Primeiro volume da série de cinco livros, “O Guia do Mochileiro das Galáxias” é considerado um dos maiores clássicos da literatura mundial de ficção científica. Escrita pelo autor britânico, Douglas Adams, a obra teve cerca de 15 milhões de exemplares vendidos em todo o mundo.
“O Guia do Mochileiro das Galáxias já substitui a grande Enciclopédia como repositório-padrão de todo o conhecimento e sabedoria, pois ainda que contenha muitas omissões e textos apócrifos, ou pelo menos terrivelmente incorretos, ele é superior à obra mais antiga e mais prosaica em dois aspectos importantes. Em primeiro lugar, é ligeiramente mais barato; em segundo lugar, traz na capa, em letras garrafais e amigáveis, a frase NÃO ENTRE EM PÂNICO”.
A história
O livro conta as aventuras do
inglês Arthur Dent, que escapa da destruição da Terra com a ajuda de seu amigo
Ford Prefect, um alienígena que vivia no planeta disfarçado de ator
desempregado, enquanto fazia pesquisas para a nova edição do Guia do Mochileiro
das Galáxias.
A dupla consegue escapar da catástrofe pegando carona numa nave alienígena, mas acabam sendo jogados para fora dela, e, por mais improvável que pareça, são salvos a um segundo da morte pela nave Coração de Ouro comandada por Zaphod Beeblebrox, ex-presidente da Galáxia, e Trillian McMillan, uma terráquea que fugiu do planeta há seis meses.
Assim, a história segue cheia de reviravoltas, personagens insanos com nomes bizarros e cenas hilárias, nas quais Arthur é arrastado por seus três companheiros de viagem para as situações e lugares mais estranhos da Galáxia. Sendo um destes lugares, o lendário planeta Magrathea, no qual ele descobre a verdadeira origem da Terra e a resposta final a grande pergunta que assola toda a Galáxia sobre a vida, o universo e tudo mais.
“Como é sabido, a vida apresenta uma série de problemas, dos quais os mais importantes são, entre outros, Por que as pessoas nascem? Porque elas morrem? Por que elas passam uma parte tão grande do tempo entre o nascimento e a morte usando relógios digitais?”.
E é nessa parte que o livro chega ao seu momento crucial, no qual Arthur e seus amigos embarcam na busca do verdadeiro sentido da vida e do misterioso número 42.
Ô Marvin!
Outro personagem de destaque na história é Marvin, um robô maníaco-depressivo, que possui um enorme desprezo pela vida e por tudo o que é humano. Tendo sido construído com o que a Companhia Cibernética de Sírius chama de PHG, Personalidade Humana Genuína, que parece não ter feito nenhum bem a ele.
“A Enciclopédia Galáctica define “robô” como “dispositivo mecânico que realiza tarefas humanas”. O departamento de marketing da Companhia Cibernética de Sírius define “robô” como “o seu amigo de plástico”. O Guia do Mochileiro das Galáxias define o departamento de marketing da Companhia Cibernética de Sírius como “uma cambada de panacas que devem ser os primeiros a ir para o paredão no dia em que a revolução estourar””.
Marvin sofre de uma profunda depressão, em especial, pelo fato de possuir “o cérebro do tamanho de um planeta” e ainda assim ser sempre usado para realizar tarefas que ninguém mais quer fazer, como abrir portas, por exemplo.
Divertido e Criativo
O Guia do Mochileiro das Galáxias é um livro totalmente imprevisível, nunca se sabe o que acontecerá na próxima página, a não ser o fato de que será algo totalmente insano que renderá muitas risadas ao leitor.
Um dos aspectos mais interessantes da obra é a forma como Douglas Adams utiliza o humor para mostrar sua visão critica e irônica da sociedade mesquinha e quase sem escrúpulos do mundo contemporâneo. Um jeito bem diferente e criativo de debochar da burocracia, dos políticos e de várias instituições atuais.
Curiosamente, “The Hitchhiker's Guide to the Galaxy”, título original da obra, foi criado, inicialmente, como um programa da rádio britânica BBC, em 1978, e só depois transformado em uma série de cinco livros. Mais tarde a saga foi adaptada para outros formatos, como uma série de TV em seis episódios. E em 2005, foi lançado um filme baseado no primeiro livro da série. No entanto, o longa-metragem parece não ter agradado muito aos fãs.
O criador
Douglas Adams / foto: divulgação |
Segundo os amigos do autor, que se declarava um “ateu radical”, a leitura, o humor, os animais selvagens e a tecnologia eram suas grandes paixões, que ele parece ter conseguido reunir com sucesso em sua obra.
O escritor morreu aos 49 anos, em maio de 2001, de um ataque cardíaco. Na época em questão, ele estava morando em Santa Barbara, Califórnia, com sua esposa e filha.
Na próxima semana tem resenha do segundo volume do Guia do Mochileiro das Galáxias! :)
Esse livro é GENIAL! Hilário! A critica de Adams à sociedade é mordaz e autêntica. AMO.
ResponderExcluirAssim como vc, adorei o Marvin... "Não me fale em vida..." HAHAHAHAHAHA
Queria ver o filme...
Prabéns pela resenha! Abordou o temas essenciais do livro de forma clara e atraente! :)
Beijoooos
Valeu Gleice, fico feliz que tenha gostado! Também amo esse livro, ele é super hilário, especialmente, o Marvin. Bjs!
ResponderExcluirOlá, é a primeira vez aqui e já estou seguindo.
ResponderExcluirEu tenho muita vontade de ler essa série, preciso aproveitar a promo dos livros.
Amei a resenha.
bjos
Jack do @Mybooklit
Olá Jack, que bom que gostou da resenha e do blog. Aproveita a promo sim, vale muito a pena comprar essa série, te garanto. Obrigada por seguir e sinta-se a vontade para voltar sempre!
ResponderExcluirbjos