“El Sueño del Celta”, o novo livro do escritor peruano Mario Vargas Llosa será lançado nas livrarias no dia 3 de novembro com uma primeira tiragem digna do último Nobel de Literatura, 250 mil exemplares na Espanha e em diversos países da América.
Em Madri, a gráfica responsável pelo livro tem trabalhado a mil por hora a fim de liberar a tempo, para as livrarias, suas 460 páginas que narram à história do diplomata irlandês Roger Casement e sua denúncia dos abusos do colonialismo ocidental no Congo belga e na Amazônia.
Segundo Pilar Reyes, diretora da editora Alfaguara, o original de 138.923 palavras foi entregue por Vargas Llosa no último mês de junho, praticamente pronto para imprimir. Porém alguns trabalhos precisaram ser interrompidos no dia 7 de outubro para incluir, com orgulho, na capa, a menção "Prêmio Nobel de Literatura 2010", além de praticamente duplicar o número de sua tiragem, que sem o Prêmio teria sido de 110 mil exemplares.
Entretanto, graças ao "efeito Nobel" e à proximidade do Natal, a editora Alfaguara acredita que 250 mil exemplares talvez não sejam suficientes. "Estou certa de que reimprimiremos muito", prevê Pilar Reyes. No Brasil, o livro está previsto para ser lançado em 2011 com o título "O Sonho do Celta".
O Prêmio
foto: divulgação |
Para Llosa foi uma grande surpresa, tanto que ao receber a ligação anunciando o prêmio, lembrou-se de um trote recebido pelo escritor italiano Alberto Moravia, e acreditou também tratar-se de uma brincadeira. No entanto, a voz do outro lado da linha afirmou que, em 14 minutos, a notícia seria oficial. “Foram 14 minutos de ansiedade”, disse o escritor.
Segundo os organizadores do Nobel, a escolha foi motivada pela "cartografia das estruturas do poder e suas afiadas imagens da resistência, rebelião e derrota" que são demonstradas nas obras de Llosa, como "Pantaleão e as Visitadoras" e "Travessuras da Menina Má".
O autor nasceu no Peru em 28 de março de 1936 e obteve a nacionalidade espanhola em 1993, sem renunciar à nacionalidade peruana, três anos depois de ser derrotado nas eleições presidenciais do país. Além do Nobel, ele também venceu, entre outros, o Prêmio Cervantes, o mais importante da literatura em língua espanhola, em 1994.
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