O ministro aposentado Eros Grau foi eleito, nesta quinta-feira, com 32 votos, para ocupar a cadeira número 11 na Academia Paulista de Letras.

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A cadeira, que tem como patrono o inventor Bartolomeu Lourenço de Gusmão, já foi ocupada, entre outros, pelo poeta Cassiano Ricardo. Sendo que seu último ocupante foi o filósofo Milton Vargas, falecido no ano passado.

Eros Grau é autor de dezenas de livros sobre direito, como "A ordem econômica na Constituição de 1988", mas publicou apenas um romance, "Triângulo no Ponto" pela editora Nova Fronteira, em 2008.

Formado em Direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, Grau exerceu a advocacia de 1963 a 2004, quando foi nomeado para o Supremo Tribunal Federal (STF). Atualmente, aposentado do STF, é livre-docente pela Universidade de São Paulo (USP).

Como um presente de boas-vindas, o colega Mauricio de Sousa homenageou o recém-imortalizado com uma ilustração.

“Eu não vim fazer um Discurso” é o título do mais recente livro do escritor e jornalista colombiano, Gabriel García Márquez. A obra contém detalhes sobre a vida do autor e sua família, além de falar sobre a produção de suas obras literárias.

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Apesar do título, o livro traz uma compilação de 22 discursos do escritor, de 1944 a 2007, nos quais o vencedor do Prêmio Nobel da Literatura fala sobre sua relação com a escrita e com os amigos, entre outros temas.

O primeiro discurso de Márquez foi aos 17 anos, para se despedir de seus colegas de colégio na formatura do ensino médio, em 1944. Na verdade, o título do livro foi retirado deste primeiro discurso. A relutância do autor diante da oratória é expressa diversas vezes nos capítulos iniciais da obra. Em um deles, Márquez chega a descrever à tarefa de fazer discursos como “o mais aterrorizante dos compromissos humanos”.

No entanto, com o passar dos anos, o escritor se mostra ao público como um profissional na arte do discurso. Sempre expressando, por meio de citações e argumentos, seu posicionamento político. Como é possível observar em seu discurso na cerimônia de entrega do Prêmio Nobel de Literatura, na Suécia, em 1982, no qual o autor chama a atenção para a situação de seu país.

"[...] Poetas e mendigos, músicos e profetas, guerreiros e malandros, todos nós, criaturas daquela realidade desaforada, tivemos que pedir muito pouco à imaginação, porque para nós o maior desafio foi a insuficiência dos recursos convencionais para tornar nossa vida acreditável. Este é, amigos, o nó da nossa solidão."

Cada página do livro leva o leitor há compreender um pouco sobre a vida do autor, sua paixão pela Literatura, seu amor pelo Jornalismo, além das recordações de amigos queridos como Júlio Cortázar e Álvaro Mutis, que proporcionam alguns dos mais emocionantes e bem-humorados discursos da obra.

"[...] Volta e meia me perguntam como é que esta amizade conseguiu prosperar nestes tempos tão malvados. A resposta é simples: Álvaro e eu nos vemos muito pouco, e só nos vemos para ser amigos", diz Márquez no discurso em homenagem aos 70 anos de Álvaro Mutis.

Em um de seus últimos discursos, em 2007, durante um Congresso Internacional de Literatura, em Cartagena das Índias, na Colômbia, Márquez conta um pouco sobre as dificuldades que passou antes de publicar o livro “Cem Anos de Solidão”. Segundo o autor, na época, sua mulher Mercedes era quem sustentava a casa, e eles mal tinham dinheiro para enviar o manuscrito pelo correio para o seu editor.

No Brasil, o livro foi lançado pela Editora Record, com tradução de Eric Nepomuceno e 128 páginas.
A XV Bienal do livro encerra sua programação batendo o recorde de público ao receber, no Riocentro, nada menos que 670 mil visitantes.

Com uma programação cultural variada e dinâmica, o evento procurou agradar a todos os públicos, promovendo debates e bate-papos sobre os mais diversos temas, como o livro digital, os desafios da educação no Brasil, a mulher na literatura, a literatura brasileira e muitos outros.

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Durante os onze dias do evento, a Bienal reuniu ao todo 113 autores brasileiros (além de 38 mediadores) e 21 estrangeiros, além dos 787 que participaram a convite de suas editoras, em espaços prestigiados pelo público, como Café Literário, Mulher e Ponto, Encontro com Autores, Conexão Jovem e Biblioteca Mirim.

“Ao final destes 11 dias podemos afirmar que a Bienal do Livro Rio 2011 entra para a história como a melhor de todos os tempos”, afirma Sônia Jardim, presidente do SNEL em Comunicado à Imprensa. “Uma programação cultural rica e diversificada, eventos voltados para os profissionais do livro e estandes grandiosos garantiram uma visitação recorde. Autores dos mais diversos perfis circularam pelos nossos corredores, trazendo um brilho inigualável ao evento”, completa.

Segundo os organizadores do evento, 76% dos visitantes compraram livros na Bienal, o que representa um faturamento de 58 milhões, 12% a mais que a edição passada, e um registro de 2,815 milhões de exemplares vendidos. E ainda dizem que brasileiro não tem o habito de ler.

Com mais de 13 mil “curtidas” no Facebook e 14 mil seguidores no Twitter, onde o evento ficou durante cinco dias entre os Trend Topics Rio de Janeiro, a 15ª Bienal do Livro Rio chega ao fim. Mas a próxima edição já está marcada para o dia 5 a 15 de setembro de 2013. 

Nos vemos lá!
Tendo ultrapassado a marca de 200 mil visitantes em apenas quatro dias de evento, a XV Bienal do Livro continua a todo vapor no Riocentro.


Depois de realizar encontro com autores como Anne Rice, Luis Fernando Veríssimo, Gonçalo Tavares, Domício Proença Filho e até mesmo Hilary Duff, a Bienal ainda guarda grandes surpresas para os últimos dias do evento.

A começar pela participação do escritor canadense William P. Young, no “Encontro com Autores”, hoje, às 19h30, no Riocentro. Para aqueles que não o conhecem, Young é o autor do best-seller “A Cabana” publicado em 2008 pela editora Sextante.


Primeiro livro do autor, “A Cabana” se tornou um fenômeno de vendas, sendo traduzido para 34 idiomas e permanecendo durante três anos entre as primeiras colocações nas listas de mais vendidos.

Segundo Young, o romance teria sido escrito como um presente para os filhos no Natal, mas dois amigos o convenceram a publicar a obra, que trata de questões existenciais por meio da história de um homem que se encontra com Deus no mesmo local onde a filha foi assassinada.

E em um dos espaços mais visitados da Bienal, o “Café Literário”, os participantes Carlo Carrenho, Daniel Pinsky e Giselle Beiguelman discutem o tema “Apresentando o livro Digital”, mediado por Cristiane Costa, esta noite às 18h.

Logo depois, vem à sessão “Livros em Cena” com a participação do ator Marcello Antony que dará voz aos textos "Aula de Inglês", "Os Amantes", "Meu Ideal seria Escrever", "Um Braço de Mulher", "Homem no Mar", "O Afogado” e "Ai de ti Copacabana" do autor Rubem Braga.


A Bienal do Livro acontece no Riocentro até o dia 11 de setembro, e até lá, muitas atrações ainda estão por vir. Não percam!

Mais informações sobre a programação do evento no site oficial da Bienal do Livro Rio.
Os escritores que ainda não estão participando da edição 2011/2012 do Prêmio SESC de Literatura, agora têm a sua chance, pois as inscrições para o concurso foram prorrogadas até 30 de setembro.


O Prêmio, promovido pelo SESC (Serviço Social do Comércio), é um concurso anual com o objetivo de premiar obras inéditas nas categorias “Conto” e “Romance”, destinadas ao público adulto, escritas em língua portuguesa.

Para participar do concurso, que visa revelar novos talentos e promover a literatura nacional, os autores devem ser brasileiros ou estrangeiros residentes no Brasil, maiores de 18 anos.

O vencedor de cada categoria terá sua obra publicada e distribuída comercialmente pela editora Record, com uma tiragem inicial de 2 mil exemplares, e irá receber os direitos autorais correspondentes à comercialização em livrarias.

Além de ter seus livros distribuídos para toda a rede de bibliotecas e salas de leitura do SESC em todo o país e para escritores, críticos literários e formadores de opinião.

Mais informações no site oficial do Prêmio SESC de Literatura.
Recentemente, foi lançado um inusitado livro com mil biografias de personalidades do mundo inteiro, só que escritas em apenas 140 caracteres, ao estilo Twitter.


Segundo o autor da obra, o professor universitário e escritor paranaense Eduardo Diório Junior, o livro começou como um projeto virtual no Twitter, por meio do perfil @140em140, com o objetivo de resumir 140 grandes obras da literatura em 140 caracteres.

"A editora viu o projeto, achou interessante e me procurou para fazer um livro com biografias, no mesmo estilo do 140em140", afirmou o escritor em entrevista ao site Terra.

O resultado foi o divertido livro “Mil Biografias para Twitter”, publicado pela Matrix Editora, que inclui até mesmo uma autobiografia do autor. "Um brilhante e promissor escritor, futuro vencedor do Nobel de Literatura, além de ser bonito, inteligente, simpático e, sobretudo, modesto", assim se descreve Eduardo.

Entre as personalidades do livro também estão políticos, celebridades, jornalistas, atrizes, atletas, apresentadores, e muitos outros. Como o empresário Steve Jobs, que é descrito como “inimigo mortal de Bill Gates. Criou a Apple, o Machintosh, mouse, iMac, iPod, iTunes, iPhone, iPad, financiou a Pixar... Ele está entre nós”.

Confira mais algumas citações do livro no site Terra.
“Vou voltar, de um jeito ou de outro, e não sei como estarão as coisas entre nós. Primeiro pensei em lhe contar, nesta carta, as coisas que fiz e vi, para que você pudesse me julgar antes do regresso. Mas cheguei a conclusão de que seria preciso uma página tão vasta quanto o céu azul para escrever essa história, e eu não tenho nem a vontade nem a energia para isso”.
Estas são as palavras de Inman, um soldado confederado, que após ser ferido em combate decide abandonar os horrores dos campos de batalha e retornar para o seu lar, aos pés da Montanha Gelada, e para os braços de Ada.

Montanha Gelada (Could Mountain) é o primeiro romance do escritor Charles Frazier, resultado de oito anos de pesquisas e de uma escrita meticulosa, que conduz o leitor pelas terras da Carolina do Norte para dentro das vidas de Ada e Inman, compartilhando passo a passo o seu desespero e esperança.

O livro é inspirado na vida de W.P. Inman, soldado confederado que, de fato, viveu nas terras da Montanha Gelada na Carolina do Norte. No entanto, o próprio autor, assume no final da obra que tomou certas “liberdades” com a vida do soldado.

A história tem início no fim do verão de 1865, durante a Guerra Civil Americana, retratada de forma intensa pelo autor, por meio de uma narrativa forte e uma extensa pesquisa historiográfica. Em sua longa e difícil jornada para casa, Inman enfrenta a fome, o frio, o desespero e a miséria causada pela guerra, além da perseguição, pois, na época, os desertores eram caçados como criminosos. 

Enquanto isso, a espera de seu retorno, Ada, uma culta moça da cidade, se vê obrigada a lutar por sua sobrevivência, ao lado de Ruby, uma jovem do campo. E apesar das muitas diferenças que existem entre elas, juntas as duas passam a cuidar sozinhas da fazenda que Ada herdou do pai. E apesar de não receber notícias de seu amado há vários meses, embora escreva para ele todos os dias, Ada, mantém a esperança de um dia voltar a vê-lo. 

“Uma coisa quero que você saiba: apesar de sua longa ausência, vejo o relacionamento feliz que existe entre nós de tal forma que jamais esconderei de você um único pensamento que seja. Não alimente nenhum receio”.

A cada página do romance, o autor descreve de forma meticulosa as paisagens vistas e sentidas por cada um de seus personagens, levando o leitor ao tempo e lugar onde a história é narrada, proporcionando a este a sensação de vivenciar cada cena por meio do olhar dos personagens.

“Montanhas e vales numa sucessão infindável. Uma paisagem nodosa, retorcida, protuberante, na qual o homem não seria mais do que um acréscimo secundário”. Assim era a terra das lembranças de Inman, um território que se estendia, sem fim, a norte e a oeste da encosta da Montanha Gelada. A terra onde seu grande amor permanecia a sua espera.

Segundo Frazier, “a vista descortinada da varanda é o espírito que preside o livro”, pois grande parte deste foi escrito em um “maravilhoso refúgio nas montanhas da Carolina do Norte”.

Um romance histórico, intenso e meticuloso, assim é Montanha Gelada, merecido ganhador do National Book Award de 1997, um dos mais importantes prêmios literários dos EUA. O livro também ganhou uma adaptação para o cinema em 2003, tendo Jude Law, Nicole Kidman e Renee Zellweger interpretando de forma emocionante os personagens Inman, Ada e Ruby. Com uma edição perfeita, fotografia, figurino e trilha sonora belíssimas, o filme recebeu 7 indicações ao Oscar.

Assista ao trailer:

"Volte para mim, é o que lhe peço"
Atenção fãs literários, já começou a tão esperada Bienal do Livro Rio, que este ano tem o Brasil como país homenageado. 
Em sua 15ª edição, o evento promete uma programação cultural variada e dinâmica, com direito a sessões literárias, debates e bate-papos com grandes autores nacionais e internacionais.

“O Brasil, sede da Copa 2014 e das Olimpíadas 2016, está na moda internacionalmente, e nada mais pertinente do que discutir e revelar ao público aspectos belos e importantes da nossa incrível diversidade cultural”, afirma Sonia Jardim, presidente do SNEL (Sindicato Nacional dos Editores de Livros) em comunicado à Imprensa. 

Durante 11 dias, a Bienal do Livro Rio reúne em sua programação cerca de 120 escritores nacionais e estrangeiros, que irão discutir os mais variados assuntos em espaços como “Café Literário”, “Mulher e Ponto”, “Encontro com Autores” e outros.

Considerado como a sala de visitas da Bienal do Livro Rio, o “Café Literário” é onde ocorrem debates sobre livros, literatura e temas atuais. Sendo que hoje, às 17h, o espaço realizará uma homenagem especial a Moacyr Scliar, com as participações de Luis Fernando Veríssimo, Luiz Schwarcz, Luís Augusto Fisher, Domício Proença Filho.


E esta noite, às 19h, as autoras Deborah Harkness, Mary del Priore irão discutir o tema, “Magia e verdade do imaginário: por que nos atraem vampiros e bruxas”.

Já no “Mulher e Ponto”, assuntos do universo feminino serão abordados de maneira leve e descontraída, reunindo escritores, jornalistas e formadores de opinião para um amplo debate de gênero. E no debate de hoje, mediado por Tânia Carvalho, às escritoras Simone Campos e Claudia Nina irão discutir o tema “As autoras e as redes sociais”.

Há ainda o espaço “Livro em Cena”, no qual personagens da literatura ganham vida na voz de grandes atores, como Eriberto Leão, que irá ler, esta noite, às 18h30, trechos de "Vozes D’África", "Navio Negreiro”, "Quando eu Morrer" e "Adormecida" de Castro Alves.

A 15ª Bienal do Livro Rio é uma iniciativa do SNEL (Sindicato Nacional dos Editores de Livros) em parceria com a Fagga | GL events, e acontece no Riocentro entre 1º e 11 de setembro de 2011.

Confira a programação no site oficial da Bienal.