A editora Companhia das Letras lança, oficialmente, hoje a obra “Vozes de Tchernóbil” da autora e jornalista bielorrussa Svetlana Alexievich.
Considerado um dos livros mais famosos da autora, “Voices from Chernobyl”, título americano da obra publicada pela primeira vez em 1997 na Rússia, possui tradução da professora de literatura russa Sônia Branco, e conta com acabamento em brochura e ilustração de capa feita por Daniel Trench. Além de 384 páginas, nas quais é narrado o relato e testemunho de uma das maiores tragédia da humanidade, o desastre nuclear de Tchernóbil, que hoje completa 30 anos.
A história
Em 26 de
abril de 1986, uma explosão na usina nuclear de Tchernóbil, na Ucrânia, provocou uma catástrofe sem precedentes: uma
quantidade imensa de partículas radioativas foi lançada na atmosfera
contaminando boa parte da Europa. Em poucos dias, a cidade de Pripyat, fundada
em 1970, teve que ser evacuada. Pessoas, animais e plantas, expostos à radiação
liberada pelo vazamento da usina, padeceram imediatamente ou nas semanas
seguintes.
Enquanto isso, os governantes e gestores soviéticos, se esquivavam da verdade e expunham trabalhadores, cientistas e soldados à
morte durante os serviços de reparo na usina. As pessoas recebiam poucas
informações, numa luta inglória, em que pás eram usadas para combater o átomo.
“Vozes de Tchernóbil”, primeiro livro da autora Svetlana Alexievich a ser publicado no Brasil, é uma obra arrebatadora, que une de forma única o jornalismo e a literatura, para contar uma história real, por meio das vozes dos envolvidos na tragédia.
A autora e jornalista, vencedora do Prêmio Nobel de Literatura 2015, levou anos reunindo material, e entrevistando centenas de pessoas afetadas pela catástrofe, viúvas, soldados, gente do povo, cientistas ainda debilitados pela experiência, e aqueles chamados para limpar o desastre. Suas histórias revelam o medo, a raiva e a incerteza com a qual eles ainda vivem.
Considerado uma obra-prima do nosso tempo, o livro faz parte do ciclo “Voices of Utopia”, um série de cinco livros-reportagem onde a vida na União Soviética é retratada a partir da perspectiva do indivíduo. Sendo que, o primeiro deles “War’s
Unwomanly Face”, compilação das memórias das mulheres soviéticas que lutaram na Segunda Guerra Mundial, será lançado em junho também pela Companhia das Letras, às vésperas da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), na qual Svetlana já é presença confirmada.
Saiba mais sobre o livro no site oficial da Companhia das Letras.
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