Chegamos ao fim de mais um mês, e agora é a hora de darmos uma olhada nos lançamentos de fevereiro, pelo menos naqueles que despertaram o meu interesse.


O segundo e mais curto mês do ano teve bem poucos lançamentos, no entanto, consegui selecionar cerca de seis livros e três mangás interessantes, entre eles dois thrillers eletrizantes, uma clássica história noir, um clássico do mistério, e uma coletânea em homenagem a dama do crime. Além da nova edição de um clássico da literatura mundial, da sensível história de uma garota que não consegue se comunicar, da jornada de uma valente elfa e das confusões de uma família nada convencional. Lembrando que todos esses livros estão disponíveis em versão física e digital na Amazon.

Sem mais demora, vamos a lista.

Em fevereiro a editora Record lançou mais um livro da autora best-seller Shari Lapena, escolhido pela TAG Inéditos. “Alguém que você conhece” (Someone We Know), publicado originalmente em 2019, conta com tradução de Diogo Henriques e 322 páginas, que narram um suspense eletrizante que mostra o que as pessoas são capazes de fazer para esconder seus segredos.

Em um pacato bairro, todos se conhecem. As famílias são simpáticas e prestativas; as mulheres participam do mesmo clube do livro, os maridos estão sempre juntos nos fins de semana e, como pais, todos compartilham das mesmas dificuldades de criar os filhos. É para esse ambiente acolhedor que o jovem casal Amanda e Robert Pierce decide se mudar. Dona de uma beleza avassaladora, Amanda atrai olhares por onde passa. Robert também desperta a fantasia de algumas donas de casa, mas parece completamente devotado à mulher. Então todos ficam chocados quando ele vai à delegacia relatar o desaparecimento da esposa, depois de ela não retornar de uma suposta viagem com uma amiga.

O que muitos não imaginam é que, dentro de cada casa daquela sossegada vizinhança, depois que a porta é fechada, nada é o que parece. Todos têm algo a esconder. Mas a paranoia se instala mesmo no bairro quando o corpo de Amanda é encontrado pela polícia. Ela foi brutalmente assassinada. Quem poderia tê-la matado? Será que alguém entre eles sabe mais do que está contando?

Falando em crime, a editora Planeta também lançou em fevereiro um thriller psicológico repleto de reviravoltas da autora best-seller Mary Kubica. “A Outra” (The Other Mrs.), publicado originalmente em 2020, conta com tradução de Sandra Martha Dolinsky e 320 páginas, nas quais uma mulher aparentemente comum se vê envolvida em uma rede de segredos e mentiras.

Sadie e Will Foust decidem escapar do caos de Chicago e se mudar com a família para uma ilha tranquila e isolada na costa do Maine. No entanto, pouco tempo depois da mudança, a paz é arruinada quando a vizinha deles é assassinada. O crime choca a comunidade pacata, mas ninguém fica mais abalado do que Sadie, mas o crime não é o único motivo do seu descontrole. E, quando as suspeitas começam a cair sobre a família de recém-chegados, Sadie se envolve cada vez mais na trama do que realmente aconteceu naquela noite sombria – e mortal. Sadie tem que ser cuidadosa porque, quanto mais descobre sobre a morte da vizinha, mas ela percebe que tem muito a perder se a verdade vier à tona.

Enquanto isso, a editora HarperCollins Brasil lançou a nova edição de mais um clássico do mistério escrito pela dama do crime, Agatha Christie. “O Cão da Morte” (The Hound of Death), publicado originalmente em outubro de 1933, conta com tradução de Isabela Sampaio, capa dura e 272 páginas, nas quais o suspense e o sobrenatural se unem numa coletânea de contos.

Testemunhe um caso que envolve uma instigante marca de pólvora no formato de um cachorro, um inusitado episódio com personalidades trocadas, uma suspeita mensagem do além, uma experiência de levitação, uma casa mal-assombrada e diversos outros mistérios a serem desvendados.

Com histórias macabras, incluindo o aclamado conto “A testemunha de acusação”, e referências à Primeira Guerra Mundial, Agatha Christie se aventura pelo mundo místico das assombrações e dos médiuns com doze crimes arrepiantes. Enquanto alguns deles têm explicações lógicas, outros… nem tanto.

Seguindo a onda de crime, mistério e intrigas, a HarperCollins Brasil também lançou em fevereiro uma coletânea de doze contos com a lendária detetive criada pela dama do crime, Agatha Christie. “Histórias de Miss Marple” (Marple: Twelve New Mysteries), publicado originalmente em setembro de 2022, conta com tradução de Paula di Carvalho e 400 páginas, nas quais autores best-sellers como Lucy Foley, Ruth Ware, Leigh Bardugo e Val McDermid, apresentam Miss Jane Marple a um novo público sem deixar para trás a essência que a marcou como uma das detetives mais icônicas da literatura.

Pela primeira vez em 45 anos, Miss Marple volta às páginas para investigar novos crimes.

Agora nas narrativas de doze autoras contemporâneas, a clássica personagem é levada a uma volta ao mundo para desvendar mistérios que só podem ser resolvidos por ela. Nesta coletânea, a detetive investigará um jantar de Natal interrompido por convidados inesperados, descobrirá que o palco da Broadway, em Nova York, está pronto para uma improvisação perigosa e verá um escritor de férias na Itália ser pego em uma situação absurda.


Sendo que a Biblioteca Azul, selo da Companhia das Letras, lançou o clássico “A Morte é um Negócio Solitário” (Death Is a Lonely Business), uma história noir de Ray Bradbury, repleta de crimes e mistérios, com um ar bastante nostálgico e com personagens que acabam enfrentando os cantos mais obscuros de suas próprias vidas e personalidades. Do mesmo autor de Fahrenheit 451 e As Crônicas Marcianas, o livro, publicado originalmente em 1985 conta com tradução de Samir Machado de Machado e 320 páginas.

Entre as palmeiras e os bangalôs decadentes de Venice, Califórnia, um jovem escritor cria histórias fantásticas na sua máquina de escrever. Tentando não sentir falta de sua namorada, que está estudando fora do país, o escritor trabalha constantemente, até que coisas estranhas começam a acontecer ao seu redor.

Uma série de ligações peculiares, algas marinhas deixadas repentinamente em sua porta, entre tantos outros incidentes. E, à medida que eles aumentam, seus amigos vão sendo vítimas de uma série de acidentes misteriosos – alguns deles fatais. Ajudado por um detetive experiente e por uma atriz decadente, o escritor se propõe a encontrar uma conexão entre os eventos bizarros ao seu redor e, ao fazê-lo, descobre a verdade sobre sua própria vida e suas habilidades criativas.

Outro clássico faz o seu retorno triunfal as livrarias neste mês, sendo ele “Middlemarch”. Considerado a obra-prima vitoriana de George Eliot, pseudônimo de Mary Ann Evans, o livro, publicado originalmente em 1872, foi lançado no país pela editora Martin Claret com tradução de Solange Pinheiro, capa dura e 850 páginas.

Middlemarch: Um estudo de uma vida provinciana é um magnifico retrato da sociedade do século XIX. O romance de Eliot explora a cidade fictícia de Middlemarch em meio às mudanças que a modernidade impõe a comunidade. Com uma trama complexa, Eliot cria um mundo onde os dramas das vidas comuns e as escolhas imperfeitas estão representados nos personagens centrais do romance.

A caracterização sofisticada e perspicaz de Eliot dá uma expressão rica a cada nuance de sentimento dos habitantes da cidade, incluindo a jovem idealista Dorothea Brooke, o árido estudioso Casaubon, o jovem e apaixonado doutor reformista Lydgate, a jovem, volúvel e bela Rosamond e o velho e reservado banqueiro Bulstrode, enquanto eles se movem em contraponto um ao outro.

Já quanto aos mangás, a editora Panini lançou este mês o decimo volume da aclamada série Spy X Family de Tatsuya Endou, assim como o volume doze de “Komi não Consegue se Comunicar” de Tomohito Oda, e o volume cinco de Frieren e a Jornada para o Além. 







Assim, esses são os lançamentos do mês que mais me chamaram a atenção. Mas e você, quais são os lançamentos que está mais ansioso para ler? Me conta nos comentários.
Estão abertas as inscrições para o Oscar dos quadrinhos brasileiros, o Troféu HQMIX.

Em sua 35° edição, o prêmio conta com uma novidade, a inclusão da categoria Mangá e produções correlatas, devido a crescente popularidade das publicações entre os leitores e no mercado editorial, com diversas editoras começando a publicar mangás.


O concurso é aberto a publicações em quadrinhos em suas diversas formas, formatos e mídias, como eventos, trabalhos acadêmicos, livros teóricos, e demais produções relativas às Histórias em Quadrinhos, que tenham sido lançadas no Brasil em 2022, e estejam de acordo com as Categorias do Prêmio HQMIX e suas respectivas descrições.

Sendo que nas Categorias Acadêmicas, podem concorrer Teses de Doutorado, Dissertações de Mestrado e Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC), de qualquer área de conhecimento, com tanto que o tema esteja relacionado com Histórias em Quadrinhos e Humor Gráfico, de qualquer país, e que tenham sido produzidos e defendidos no ano de 2022.

As inscrições devem ser feitas até o dia 27 de março de 2023, no site oficial do concurso, por autores ou responsáveis pelas obras, ou por editoras e representantes legais das obras. Uma Obra e seus Autores poderão ser inscritos em quantas categorias forem necessárias, desde que obedeçam às definições descritas no edital, e paguem a taxa de inscrição no valor de R$20,00 por categoria.

Organizado pela Associação dos Cartunistas do Brasil (ACB) e pelo Instituto do Memorial de Artes Gráficas do Brasil (IMAG), o Troféu HQMIX foi criado em 1988 pelos cartunistas Jal e Gual, com a finalidade de premiar e divulgar a produção de Histórias em Quadrinhos, Cartuns, Charges e Artes Gráficas como um todo no Brasil. 

Saiba mais sobre o concurso no site oficial do Troféu HQMIX.
Estão abertas as inscrições para o Prêmio Barco a Vapor de Literatura Infantil e Juvenil, que tem como objetivo revelar novos autores, estimular a criação literária nacional e propiciar aos jovens leitores o acesso a textos inéditos e de qualidade.


Em sua 19ª edição, o prêmio, organizado pela Fundação SM e pela SM Educação, irá contemplar obras de ficção nos gêneros romance e novela para crianças e jovens. Sendo aberto a autores, maiores de 18 anos (completados até março de 2023), de todas as nacionalidades, residentes no Brasil.

As inscrições devem ser feitas até o dia 03 de março de 2023, no site oficial do concurso. Participando apenas textos inéditos em qualquer meio (impresso ou eletrônico) e escritos originalmente em língua portuguesa. Cada candidato poderá inscrever no máximo dois originais, que devem ser assinados por um nome fictício (pseudônimo).

O resultado do concurso e a data e local da entrega do prêmio, serão divulgados nos sites das Organizadoras e do Prêmio Barco a Vapor. O vencedor será premiado com a quantia de 40 mil reais, como adiantamento por direitos autorais, além de ter seu livro publicado na coleção Barco a Vapor. 

Confira o regulamento e faça sua inscrição no site oficial do concurso
Janeiro foi um mês movimentado, com diversas questões pessoais para lidar, por isso decidi pegar leve e ler o que eu queria no meu ritmo, sem cobranças. Com esse estilo de leitura mais tranquilo, consegui ler um pouco todos os dias, diversos livros e mangás.


Mistério e Thriller dominaram o meu mês com algumas doses moderadas de fantasia. Não encontrei nenhum favorito entre as minhas oito leituras de janeiro, mas, felizmente, também não li nada tão horrível que me colocasse numa ressaca literária. Como planejado, dei prioridade aos livros e mangás que estavam na minha TBR a muito tempo, além de dar inicio ao meu projeto “Zero TBR”. 

Também consegui resistir bravamente aos lançamentos de janeiro e comprei apenas um livro, “Sócios no Crime” de Agatha Christie, para o meu projeto de leitura da Dama do Crime, e um mangá, o volume 16 de “The Promised Neverland”. Sendo que ambos já estavam a alguns anos na minha lista de desejos.

Sem mais demora, vamos as primeiras leituras de 2023!

Comecei o ano lendo os volumes 11 a 14 de City Hunter e me perguntando se quero mesmo continuar essa série. Escrito e ilustrado por Tsukasa Hojo, o mangá, publicado originalmente entre os anos de 1985 a 1991, é composto por 35 volumes que contam com ilustrações incríveis e uma história envolvente, sobre um detetive particular e assassino profissional. O problema é o anti-herói da história, Ryo Saeba, e a forma como ele trata todas as mulheres a sua volta, o que me irrita e incomoda ao ponto de dar duas estrelas a diversos volumes dessa série. Porém também tem a parceira dele Kaori Makimura, uma mulher forte e determinada, que sempre faz a leitura valer a pena. Assim, sigo mais um ano em dúvida quanto a City Hunter.

Falando em mangás, também li o primeiro volume de Nausicaä do Vale do Vento do premiado autor e diretor de animação Hayao Miyazaki, que conta com boas ilustrações e uma história interessante sobre um mundo caótico destruído pela poluição. Mas, infelizmente, o mangá não chega a ser excepcional o bastante para me convencer a investir em mais uma longa série. Talvez mude de ideia no futuro, mas no momento decidi não dar continuidade a Nausicaä.

Desafios e Projetos

Nesse mês, também li o meu primeiro livro do desafio “Zero TBR”, a antologia Crônicas de Espada e Feitiçaria organizada por Gardner Dozois, com uma seleção de 16 contos de fantasia épica escritos por aclamados autores do gênero. Sendo a maioria das histórias bem legais, mas nada de muito especial. Já outras foram ruins o bastante para eu nunca mais querer ler nada do autor. Apenas dois contos me cativaram por completo, “A Garota Oculta” de Ken Liu e “Os Filhos do Dragão” de George R. R. Martin, que para ser sincera foi um dos motivos por eu ter comprado esse livro.

O meu segundo livro do desafio foi o thriller Quando haverá boas notícias?, cuja resposta é nunca, pois só tem tragédias nesse livro. O terceiro volume da série policial “Jackson Brodie” de Kate Atkinson, também acabou sendo uma leitura três estrelas, que eu apreciei muito por sua trama complexa e reviravoltas surpreendentes, mas não tanto quanto eu esperava.

Terminei o mês com a leitura de 24 Hours do autor, best-seller número um do New York Times, Greg Iles. Um thriller eletrizante e envolvente, embora um pouco violento demais para o meu gosto, sobre o sequestro relâmpago de uma família, que fará qualquer coisa para sobreviver as piores 24 horas de suas vidas.

Resumindo, janeiro passou voando em meio a mais de 1.900 páginas repletas de explosões, tiros, perseguições alucinantes, duelos de espada, e o inesquecível Dracarys. Parando para refletir até que não foi um mês tão ruim em questão de leituras.

Mas, como foi o seu janeiro? Você leu algum livro interessante? Conte-me nos comentários!