O escritor, apresentador, humorista e dramaturgo Jô Soares é o mais novo membro da Academia Paulista de Letras (APL), ocupando a cadeira 33 da instituição, que antes pertencia ao escritor Francisco Marins, falecido em abril deste ano.

Jô Soares / foto: divulgação
Segundo o presidente da APL, Gabriel Chalita, em comunicado à imprensa, “Jô Soares recebeu com muito entusiasmo e alegria a notícia”. Chalita disse ainda que a escolha de Jô engrandece a APL e que com certeza suas ideias irão tornar os debates entre os acadêmicos ainda mais ricos.

Sobre o autor

José Eugênio Soares, mais conhecido como Jô Soares, nasceu em 16 de janeiro de 1938 no Rio de Janeiro, e além de jornalista e autor, é também dramaturgo, diretor de teatro, ator, músico e pintor. Sendo que, desde o ano de 2000 é o apresentador do bem sucedido talk-show da TV Globo, “Programa do Jô”, que atualmente exibe a sua última temporada.

O autor também escreveu vários textos, artigos, peças de teatro, roteiros para TV, e livros, entre os mais famosos estão “O Xangô de Baker Street” (1995), “As Esganadas” (2011), “O Homem que Matou Getúlio Vargas” (1998) e “Humor nos Tempos do Collor” (1992). Já sua última peça foi o espetáculo “Histeria”, que teve sua estreia em agosto de 2016.

A Academia Paulista de Letras (APL), localizada no Largo do Arouche, centro de São Paulo, existe a mais de 100 anos e conta com quarenta membros. Entre eles, estão nomes como Walcyr Carrasco, Ignácio de Loyola Brandão, Ruth Rocha, Lygia Fagundes Telles, Mauricio de Sousa, Antonio Ermírio de Moraes, Miguel Reale Jr., Gabriel Chalita, Bolívar Lamounier, Jorge Caldeira, e muitos outros.

Saiba mais no site oficial da APL.
Estão abertas as inscrições para a primeira edição do Prêmio Kindle de Literatura para autores independentes, que irá premiar os vencedores com a quantia de 20 mil reais.


O prêmio, organizado pela loja virtual da Amazon e pela editora Nova Fronteira, irá contemplar obras na categoria Ficção/Romance, que pode ser classificada em diversas subcategorias, como fantasia, ficção científica, suspense, romance histórico, entre outras. As obras inscritas deverão ser escritas em língua portuguesa, por autores residentes no Brasil.

As inscrições devem ser feitas até o dia 30 de novembro de 2016, no site oficial do concurso. Participando apenas obras inéditas em qualquer meio (impresso ou eletrônico), não podendo ser relacionadas a outras obras do mesmo autor ou de autores diferentes (inclusive no que diz respeito aos personagens, que devem ser inéditos) e não podem fazer parte de uma série.

Para concorrer os candidatos devem publicar seu livro em formato digital de forma independente na Amazon.com.br por meio da ferramenta Kindle Direct Publishing (KDP). A publicação de livros digitais pela ferramenta KDP é gratuita para o autor, que será remunerado pelos exemplares vendidos pelo site da Amazon. Para que um livro digital seja elegível ao Prêmio, o autor deve inscrevê-lo no programa KDP Select, em regime de exclusividade, por 90 dias a partir da data de publicação, e a hashtag #premiokindle deverá ser incluída como a única palavra-chave durante o processo de publicação.

Dentre as obras inscritas, serão pré-selecionadas dez, que devem ser anunciadas em 12 de dezembro de 2016. Logo depois o júri escolherá entre elas três obras finalistas, que serão divulgadas em 9 de janeiro de 2017, enquanto que o vencedor será apresentado ao público no evento de premiação, em 17 de janeiro de 2017. Sendo que, o vencedor será premiado com a quantia de 20 mil reais, além de ter seu livro publicado pela Editora Nova Fronteira, em versão impressa, e em versão audiolivro pela Audible, Inc.

Confira os pré-requisitos e demais condições do prêmio no seu site oficial
"Pelo pensamento criamos o mundo que nos cerca, novo a cada dia." - Marion Zimmer Bradley (A Senhora da Magia, As Brumas de Avalon)

Como parte das comemorações dos 126 anos de Agatha Christie, do centenário de seu primeiro romance policial e da criação de seu personagem mais famoso, Hercule Poirot, a Royal Mail Stamps & Collectibles emitiu um conjunto de selos especiais baseados em alguns dos livros de maior sucesso da Rainha do Crime.


Após uma cuidadosa avaliação, a Royal Mail escolheu seis dentre os mais de 66 romances policiais escritos por Agatha Christie, entre eles “O Misterioso Caso de Styles”, “Assassinato no Expresso do Oriente”, “E Não Sobrou Nenhum”, “Convite para um Homicídio”, “O Assassinato de Roger Ackroyd” e “Um Corpo na Biblioteca”.

Desenhados por Jim Sutherland e ilustrados por Neil Webb, cada selo retrata o enredo de uma das histórias de Christie, além de conter alguns elementos ocultos relacionados com as principais cenas e personagens dos romances. Cada projeto possui micro texto, tinta UV e tinta thermochromic. Assim, as pistas escondidas podem ser reveladas usando uma lupa, luz UV, calor e, é claro, as pequenas células cinzentas. 

“Estamos celebrando a genialidade de Agatha Christie com alguns selos misteriosos e surpreendentes. À medida que a resolução dos mistérios é o foco da arte de Christie, é apropriado que o público tenha que virar detetive para encontrar palavras escondidas e imagens em cada selo.”, explica Philip Park da Royal Mail, no site oficial de Agatha Christie.

Confira os selos:







Descubra mais sobre os selos no site de notícias The Guardian (em inglês).
Há cem anos, a autora britânica Agatha Christie colocava o lápis no papel e escrevia seu primeiro livro “O Misterioso Caso de Styles”, no qual apresentava ao mundo o detetive belga Hercule Poirot.


Naquela época, Agatha Christie não fazia à menor ideia do quão famoso Poirot se tornaria, e nem quantas histórias ela iria escrever sobre suas proezas. Mas antes de se tornar esse grande homem, pouco conhecido por sua modéstia, Poirot percorreu um longo caminho da imaginação de sua autora para as páginas dos livros e daí para o resto do mundo.

A Origem

Durante a Primeira Guerra Mundial, Agatha Christie trabalhou como enfermeira voluntária no Hospital da Cruz Vermelha em Torquay, onde passou considerável tempo no dispensário, o que despertou seu interesse em venenos e a fez considerar o desafio de sua irmã Madge de escrever a sua própria história de detetive.

Assim, em 1914, Christie deu inicio ao seu primeiro romance, e com o esboço da trama pronto, faltava apenas encontrar um detetive para sua história. A inspiração para tal tarefa surgiu de uma colônia de refugiados belgas, que viviam em uma paróquia na sua cidade natal, Torquay. Devido aos conflitos, inúmeros refugiados de guerra chegavam à Inglaterra, em busca de um novo lar.

“Por que não seria belga meu detetive? Deixei que crescesse como personagem. Deveria ter sido um inspetor, de modo a poder ter certos conhecimentos sobre crimes.” - Agatha Christie, Uma Autobiografia

Com as características principais do personagem estabelecidas, era chegada à hora de dar-lhe um nome, mas não um qualquer. Com o desejo de um nome espetacular, Christie decidiu primeiro chamá-lo Hercules, como o herói da mitologia grega, depois veio Poirot. Não satisfeita com a combinação o nome foi ajustado e assim nasceu Hercule Poirot. Em seguida, a autora passou a se concentrar em terminar seu primeiro romance policial, que uma vez finalizado, em 1916, foi enviado para a editora Hodder and Stoughton, que devolveu. Não se deixando abater ela enviou a história para outra editora, a John Lane.

E em 1920, Poirot foi finalmente introduzido ao mundo em “O Misterioso Caso de Styles” (The Mysterious Affair at Styles), publicado quatro anos depois de ser escrito, sendo que coube a Arthur Hastings, um velho amigo de Poirot, a honra de descrever o famoso detetive aos leitores. 

“Poirot era um homenzinho de aparência extraordinária. Devia ter pouco mais de 1,60 metros de altura, mas exibia uma imensa dignidade. A cabeça tinha exatamente o formato de um ovo e ele sempre a inclinava ligeiramente para o lado. O bigode estava sempre bem aparado, com uma rigidez militar. A impecabilidade de suas roupas chegava a ser quase inacreditável. Tenho a impressão de que um pouco de poeira o teria feito sofrer mais que um ferimento à bala.” - Arthur Hastings, O Misterioso Caso de Styles

Anos depois, Agatha Christie diria que a introdução de Poirot a ficção policial não teria agradado nem um pouco ao detetive. Segundo a autora ele teria preferido “Hercule Poirot primeiro e, em seguida, um plano para exibir seu talento notável a sua melhor vantagem.”

Um grande detetive, sem nenhuma modéstia, mas com uma carreira brilhante, meio perfeccionista, com maneiras excêntricas, e um amor pela elegância e precisão, Hercule Poirot muitas vezes conclui suas investigações com um desfecho dramático, que satisfaz seu próprio ego e confirma a todos que ele é de fato “a maior mente na Europa”.

“Meu nome é Hercule Poirot, e eu sou provavelmente o maior detetive do mundo.” - Hercule Poirot, O Mistério do Trem Azul

Das páginas dos livros para o mundo

Considerado um dos mais famosos personagens da literatura policial de todos os tempos, Hercule Poirot protagonizou 33 romances e 59 contos, incluindo algumas das obras de maior sucesso de Agatha Christie como “Assassinato no Expresso do Oriente” (1934) e “O Assassinato de Roger Ackroyd” (1926).


Sendo que em 2014 a autora best-seller Sophie Hannah foi autorizada a escrever a primeira continuação das histórias de Poirot, “Os Crimes do Monograma”. Após o sucesso do romance, Hannah está de volta em 2016 com um novo romance de Poirot, “Caixão Fechado”.

Sucessos de vendas e críticas, algumas das histórias mais famosas do personagem também foram adaptadas para os mais diversos meios, como as peças de teatro, o rádio, o cinema, as séries de TV e até mesmo um anime, exibido no Japão em 2004.

David Suchet / foto: divulgação
O primeiro ator a interpretar o detetive belga foi Charles Laughton, em 1928, na peça teatral “Alibi”, baseada em “O Assassinato de Roger Ackroyd”. Já nas telas do cinema, Poirot foi interpretado pelo ator Austin Trevor (1931), e por Tony Randall (1965). Além do indicado ao Oscar, Albert Finney, que estrelou o clássico “Assassinato no Expresso do Oriente”, em 1974, e do vencedor de dois Oscars, Sir Peter Ustinov, que interpretou o detetive em seis filmes. 

No entanto, pode-se dizer, que o ator que mais se destacou no papel de Hercule Poirot foi David Suchet, cuja performance é considerada uma das mais precisas, e mais próxima do personagem dos livros. O ator estrelou a série de TV britânica “Agatha Christie's Poirot”, de 1989 a 2013. Criada por Christopher Gunning, a série foi produzida originalmente pela LWT e depois pela ITV Studios. 

O ator Kenneth Branagh também irá interpretar o papel de Hercule Poirot em uma nova adaptação cinematográfica de “Assassinato no Expresso do Oriente”, prevista para 2017, produzida pela 20th Century Fox e dirigida pelo próprio Branagh.

Saiba mais sobre Hercule Poirot no site oficial de Agatha Christie.
"O instinto é uma coisa maravilhosa. Ele não pode ser explicado nem ignorado."                                                             - Agatha Christie (O Misterioso Caso de Styles)

"Descobri que é preciso escolher ter coragem todos os dias, como se escolhe a camisa que vai vestir." - Karen Harrington (Claros Sinais de Loucura)