Nova adaptação do Pequeno Príncipe gera polêmica entre os fãs

O romance “O Pequeno Príncipe” do escritor e piloto francês Antoine de Saint-Exupéry ganhou recentemente uma nova adaptação para a TV, que tem causado muita polêmica entre os fãs.


Com o título "La planète du temps" (O planeta do tempo), o primeiro capítulo da animação, que será transmitida pela cadeia France 3, apresenta o personagem “O Pequeno Príncipe” com um ar mais moderno, que pouco tem a ver com as ilustrações criadas por seu autor.

As mudanças vão desde a aparência do personagem principal, mais próxima da adolescência que da infância, até a história contada no livro, no qual seu companheiro, a raposa, passa a ser na nova adaptação, seu alter ego cômico.

Os responsáveis por essa nova adaptação do romance argumentam que para os valores universais do protagonista alcançarem às novas gerações, é necessário adaptá-los aos tempos atuais. Caso contrário, ele ficará apagado diante dos novos heróis da literatura e condenado a ser uma obra mais conhecida pelos adultos do que pelas crianças.

"Queríamos que o Pequeno Príncipe tivesse olhos grandes, como os personagens do mangá e, por que não, vê-lo lutar ou fazer kung fu", comenta Olivier d'Agay, sobrinho do escritor e presidente da empresa que administra seu legado.

Por ouro lado, todas essas mudanças parecem não estar agradando aos fãs da obra, receosos de que os valores de inocência, amizade e amor, tão característicos do protagonista de Saint-Exupéry, se percam no decorrer da história.

O filme chegará às telas francesas no final de dezembro e estreará em 80 países. Será uma produção de 18,6 milhões de euros, um dos orçamentos mais altos da história para uma animação televisiva.


Sobre o livro

"Le Petit Prince", conhecido como “O Pequeno Príncipe” no Brasil, é a obra de maior sucesso do francês Antoine de Saint-Exupéry, publicado em 1943 durante o seu exílio nos Estados Unidos.

A princípio, aparenta ser um livro infantil, no entanto basta ler algumas páginas para perceber o seu teor poético e filosófico, que envolve o leitor em uma narrativa sensível e delicada sobre a essência humana.

É o livro francês mais vendido no mundo, cerca de 80 milhões de exemplares, e 500 edições diferentes. Também se trata da terceira obra literária (sendo a primeira a Bíblia e a segunda O Peregrino) mais traduzida no mundo, publicada em 160 idiomas.

Terceiro filho do conde Jean Saint-Exupéry e da condessa Marie Foscolombe, o escritor, ilustrador e piloto da Segunda Guerra Mundial, Antoine de Saint-Exupéry também escreveu artigos para várias revistas e jornais da França e outros países, sobre muitos assuntos, como a guerra civil espanhola e a ocupação alemã da França. Suas obras na maioria são caracterizadas por elementos como a aviação e a guerra.

Saiba mais sobre o autor neste site.

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