A Getty Images lançou a 3ª edição do concurso de Melhor Capa de Livro, que irá premiar o melhor trabalho de design na criação de capas literárias.


O concurso é válido para todos os profissionais da área de design gráfico, capistas, ilustradores ou editoras que tenham criado capas de livros, com pelo menos uma imagem da Getty Images, editadas em 2011.

As inscrições são gratuitas, e devem ser feitas até 31 de janeiro de 2012, no site do concurso ou mediante o envio da capa em arquivo digital, com alta resolução, para o e-mail editorial@gettyimages.com.br, junto com o código das imagens da Getty Images utilizadas. Além do envio de uma ficha técnica contendo o nome da obra, da editora, a data de publicação e o nome do capista.

Novidade

Uma das novidades desta edição é que desta vez o concurso contará com duas categorias, a de Literatura, destinada aos livros de ficção, bibliografia e demais assuntos, e a categoria Educacional, destinada  aos livros técnicos, acadêmicos/didáticos ou profissionais.

Premiação

A capa de livro campeã será eleita por um júri composto por profissionais renomados do mercado publicitário e editorial, escolhido pela Getty Images.

O vencedor do concurso será premiado com um troféu e um Tablet. E a editora responsável pelo livro receberá uma placa comemorativa durante o evento de premiação a ser realizado em abril de 2012, no “Território da Foto”, na Vila Madalena, São Paulo.

O segundo e o terceiro lugar receberão, além de um troféu do concurso, um Apple iPod Nano 6th Generation 16GB e um HD externo de 1 Tera, respectivamente.

Saiba mais sobre o concurso e sua inscrição no site Melhor Capa de Livro.
Príncipes, donzelas, romance, intrigas e duelos, assim é “Muito barulho por nada”, uma obra do poeta, dramaturgo e escritor, William Shakespeare.

Much Ado About Nothing by Alfred Elmore (1846)
Considerado um dos mais prestigiados autores, Shakespeare criou inúmeras histórias e personagens que divertiram e comoveram uma época.

Embora tenha escrito comoventes e sombrias histórias de amor e ódio, Shakespeare se mostrou igualmente hábil para escrever divertidas e envolventes comédias românticas, como “Sonho de uma noite de verão” e, é claro, “Muito barulho por nada”.

A obra

Inspirado em peças italianas, segundo estudiosos, ‘Much Ado About Nothing’, como é pronunciado no original foi escrito em meados de 1590, sendo considerado um dos textos mais hilários de Shakespeare.

Agora, sem mais rodeios, vamos à história, que tem como palco a cidade de Messina, na Sicília, local onde dois homens descobrem ser mais fácil conseguir vitórias na guerra do que no amor.

Dom Pedro, o príncipe de Aragão juntamente com seu meio irmão Dom John e seus nobres amigos Claudio e Benedick regressam da guerra para a pequena vila de Messina. Cidade na qual Claudio se apaixona por Hero, a jovem e doce filha do nobre Leonato.  

Enquanto isso, Beatrice, a sobrinha espirituosa de Leonato, e Benedick estão sempre trocando farpas, declarando o seu ódio mutuo e criticando o casamento. No entanto, por meio de intrigas e mal-entendidos, D. João trama para sabotar a união de Cláudio e Hero.

Entre tapas e beijos

Embora a história gire em torno do casal Hero e Cláudio, são Benedick e Beatrice que roubam a cena com seus duelos de palavras afiadas como espadas sempre prontas para batalha. É impressionante, como um sempre tem a resposta na ponta da língua para se defender de uma ofensa.

Beatrice (Emma Thompson) & Benedick (Kenneth Branagh)
Beatrice defendendo seu orgulho de donzela, se negando a acreditar em qualquer promessa que venha de um homem, pois os considera tão indignos de confiança, quanto dela. E sem dúvida não esta disposta a se resignar a vontade de qualquer homem, dizendo simplesmente “sim, meu senhor, como desejar”.

Isso só poderá acontecer depois que Deus fizer os homens com outra substância que não a terra. Pois não constituirá ofensa para uma mulher ver-se dominada por um bloco de poeira insolente? Não, tio; não desejo marido. Todos os filhos de Adão são meus irmãos; considero pecado casar-me com parentes”, retruca Beatrice.

Já o nobre Sr. Benedick se orgulha de ser um solteirão, recusando-se a se quer pensar na possibilidade de se casar, ou até mesmo de se apaixonar. Um típico conquistador.

Por ter sido eu concebido por uma mulher lhe assegura os meus agradecimentos; o fato de me ter ela criado, me deixa, igualmente, reconhecido; mas vir eu a ter na fronte uma buzina de chamar cães ou a pendurar meu corno em um boldrié invisível, é o que todas as mulheres me perdoarão. Por não querer fazer-lhes a injustiça de desconfiar de alguma delas, reservo-me o direito de não confiar em nenhuma. A conclusão - que só redundará em proveito para mim - é que desejo continuar solteiro”, diz Benedick.

Mesmo se dando conta dos seus sentimentos um pelo outro ainda assim relutam em se confessar, quase como se fosse uma declaração de derrota, mas acabam por perceber que o amor apenas os colocou em um empate, pois a teimosia e o orgulho foram as falhas que os tornaram tão perfeitos um para o outro. Nas palavras de Benedick “somos demasiadamente sábios para nos declararmos pacificamente”.

É na sagacidade das falas de Benedick e Beatrice que reside o lado cômico da história. Seus diálogos são sempre rápidos e envolventes. Além disso, é fato que os textos de Shakespeare utilizam o dialeto típico da época em que foram escritos, no século XIII. O que torna fácil para o leitor se perder entre uma cena e outra, tanto ao ler quanto ao assistir uma peça do autor. Curiosamente, esse é também um dos motivos do charme e popularidade das obras de Shakespeare.

Vilões e suas intrigas

A trama se complica com a intriga criada por D. John, irmão bastardo do príncipe, e seus comparsas. Afinal, o que seria de um bom romance sem uma intriga básica para apimentar as coisas.

No entanto, D. John não é um vilão como outro qualquer, de fato nas suas poucas palavras percebe-se que existe uma história por trás de seus atos, algo mais profundo e triste em seu passado. Mas o próprio autor parece não querer se aprofundar muito no personagem, deixando assim que este cumpra seu simples papel como vilão, o de ser desdenhado por todos.

Acomoda-se melhor com meu sangue ser desprezado por todos do que conformar os meus atos de modo que roubem a afeição de quem quer que seja. A esse respeito, se não se pode dizer que eu sou um adulador honesto, não se me negará o título de vilão sincero”, assim se descreve Dom John.

Hero & Cláudio

Depois de humilhada e ofendida no dia de seu casamento por Cláudio e o Príncipe, Hero decide fazer com que todos acreditem que se matou até que sua inocência seja provada, pois na época em questão, tal humilhação só poderia ser apagada com a morte.

O que acabou sendo uma forma de vingança para a donzela e sua família, pois ao se dar conta do engano que cometeram, Cláudio e o Príncipe, não apenas sofrem com o arrependimento por ter humilhado e difamado uma donzela inocente, mas como também com a terrível culpa de ter provocado a sua morte.

Assim, consumido pelo arrependimento, Cláudio vai a público como uma demonstração de amor limpando a honra de Hero diante de seu túmulo. Apenas assim ele se torna mais uma vez digno de ter sua mão em casamento.

Por fim, tudo acaba bem, em festa, dança e casamentos. Como teria sido desde o inicio se todos não tivessem causado tanto tumulto apenas por puro orgulho. Como diria Shakespeare, muito barulho por nada.

Assista ao trailer do filme baseado na obra (em inglês):

O Point Literal inaugura oficialmente hoje a sessão “Literatura no Cinema” com o filme “Sherlock Holmes: O Jogo das Sombras”, que estreou esse mês nos cinemas brasileiros.


O segundo filme da franquia traz mais uma vez os atores Robert Downey Jr. e Jude Law interpretando a dupla Sherlock Holmes e Dr. John Watson, personagens baseados na obra do renomado escritor Sir Arthur Conan Doyle.

O Jogo das Sombras

   Quando o príncipe herdeiro da Áustria é encontrado morto, as evidências interpretadas pelo Inspetor Lestrade apontam para suicídio. Mas Sherlock Holmes acredita que o príncipe tenha sido vítima de um crime arquitetado por ninguém menos do que o professor Moriarty.  
   Intitulado como "Napoleão do Crime" por Conan Doyle, o professor Moriarty é responsável por uma série de crimes distintos, que apenas o detetive parece conseguir ver a ligação.   
   Assim Holmes parte em uma obsessiva caçada, através do continente, ao único vilão à sua altura. Tendo, é claro, a ajuda de seu bom amigo, Dr. Watson, que ás vésperas de seu casamento, se vê dividido entre ter uma vida tranquila ao lado de Mary ou viver a emoção da aventura ao lado de Holmes.

Filme x Livro

Como no filme anterior o público é apresentado a um Sherlock Holmes bem diferente daquele descrito nos livros de Sir Arthur Conan Doyle, escritos em 1887. O detetive que antes era frio e sério, agora é impetuoso e bem-humorado.

Ilustração de Sidney Paget, na revista britânica Strand
No entanto, certos aspectos do personagem permanecem imutáveis como a sua mente brilhante, sua capacidade de observação e dedução, além do uso da lógica em suas investigações, e é claro, sua fama. De certa forma, esse novo Sherlock Holmes lembra um pouco o personagem Patrick Jane, da série de TV “The Mentalist”, ou até mesmo o Dr. Gregory House.

Mas não foi apenas Holmes quem ganhou um novo fôlego, seu fiel amigo Dr. Watson se tornou bem mais dinâmico e sagaz, sempre pronto para uma boa luta. O personagem agora se mostra tão essencial quanto o próprio Holmes.

“Visão Holmes”

Com a história dos personagens principais apresentada ao público no primeiro filme, as cenas de combate ganham ainda mais destaque nessa sequência, proporcionando mais ação às aventuras do detetive. 

Um dos atrativos visuais dessa franquia é o que os produtores chamam de “visão Holmes”, ações estrategicamente antecipadas em sequências, que o detetive vê em câmera lenta, antes dos conflitos. 

Novos personagens 

O filme conta ainda com dois novos personagens, sendo um deles o irmão mais velho do detetive, Mycroft Holmes. Segundo o próprio Sherlock, seu irmão não apenas é mais brilhante do que ele como também possui um senso de observação e de dedução superior ao seu. No entanto, ele é muito preguiçoso e desinteressado para levar uma investigação mais a fundo.

Há também a cigana Sim, que será o novo par romântico de Holmes, além de ser a última peça que falta para o detetive acabar com os planos do professor Moriarty. 

O que esperar...

De fato, é muito comum em adaptações, o diretor expor seu olhar, sua própria percepção da história, assim como os atores passam um pouco de si para os personagens que vivem. Alguns podem concordar, já outros, como os fãs fervorosos da obra escrita, podem não gostar muito da ideia. Enfim, não se pode agradar a todos.

Em todo caso, o filme produzido pela Warner Bros e dirigido por Guy Ritchie cumpre o seu papel, o de levar a um novo público as aventuras de um dos maiores investigadores da literatura criminal mundial. Resumindo, se você gostou do primeiro filme do detetive, com certeza irá gostar de “Sherlock Holmes: O Jogo das Sombras”.

Assista ao trailer:

Em dezembro estreou nos cinemas brasileiros a mais nova adaptação de um dos personagens clássicos da Literatura Infantil, o Gato de Botas. No entanto, essa nova versão é bem diferente da história original.


O personagem do longa-metragem da DreamWorks possui características mais modernas, sendo um gato justiceiro, ágil e com muito senso de humor, “a la zorro”. O que reforça o seu lado cômico, já que foi criado especialmente para incorporar o elenco de Shrek.

Já o Gato de Botas original foi criado pelo escritor e poeta francês Charles Perrault, também conhecido como o pai da Literatura Infantil. O conto de fadas fazia parte de um livro intitulado “Contos da Mamãe Gansa”, publicado em 1697.

Era uma vez...

    Um moleiro, que tinha três filhos. Sentindo a morte chegar, ele decidiu repartir seus únicos três bens entre os filhos. O mais velho ficou com um moinho, o do meio com um asno e o mais novo com um gato. Este último não ficou nada contente com a sua parte da herança, mas o gato acabou convencendo-o de que poderia ser bem mais útil que um moinho ou um asno, mas para isso precisaria de um par de botas e um saco.

Charles Perrault

Charles Perrault
Segundo estudiosos, após perder o emprego Charles Perrault, aos 62 anos, teve a brilhante idéia de registrar em um livro as histórias contadas tanto por sua mãe quanto pelas damas nos salões parisienses, criando assim um novo gênero para a Literatura, o conto de fadas. O que lhe conferiu o título de “Pai da Literatura Infantil”.

Entre suas histórias mais conhecidas estão Le Petit Chaperon rouge (Chapeuzinho Vermelho), La Belle au bois dormant (A Bela Adormecida), Le Maître chat ou le Chat botté (O Gato de Botas), Cendrillon ou la petite pantoufle de verre (Cinderela), La Barbe bleue (Barba Azul) e Le Petit Poucet (O Pequeno Polegar). 

Cada história era sempre encerrada com uma lição de moral, assim o leitor não apenas se divertia com os contos de fadas como também aprendia com eles. Um fato interessante é que os Irmãos Grimm escreveram várias versões das mesmas histórias de Perrault, o que pode significar à existência de uma fonte comum.

Os contos de Perrault foram traduzidos para diversas partes do mundo. Sendo adaptados para os mais variados meios de comunicação, como a Literatura, o Cinema, a TV e o Teatro. 

Assista ao trailer: