrações

foto: divulgação
Países de todo o mundo preparam diversas celebrações para este dia. A começar pela Inglaterra, terra natal de Dickens, que irá realizar uma festa popular na cidade litorânea de Portsmouth, onde o escritor nasceu em 1812.

Além disso, o príncipe Charles, herdeiro da Coroa britânica, e o conhecido ator Ralph Fiennes irão participar de uma cerimônia no túmulo de Dickens, na abadia de Westminster.

Mas a Inglaterra não é a única a comemorar o bicentenário de Dickens, a Austrália também estará realizando diversas comemorações em honra ao autor. Nesta terça-feira, um grupo de 200 pessoas de todas as partes do país se reuniu, ao redor da estátua do romancista inglês no Parque Centenário de Sydney, para prestar sua homenagem ao escritor.

Outro país a entrar na celebração é Portugal, que irá realizar inúmeros eventos em sua capital, Lisboa, em homenagem a Dickens. Entre os eventos terá a inauguração de duas exposições e uma palestra. Na Biblioteca Nacional é aberta a mostra das edições portuguesas do autor, enquanto que na Hemeroteca Municipal é inaugurada a exposição "Dickens nas Coleções das Bibliotecas Municipais de Lisboa".

E esta noite, às 18h, na Biblioteca-Museu República e Resistência - Espaço Cidade Universitária, o cineasta Lauro António apresentará a palestra "O Universo de Charles Dickens no Cinema".

Saiba mais sobre a história do autor e suas obras neste post.
Foram prorrogadas as inscrições para a 8ª edição do Prêmio Barco a Vapor de literatura infantil e juvenil, que irá premiar o vencedor com a quantia de 30 mil reais, além de um contrato de publicação com a editora.


O prêmio, organizado pela Edições SM, irá contemplar os gêneros romance, novela e narrativa curta (texto único). Sendo aberto a autores, maiores de 18 anos, de qualquer nacionalidade, de obras literárias para o público infantil e juvenil.

As inscrições devem ser feitas até o dia 10 de fevereiro de 2012, pelo correio. Participando apenas textos inéditos em qualquer meio (impresso ou eletrônico) e escritos em língua portuguesa.

O candidato poderá apresentar mais de um original. Obras em verso, peças de teatro e coletâneas de contos não serão aceitos.

Para concorrer, os trabalhos devem estar inseridos nas séries da coleção Barco a Vapor relacionadas a seguir, com o número de laudas específico e considerando uma lauda com aproximadamente 1.200 toques:

  • Série Branca, leitor iniciante (a partir de 6 anos) entre 8 e 15 laudas;
  • Série Azul, leitor em processo (a partir de 8 anos) entre 16 e 45 laudas;
  • Série Laranja, leitor fluente (a partir de 10 anos) entre 45 e 90 laudas;
  • Série Vermelha, leitor crítico (a partir de 12 anos) entre 70 e 150 laudas.

Obras recomendadas pelo júri, mesmo não premiadas, podem ser contratadas pela Edições SM, num prazo de três meses após a premiação.

Mais informações podem ser obtidas no site da Edições SM ou pelo e-mail barcoavapor@grupo-sm.com.

Assista ao vídeo promocional do concurso:

O livro “Turma da Mônica em Contos Clássicos” do escritor Mauricio de Sousa recebeu este ano, na China, o Bing Xin Prêmio de Literatura Infantil de 2011.

foto: divulgação
A obra ilustrada, de 240 páginas, foi lançada em maio de 2011 pela Sun Ya Publications, de Hong Kong, e apresenta 14 dos contos mais populares dos famosos escritores Hans Christian Andersen, Charles Perrault e os Irmãos Grimm.

Os personagens criados por Mauricio de Sousa protagonizam os clássicos contos “A Bela Adormecida”, “Chapeuzinho Vermelho”, “Cinderela”, “O Gato de Botas”, “Rapunzel”, entre outros.

Além de receber o prêmio, o livro passa também a integrar a lista de obras recomendadas para escolas pelo Fórum chinês de leitura infanto-juvenil do século 21.

Prêmio Bing Xin

Bing Xin
Um dos prêmios mais importantes de literatura infantil da China leva o nome da consagrada escritora Bing Xin (1900 a 1999), que teve uma prolífica carreira literária e cujo objetivo principal era educar o público jovem, especialmente as crianças.

Conhecida e respeitada por sua filosofia de amor, perseverança, integridade e otimismo, Bing Xin foi autora de inúmeras obras, dirigente da Federação de Círculos Literários e Arte, e delegada da Assembleia Popular Nacional.

Uma das mais admiradas escritoras chinesas do século XX, ela iniciou um estilo literário, que leva seu nome, e contribuiu muito para o desenvolvimento da literatura infantil na China. Sendo que em sua cidade natal, Changle, na província de Fujian, há um Museu Literário em sua homenagem.