O escritor francês Michel Houellebecq conquistou, hoje, o prêmio Goncourt, um dos mais prestigiados da literatura francesa, com o seu quinto romance "La Carte et le territoire".
foto: divulgação |
O anúncio do prêmio foi recebido sem surpresas pela crítica e pelos jornalistas, que se amontoavam no salão do pequeno restaurante parisiense onde se encontravam os concorrentes.
Há tempos Houellebecq era considerado o favorito ao Goncourt, tendo sido indicado ao prêmio por duas vezes. Sendo a primeira em 1998 com o livro “As Partículas Elementares” (editora Sulina, 1999), e a segunda, sete anos mais tarde, com “A Possibilidade de uma Ilha” (editora Record, 2006).
O escritor de 52 anos, que também atua como crítico, cineasta, fotógrafo e cantor de rock, foi protagonista de várias polêmicas ao longo de sua carreira pelas suas declarações. O romance "La Carte et le territoire", publicado pela editora francesa Flammarion, é um retrato impiedoso de certas composturas contemporâneas no qual o escritor critica o mundo da arte e dos negócios, fazendo piada com tudo e todos, incluindo a ele mesmo.
"É um livro formidável, com muito humanismo, que capta as angústias, os sonhos, os delírios" da sociedade contemporânea. "E o Goncourt deve ser um espelho de seu tempo", disse Didier Decoin, secretário-geral da Academia Goncourt, ao anunciar o prêmio.
Há tempos Houellebecq era considerado o favorito ao Goncourt, tendo sido indicado ao prêmio por duas vezes. Sendo a primeira em 1998 com o livro “As Partículas Elementares” (editora Sulina, 1999), e a segunda, sete anos mais tarde, com “A Possibilidade de uma Ilha” (editora Record, 2006).
O escritor de 52 anos, que também atua como crítico, cineasta, fotógrafo e cantor de rock, foi protagonista de várias polêmicas ao longo de sua carreira pelas suas declarações. O romance "La Carte et le territoire", publicado pela editora francesa Flammarion, é um retrato impiedoso de certas composturas contemporâneas no qual o escritor critica o mundo da arte e dos negócios, fazendo piada com tudo e todos, incluindo a ele mesmo.
"É um livro formidável, com muito humanismo, que capta as angústias, os sonhos, os delírios" da sociedade contemporânea. "E o Goncourt deve ser um espelho de seu tempo", disse Didier Decoin, secretário-geral da Academia Goncourt, ao anunciar o prêmio.
O Prêmio
Os Irmãos Goncourt / foto: divulgação |
Na Paris do século XIX, os irmãos Jules e Edmond Goncourt almejavam reconstituir o ambiente dos salões literários do século anterior. Porém, em 1870, Jules faleceu, deixando Edmond para continuar a tarefa, no entanto, este morreu, em 1896, sem atingir seu propósito.
Mas a missão cultural dos dois irmãos pôde ser continuada, graças ao testamento de Edmond. No qual ele encarregou o amigo Alphonse Daudet de constituir, no ano da sua morte, uma sociedade literária, destinada a atribuir um prêmio anual de romance e uma renda anual aos dez membros da entidade a criar. Estes deveriam se reunir todos os meses e na reunião de Dezembro anunciar o vencedor.
A Sociedade Literária do Goncourt (Société Littéraire des Goncourt), fundada oficialmente em 1902, é composta por dez membros que se reúnem na primeira terça-feira de cada mês no restaurante Drouant, em Paris.
Para pertencer à sociedade é preciso ser escolhido pelos restantes elementos, após a morte ou saída de um destes. É condição obrigatória ser autor de língua francesa, o que permitiu em 1996 a eleição, por exemplo, do espanhol Jorge Semprún, que escreve habitualmente em francês.
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