A escritora britânica Samantha Harvey foi agraciada com um dos mais prestigiados prêmios da literatura internacional, o Booker Prize, pelo seu romance “Orbital”. 

Foto: © Divulgação / Booker Prize

Criado em 1968, o Man Booker Prize é concedido anualmente à melhor obra de romance ou ficção escrita em língua inglesa por autores vivos que sejam cidadãos de um país membro da Comunidade Britânica ou da República da Irlanda. No entanto, em 2015, as regras do Booker Prize foram ampliadas para permitir a entrada de escritores de qualquer nacionalidade desde que seus livros fossem escritos em inglês e publicados no Reino Unido e na Irlanda. Sendo que em 2019, o Man Booker Prize passou a se chamar apenas Booker Prize. Ao ganhador é assegurado grande reconhecimento internacional, além da quantia de 50 mil libras esterlinas (208 mil reais).

“Mais de meio século de sabedoria e criatividade coletadas das mentes mais brilhantes da ficção contemporânea produziram uma história absorvente de nossos tempos.”

Orbital

Sucesso de críticas e vendas, “Orbital”, publicado originalmente em 12 de novembro de 2024 e previsto para ser lançado no Brasil em 2025 pela editora DBA Literatura, conta com apenas 136 páginas, sendo o segundo livro mais curto a ganhar o prêmio e aquele que cobre o menor período de tempo de todos os livros da lista, ocorrendo em apenas 24 horas. Além de ter sido o primeiro romance ambientado no espaço a vencer o Booker Prize.

Foto: © Divulgação / Booker Prize

Seis astronautas e cosmonautas – da América, Rússia, Itália, Reino Unido e Japão – se revezam na Estação Espacial Internacional. Eles estão lá para fazer um trabalho vital, mas lentamente começam a se perguntar: o que é a vida sem a Terra? O que é a Terra sem a humanidade?

Juntos, enquanto viajam a velocidades de mais de 27.000 km/h, eles observam seu silencioso planeta azul, circulando-o 16 vezes em um único dia, passando por continentes e percorrendo as estações do ano, observando geleiras e desertos, os picos das montanhas e as ondas dos oceanos.

Vislumbramos momentos de suas vidas terrenas por meio de breves comunicações com a família, suas fotos e talismãs; observamos enquanto eles preparam refeições desidratadas, flutuam em um sono livre da gravidade e se exercitam em rotinas rígidas para evitar atrofia muscular; testemunhamos a formação de laços que os separam da solidão absoluta.

No entanto, embora separados do mundo, eles não conseguem escapar de sua atração constante. Notícias da morte de uma mãe chegam até eles, e com elas vêm pensamentos de retornar para casa. Eles observam um tufão se formando sobre uma ilha e pessoas que eles amam, em admiração por sua magnificência e com medo de sua destruição.

A fragilidade da vida humana preenche suas conversas, seus medos, seus sonhos. Tão longe da Terra, eles nunca se sentiram mais parte – ou protetores – dela.

Segundo o júri “Samantha Harvey escreveu um romance impulsionado pela beleza de dezesseis amanheceres e dezesseis entardeceres. Todos e ninguém são o assunto, enquanto seis astronautas na Estação Espacial Internacional circulam a Terra observando as passagens do clima através da fragilidade de fronteiras e fusos horários. Com sua linguagem de lirismo e acuidade, Harvey torna nosso mundo estranho e novo para nós”.

Sobre a autora e sua obra

Nascida em Kent na Inglaterra em 1975, filha de um construtor, Samantha Harvey estudou filosofia na Universidade de York e na Universidade de Sheffield. Escritora e escultora, nos anos 2000, ela trabalhou no Museu Herschel de Astronomia em Bath, o local de onde o planeta Urano foi descoberto. Atualmente, ela é tutora no curso de MA em Escrita Criativa na Universidade Bath Spa, onde se formou em 2005, e autora de cinco romances.

Entre eles, o indicado para o Booker Prize, “The Wilderness” (2009), que mostra o ponto de vista de um homem com a doença de Alzheimer, além de “All Is Song” (2012), que é sobre dever moral e filial, e sobre a escolha entre questionar e se conformar, “Dear Thief”, que é uma longa carta de uma mulher para sua amiga ausente, detalhando as consequências emocionais de um triângulo amoroso, e “The Western Wind”, que é sobre um padre em Somerset no século XV.

Sendo que em 2020, Harvey publicou seu primeiro livro de não ficção, “The Shapeless Unease: A Year of Not Sleeping”, sobre sua experiência pessoal de insônia crônica. A autora foi também indicada a diversos prêmios como o James Tait Black Award, o Women's Prize, o Guardian First Book Award, o Walter Scott Prize, entre outros. Seus contos apareceram na Granta Magazine, The Guardian, The New York Times, The New Yorker, The Telegraph e na revista TIME.

Tendo sua escrita comparada à de Virginia Woolf, Samantha Harvey é conhecida pela enorme variedade de cenários em suas obras, em especial, “Orbital”, que nos convida a observar o esplendor da Terra, enquanto reflete sobre o valor individual e coletivo de cada vida humana. “Orbital” foi anunciado como vencedor do Booker Prize 2024 pelo presidente dos jurados, Edmund de Waal, em uma cerimônia realizada em novembro no Old Billingsgate, em Londres, onde Harvey recebeu £ 50.000 e um troféu, que foi entregue a ela por Paul Lynch, vencedor do Prêmio Booker 2023.

A autora, em entrevista ao Booker Prize, disse que pensou em escrever uma pastoral espacial, um tipo de escrita sobre a natureza e a beleza do espaço. “Eu queria escrever sobre nossa ocupação humana da órbita baixa da Terra durante o último quarto de século – não como ficção científica, mas como realismo. Eu poderia evocar a beleza daquele ponto de vista com o cuidado de um escritor da natureza? Eu poderia escrever sobre espanto? Eu poderia fazer uma espécie de pastoral espacial? Esses foram os desafios que eu me propus”, acrescenta Harvey.

Saiba mais no site oficial do Booker Prize.
Chegou o momento de conhecermos os melhores filmes do ano, que conquistaram seu lugar na maior e mais importante premiação do cinema internacional, o Oscar. 


Comemorando sua 96ª edição, a premiação deste ano, apresentada mais uma vez pelo comediante Jimmy Kimmel, contou com diversos filmes baseados em livros concorrendo a inúmeras categorias do Oscar, em especial, a categoria de Melhor Roteiro Adaptado, criada para os longas-metragens baseados tanto em livros, quanto em peças de teatro, musicais, histórias em quadrinhos, e até mesmo em parques temáticos, como o filme “Piratas do Caribe”.

Os Indicados

Os roteiros adaptados partem de histórias que tem uma maior aceitação em outras mídias, embora não sejam sempre baseadas em um livro. Como é o caso de “Barbie” que, embora não seja inspirado em uma obra literária, também concorreu à categoria de Melhor Roteiro Adaptado, pois segundo as regras do Oscar, filmes sobre personagens pré-existentes são classificados como roteiros adaptados, e Barbie e Ken eram bonecos da Mattel muito antes de ganharem às telas.

Com direção de Greta Gerwing que também é responsável pelo roteiro junto com seu parceiro Noah Baumbach, “Barbie” recebeu sete indicações ao Oscar, incluindo a de Melhor Filme, Melhor Ator Coadjuvante (Ryan Gosling), Melhor Atriz Coadjuvante (America Ferrera), Melhor Design de Produção, Melhor Figurino e Melhor Canção Original. Tendo levado para casa a estatueta de Melhor Canção Original com a música “What Was I Made For?" de Billie Eilish, sendo que a música "I'm Just Ken” escrita e produzida por Mark Ronson e Andrew Wyatt também concorreu a categoria com direito a uma performance memorável feita por Ryan Gosling.


Dirigido e com roteiro adaptado pelo cineasta Jonathan Glazer também concorreu a categoria o longa “A Zona de Interesse” baseado no livro homônimo inspirado em fatos reais sobre Auschwitz durante a Segunda Guerra Mundial escrito por Martin Amis. Tendo também concorrido as categorias de Melhor Filme e Melhor Direção, o longa levou para casa as estatuetas de Melhor Filme Internacional (Reino Unido) e Melhor Som.


Com onze indicações incluindo a de Melhor Filme e Melhor Direção, “Pobres Criaturas” foi um dos favoritos da premiação, tendo levado para casa quatro estatuetas, nas categorias de Melhor Design de Produção (Shona Heath), Melhor Cabelo e Maquiagem, Melhor Figurino (Holly Waddington) e Melhor Atriz (Emma Stone). Inspirado no livro homônimo do autor escocês Alasdair Gray, o filme dirigido pelo cineasta  grego Yorgos Lanthimos, produzido por Emma Stone, e que tem seu roteiro adaptado por Tony McNamara, é uma sátira do clássico da literatura “Frankenstein” de Mary Shelley.


E o Oscar foi para...

Com direção estreante e roteiro de Cord Jefferson, o longa-metragem conquistou o Oscar deste ano na categoria de Melhor Roteiro Adaptado. Com cinco indicações ao Oscar, incluindo a de Melhor Filme e Melhor Ator (Jeffrey Wright), “Ficção Americana” é baseado no romance “Erasure” do escritor Percival Everett, que narra a história de  Thelonious “Monk” Ellison, um escritor brilhante cujos livros não estão sendo aceitos pelas editoras, pois ele se recusa a retratar pessoas de cor de forma estereotipada em seu trabalho.


Já o grande vencedor da noite foi “Oppenheimer”, que concorreu a treze Oscars e levou para casa sete estatuetas, incluindo a de Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Ator (Cillian Murphy), Melhor Ator Coadjuvante (Robert Downey Jr.), Melhor Montagem (Jennifer Lame), Melhor  Fotografia (Hoyte van Hoytema) e Melhor Trilha Sonora (Ludwig Göransson). Com direção e roteiro adaptado por Christopher Nolan, o longa é inspirado na biografia vencedora do Pulitzer “Oppenheimer: O Triunfo e a Tragédia do Prometeu Americano”  escrita por Kai Bird e Martin J. Sherwin.


Mais Adaptações

Desde grandes clássicos da literatura a famosas histórias em quadrinhos, várias outras adaptações também concorreram ao Oscar deste ano, como o longa dirigido pelo cineasta Martin Scorsese e aclamado no Cannes, “Assassinos da Lua das Flores”, inspirado no livro homônimo de não ficção do autor e jornalista David Grann, o longa teve dez indicações ao Oscar incluindo Melhor Filme, Melhor Direção e Melhor Atriz para a estreante Lily Gladstone.

Dirigido pelo espanhol Juan Antonio Bayona, a adaptação da Netflix, “Sociedade da Neve”, inspirada no livro-reportagem escrito por Pablo Vierci, também concorreu ao Oscar nas categorias de Melhor Filme Internacional (Espanha) e Melhor Maquiagem e Cabelo. Com direção de Blitz Bazawule, a nova adaptação de “A Cor Púrpura”, uma releitura do clássico homônimo de Alice Walker também concorreu na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante (Danielle Brooks). Assim como o filme “NYAD”, baseado na biografia “Find a Way”  de Diana Nyad e com direção de Elizabeth Chai Vasarhelyi e Jimmy Chin, que concorreu nas categorias de Melhor Atriz (Annette Bening) e Melhor Atriz Coadjuvante (Jodie Foster).

Já na categoria de Melhor Animação concorreram o longa “Nimona” dirigido por Nick Bruno e Troy Quane, e baseado no quadrinho escrito por N.D. Stevenson, ao lado de outra adorada graphic novel “Meu Amigo Robô” de Sara Varon, que foi dirigido pelo cineasta espanhol Pablo Berger. Falando em quadrinhos, a mais nova adaptação dos heróis da Marvel dirigida por James Gunn, “Guardiões da Galáxia Vol. 3” também recebeu uma indicação na categoria de Melhores Efeitos Especiais.

Assim, em meio a discursos emocionados, homenagens comoventes, incríveis performances musicais e belíssimas apresentações, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas comemorou em grande estilo a sua 96ª edição.

Confira a lista completa dos indicados e vencedores do Oscar 2024 no seu site oficial.
O romance “Kairos” da autora alemã Jenny Erpenbeck, traduzido para o inglês por Michael Hofmann foi agraciado com o prestigiado International Booker Prize, em uma cerimônia realizada na Tate Modern em Londres no dia 21 de maio. 

Jenny Erpenbeck and Michael Hofmann | © David Parry/Booker Prize Foundation

Os prêmios Booker tem como objetivo premiar os melhores da ficção numa base global, quer a obra tenha sido originalmente escrita em inglês (Booker Prize) ou traduzido para o inglês (International Booker Prize). Criado em 2005 como o International Man Booker Prize, o prêmio era entregue bienalmente a um conjunto de obras. No entanto, em 2015, as regras do Booker Prize foram ampliadas para permitir a entrada de escritores de qualquer nacionalidade desde que seus livros fossem escritos em inglês e publicados no Reino Unido. Assim, aderindo as mudanças o International Booker Prize passou a ser entregue anualmente a uma única obra de ficção, escrita em outro idioma, traduzida para o inglês e publicada no Reino Unido ou Irlanda, prestando homenagens tanto a autores como tradutores, que dividem igualmente o prêmio de 50 mil libras esterlinas.

“Eles abrem as barreiras da mente e criam uma comunidade mundial de leitores. Nós não nos damos conta de como é excepcional ler um livro traduzido, da maneira como caímos em outro mundo, em uma realidade paralela... O poder do tradutor é nos convencer a entrar nesse mundo da imaginação”, disse Eleanor Watchel, presidente do júri durante a cerimônia.

Kairos

O primeiro livro traduzido do alemão a ganhar o International Booker Prize é uma história íntima e devastadora da trajetória de dois amantes através das ruínas de um relacionamento, tendo como pano de fundo um período turbulento da história europeia. Sendo que a tradução de Michael Hofmann é destacada pelo juri por captar “a eloquência e as excentricidades da escrita de Erpenbeck, o ritmo das suas frases contínuas, a extensão do seu vocabulário emocional”.


Em Berlim Oriental, em 1986, um homem e uma mulher se encontram por acaso em um ônibus. Ela é uma jovem estudante de 19 anos, ele é mais velho, 50 anos, e casado. A atração deles é intensa e repentina, alimentada por uma paixão compartilhada pela música e pela arte, e intensificada pelo sigilo que devem manter.

Mas quando ela se perde por uma única noite, ele não consegue perdoá-la e uma fissura perigosa se forma entre eles, abrindo espaço para a crueldade, a punição e o exercício do poder. E o mundo à sua volta também está a mudar: à medida que a Alemanha Oriental começa a desmoronar, o mesmo acontece com todas as velhas certezas e velhas lealdades, inaugurando uma nova era cujos grandes ganhos também envolvem perdas profundas.

Segundo o juri “o que torna Kairos tão incomum é que ele é ao mesmo tempo bonito e desconfortável, pessoal e político. Erpenbeck convida você a fazer a conexão entre esses desenvolvimentos políticos que definiram uma geração e um caso de amor devastador e até brutal, questionando a natureza do destino e da agência”.

A autora

Nascida em 12 de março de 1967, na Berlim Oriental, a diretora de ópera, dramaturga e premiada romancista, Jenny Erpenbeck, vem de uma família ligada aos livros, pois seu pai, John Erpenbeck é escritor físico e filósofo, e sua mãe, Doris Kilias é uma tradutora àrabe. Já seus avós eram ambos atores.

Em Berlim, Erpenbeck completou um aprendizado de dois anos como encadernadora, depois trabalhou como gerente de adereços teatrais antes de estudar direção de teatro musical e desfrutar de uma carreira de sucesso como diretora de ópera no final dos anos 1990. Mesma época em que deu inicio a sua carreira como escritora publicando sua novela de estreia “Geschichte vom alten Kind” (The Old Child) em 1999.

Além de “Kairos” várias outras obras da autora foram traduzidas para mais de trinta idiomas fazendo dela mais conhecida no exterior do que em sua terra natal. Entre suas obras estão “The Book of Words” (2008), “Visitation” (2010), “The End of Days” (2014), “Not a Novel: Collected Writings and Reflections” (2020), “Go, Went, Gone” (2017). Sendo que, em 2019, o romance “Visitation” foi eleito um dos cem melhores livros do século 21 pelo The Guardian, o livro “The End of Days” foi vencedor do Independent Foreign Fiction Prize, e o “Go, Went, Gone” foi indicado para International Booker Prize 2018.

Sobre “Kairos”, em entrevista ao Booker Prize, a autora diz que é “uma história privada de um grande amor e da sua decadência, mas é também uma história da dissolução de todo um sistema político. Simplificando: como algo que parece certo no começo pode se transformar em algo errado?”, ressaltando que se “você observar os detalhes do que é falado e onde há silêncio, você também será capaz de acompanhar as correntes invisíveis, a mudança de poder entre gerações, as técnicas de manipulação e abuso”.

O tradutor

Nascido em 25 de agosto de 1957 em Freiburg, na Alemanha, o poeta, revisor e tradutor, Michael Hofmann também veio de uma família com tradição literária, com seu pai Gert Hofmann sendo um escritor e seu avô materno tendo editado a “Brockhaus Enzyklopädie”.

Descrito pelo The Guardian como “indiscutivelmente o tradutor de alemão para inglês mais influente do mundo”, Hofmann traduziu o trabalho de vários autores renomados como Franz Kafka, Joseph Roth e Hans Fallada. Além de ter recebido diversos prêmios literários, incluindo o Independent Foreign Fiction Prize em 1995 pela tradução do romance de seu pai, “The Film Explainer”.

Tendo se formado em Língua Inglesa e Clássicos, Hofmann lecionou em diversas universidades, mas desde de 1990 leciona na Universidade da Florida, em Gainesville, onde ministra oficinas de poesia e tradução. Sendo que, em 2018, ele foi convidado a fazer parte do juri do International Booker Prize, e em 2023, foi eleito Fellow da Royal Society of Literature.

Sobre “Kairos”, em entrevista ao Booker Prize, o tradutor diz que a “diferença de idade não é o ponto. O ponto é o personagem. Mesmo que Katharina pudesse ter conhecido uma versão de Hans quando ele era 20 anos mais novo, ele seria o mesmo personagem. O caráter é o que importa – se alguém está manipulando ou escondendo grande parte de sua vida. Um homem mais velho olha para uma jovem com certo prazer? Isto é normal. Você admira a beleza. Você fica feliz em olhar para algum jovem, homem ou mulher, não importa. Não é um crime. Só se você usar sua experiência para manipular alguém, como Hans faz com Katharina.”

Saiba mais sobre o prêmio no site oficial do International Booker Prize.
Considerado um dos prêmios de maior prestígio em sua área nos Estados Unidos, o Pulitzer é concedido, há mais de cem anos, a pessoas que realizaram trabalhos de excelência nas áreas de Jornalismo, Literatura, Drama e Música. 

Foto: Divulgação 

Em sua 108ª edição, o prêmio criado pela Universidade de Columbia de Nova York prestou homenagens a jornalistas e autores de todo país por meio de 23 categorias, incluindo a de Melhor Livro de Ficção, na qual “Night Watch” de Jayne Anne Phillips foi o vencedor, agraciado com uma medalha de ouro e um prêmio no valor de 15 mil dólares.

A cerimonia, no entanto, ocorreu em um cenário um pouco tenso, devido a uma declaração feita pelo Conselho do Pulitzer, na qual elogiam os estudantes jornalistas que cobriram os protestos nas universidades contra a guerra em Gaza, reconhecendo que eles se colocavam frequentemente “enfrentando um grande risco pessoal e acadêmico”.

Night Watch

Também indicado ao National Book Award e eleito um dos melhores livros do ano pelo New Yorker, o aclamado romance é descrito pelo júri do prêmio como “épico, fascinante e meticulosamente elaborado, Night Watch é uma crônica impressionante da sobrevivência à guerra e suas consequências”.

Em 1874, no rescaldo da guerra, o apagamento, o trauma e o anonimato assombram civis e veteranos, renegados e andarilhos, libertos e fugitivos. ConaLee, de 12 anos, a adulta de sua família desde que se lembra, se vê em uma viagem de carroça com sua mãe, Eliza, que não fala há mais de um ano. Elas chegam ao Asilo para Lunáticos Trans-Allegheny, na Virgínia Ocidental, entregues na entrada do hospital por um veterano de guerra que se forçou a entrar em seu mundo. Lá, longe da família, de um vizinho querido e da casa na montanha que conheciam, eles tentam recuperar suas vidas.

Os caprichos onipresentes da guerra e da raça vêm à tona à medida que aprendemos sua história: sua fuga para as cadeias montanhosas mais altas do oeste da Virgínia; o desaparecimento do pai de ConaLee, que partiu para a guerra e nunca mais voltou. Enquanto isso, no asilo, eles começam a encontrar um novo caminho. ConaLee finge ser empregada doméstica de sua mãe; Eliza responde lentamente ao tratamento. Eles são envolvidos na vida das instalações - o homem misterioso que eles chamam de Ronda Noturna; a criança órfã chamada Weed; a temível mulher que dirige a cozinha; o notável médico à frente da instituição.

Nascida em 19 de julho de 1952 na pequena cidade de Buckhannon, West Virginia, Jayne Anne Phillips se formou na West Virginia University, obtendo seu bacharelado em 1974, e mais tarde recebendo um mestrado em ficção pelo Iowa Writers' Workshop da University of Iowa. Em seguida ocupou cargos de ensino em diversas faculdades e universidades, incluindo a Universidade de Harvard , a Universidade de Boston e a Rutgers University, onde foi fundadora/diretora do Programa de Mestrado em Belas Artes em Escrita Criativa .

Em 1976, Phillips publicou sua primeira coleção de contos “Sweethearts”, pela qual ganhou o Prêmio Pushcart e o Prêmio Fels do Conselho Coordenador de Revistas Literárias. Sendo que, em 1984, publicou seu primeiro romance, “Machine Dreams”, considerado pelo New York Times como “uma notável estreia novelística e uma conquista literária duradoura”, foi finalista do National Book Critics Circle Award, e eleito um dos doze melhores livros do ano pelo  New York Times, além de ter entrado para lista de mais vendidos.

Vencedora de inúmeras bolsas de arte e escrita, a romancista e contista, Jayne Anne Phillips é autora de doze romances e contos, entre eles “Black Tickets”, “Fast Lanes”, “Shelter”, “MotherKind”, “Lark and Termite”, e “Quiet Dell”. Seu trabalho foi traduzido para mais de doze idiomas e ganhou diversos prêmios literários, como a Arts and Letters Award e o Sue Kaufman Prize, além de ter sido finalista do National Book Award e duas vezes finalista do National Book Critics Circle Award. Atualmente, ela mora em Nova York e Boston.

Nas demais categorias literárias...

Além da categoria de Melhor Livro de Ficção, o Pulitzer destina mais cinco categorias a área de Literatura, sendo elas Melhor Livro de Não-Ficção, Melhor Biografia, Melhor Memória ou Autobiografia, Melhor Livro de História e Melhor Livro de Poesia.

Entre os premiados deste ano na categoria de Não-Ficção está a obra “Um Dia na Vida de Abed Salama” (A Day in the Life of Abed Salama: Anatomy of a Jerusalem Tragedy) do autor, ensaísta e jornalista americano que mora em Jerusalém, Nathan Thrall. Eleito o Melhor Livro do Ano pela The New Yorker, The Economist, Time, The New Republic e Financial Times, o livro é descrito pelo júri do prêmio como “imersiva e emocionante, uma história íntima de um acidente mortal fora de Jerusalém que desvenda um emaranhado de vidas, amores, inimizades e histórias ao longo de um dia revelador e comovente”, oferecendo aos leitores “um retrato indelevelmente humano da luta por Israel/Palestina e uma nova compreensão da trágica história e realidade de um dos lugares mais disputados do planeta”.

Já na categoria História, o vencedor foi o livro “No Right to an Honest Living: The Struggles of Boston’s Black Workers in the Civil War Era” da professora americana de História, vencedora do Prêmio Bancroft e duas vezes finalista do Prêmio Pulitzer, Jacqueline Jones. O livro é descrito pelo júri como sendo “um retrato angustiante dos trabalhadores negros e da hipocrisia branca na Boston do século XIX”, que mostra “como a injustiça no local de trabalho impediu Boston – e os Estados Unidos – de garantir a verdadeira igualdade para todos”.

Já o prêmio de melhor Biografia deste ano foi concedido a dois autores. Sendo um deles o ex-redator sênior do The Wall Street Journal e  autor best-seller do New York Times, Jonathan Eig, que ganhou com a obra “King: Uma Vida”, a primeira grande biografia em décadas “vividamente escrita e exaustivamente pesquisada” do ícone dos direitos civis Martin Luther King Jr., e a primeira a incluir arquivos do FBI recentemente desclassificados.

Segundo o júri do prêmio “King mistura novas pesquisas reveladoras com narrativa acessível para oferecer um Martin Luther King Jr. para os nossos tempos: um pensador profundo, um estrategista brilhante e um radical comprometido que liderou um dos maiores movimentos da história e cujas demandas por justiça racial e econômica permanecem tão urgentes hoje como eram em sua vida”.

O segundo vencedor da categoria é a autora coreano-americano Ilyon Woo com a obra  “Master Slave Husband Wife: An Epic Journey from Slavery to Freedom”, considerada pelo Pulizter como “uma rica narrativa dos Crafts, um casal que escapou da Geórgia em 1848, com Ellen de pele clara disfarçada de cavalheiro branco deficiente e William  como seu criado, explorando suposições sobre raça, classe e deficiência para se esconderem em público em sua jornada para o Norte, onde se tornaram abolicionistas famosos enquanto escapavam dos caçadores de recompensas”.

Enquanto que o prêmio de melhor livro de Memória ou Autobiografia foi para a obra “O Invencível Verão de Liliana” (Liliana’s Invincible Summer: A Sister’s Search for Justice) da aclamada acadêmica e premiada autora e poetisa mexicana Cristina Rivera Garza

Descrito pelo Pulitzer como “um relato inovador da irmã de 20 anos da autora, assassinada por um ex-namorado, que mistura memórias, jornalismo investigativo feminista e biografia poética costurados com uma determinação nascida da perda”. O livro, escrito “numa prosa luminosa e poética” por Garza reune “cartas manuscritas, relatórios policiais, cadernos escolares, entrevistas com entes queridos de Liliana para documentar a vida de sua irmã. Através deste livro de memórias notável e que desafia o gênero, ela confronta o trauma de perder sua irmã e examina como essa tragédia continua a moldar quem ela é – e por que ela luta – hoje”.

Na categoria Poesia o vencedor foi “Tripas: Poems”  do professor e premiado poeta Brandon Som. Uma coletânea de poemas que segundo o prêmio “se envolve profundamente com as complexidades da dupla herança mexicana e chinesa do poeta, destacando a dignidade da vida profissional da sua família, criando comunidade em vez de conflito”.

O Pulitzer prestou ainda uma citação especial ao falecido escritor, jornalista e crítico Greg Tate, “cuja linguagem – inspirada na literatura, na academia, na cultura popular e no hip-hop – foi tão influente quanto o conteúdo de suas ideias. A sua estética, inovações e originalidade intelectual, particularmente na sua crítica pioneira do hip-hop, continuam a influenciar as gerações subsequentes, especialmente escritores e críticos de cor”.

Confira os demais vencedores no site oficial do Prêmio Pulitzer.

Enfim, dezembro! Nem acredito que faltam apenas alguns dias para o fim do ano, e 26 livros para eu completar o meu desafio de leitura. 


Sendo sincera, novembro não foi brincadeira. Um mês marcado por um clima louco, problemas técnicos, uma sessão de tortura no dentista e uma boa dose de stress. Já em questão de leituras consegui finalizar seis livros, sendo dois deles da minha estante física e os outros mangás.

Assim, eu não fiz muito progresso no meu projeto “Zero TBR”, no meu blog, ou no meu desafio anual de leitura, que pela primeira vez em anos acho que não vou conseguir cumprir. No entanto, consegui resistir aos lançamentos do mês, embora tenha aproveitado a Black Friday para comprar alguns volumes de mangás e sequências de séries que estou lendo.

Sem mais demora, vamos as leituras!

Mais uma vez, comecei o mês lendo os volumes 27 à 30 do mangá City Hunter de Tsubasa Hojo, e admito que estou impressionada com o excelente trabalho do autor no desenvolvimento dos personagens e das ilustrações, que estão cada vez melhores.
Em seguida li o quadragésimo primeiro livro do meu projeto “Zero TBR” e o décimo quinto do desafio r/Fantasy, Maresi de Maria Turtschaninoff. Uma história sombria e melancólica sobre amizade, irmandade, força e medo, porém com alguns gatilhos.

Terminei o mês lendo o último volume da série Sherlock Holmes e o quadragésimo segundo livro do meu projeto “Zero TBR”, Histórias de Sherlock Holmes de Sir Arthur Conan Doyle. Nem acredito que cheguei ao fim de uma das minhas séries de mistério preferidas, e apesar desse volume final não ter sido um dos melhores, ainda assim vou sentir saudades de Holmes e Watson.

Resumindo, novembro foi mais um mês conturbado e cansativo, que passou se arrastando em meio a 1.344 páginas repletas de crime, mistério, aventura, magia e drama. Além disso, eu decidi participar pela segunda vez do Read What You Own Challenge, criado pelo canal do youtube CriminOlly, que propõe um desafio no qual você se compromete a não comprar nenhum livro novo até ter lido um certo número de livros que já possui na sua estante ou kindle, sendo que o desafio não tem um limite de tempo para terminar. O que parece perfeito para mim, razão pela qual embarquei nessa jornada para ler 25 dos meus livros, antes de comprar um novo, porém irei abrir uma exceção para os mangás. Será que consigo?!

Mas, como foi o seu mês? Alguma leitura interessante? Eu adoraria ouvir mais sobre isso nos comentários!
Aqui estão algumas das principais novidades que você não pode perder entre os lançamentos do mês de novembro. 


Entre eles seis famosos mangás, o primeiro volume de uma duologia repleta de magia e romance, a sequência de uma saga space opera no universo de Star Wars, o tão aguardado segundo volume de uma fantasia épica, o primeiro volume de uma fantasia inspirada na mitologia coreana, um terror histórico com assombrosas ilustrações, um thriller eletrizante, um clássico do mistério, e uma envolvente história de espionagem. Lembrando que todos esses livros estão disponíveis em versão física e digital na Amazon.

Sem mais demora, vamos a lista.

Em novembro, a editora Alt lançou o primeiro volume da nova duologia de Rebecca Ross, mesma autora de “Divinos Rivais”. “A Melodia da Água” (A River Enchanted), publicado originalmente em fevereiro de 2022, conta com tradução de Sofia Soter e 472 páginas, nas quais somos apresentados a um mundo de romance, mistério e um sistema de magia fascinante.

Tudo começa com uma carta e uma jornada por águas obscuras. Dez anos depois de ser enviado para o continente para se tornar um bardo, Jack Tamerlaine é chamado para voltar para casa, na ilha de Cadence. Garotas estão desaparecendo, e Adaira, sua inimiga de infância e futura líder, acredita que Jack é o único capaz de encontrá-las.

Os espíritos elementais que habitam cada sopro de ar, respingo de água, folha de grama e lampejo de fogo encontram alegria na vida dos humanos, e a música de um bardo é a única maneira de convocá-los ― e pedir que as garotas sejam devolvidas. No entanto, conforme Jack e Adaira se aproximam da solução do mistério, fica claro que há um segredo antigo e sombrio à espreita, e nenhuma canção parece forte o suficiente para detê-lo.

Já a editora Universo Geek lançou o mais novo volume da série “The High Republic” da saga Star Wars. “Trilha do Engano” (Path of Deceit) de Tessa Gratton e Justina Ireland, publicado originalmente em outubro de 2022, conta com tradução de Dante Luiz e 256 páginas, nas quais é explorada a Fase II da Alta República, ambientada 150 anos antes dos eventos da fase anterior, uma era de transformação que gera novas esperanças e possibilidades… mas também traz novos perigos.

O planeta Dalna, na Orla Exterior, tornou-se o foco de uma investigação Jedi sobre um artefato da Força roubado, e Zallah Macri e seu Padawan, Kevmo Zink, chegam ao mundo pastoral para verificar uma possível conexão entre o roubo e um grupo missionário chamado Caminho da Mão Aberta. Membros do Caminho acreditam que a Força tem que ser livre e não deve ser usada por ninguém, nem mesmo pelos Jedi. Marda Ro é uma das jovens fiéis do grupo, e sonha em partir de Dalna para espalhar os dogmas do Caminho pela galáxia.

Quando Marda e Kevmo se conhecem, a conexão entre os dois é instantânea e elétrica – até Marda descobrir que Kevmo é um Jedi. Mas ele é tão gentil e quer tanto aprender sobre o Caminho que ela espera conseguir convencê-lo de que sua crença é a correta.

Outra aguardada sequência lançada esse mês pela editora Astral Cultural foi o segundo volume da série “Terra das Bruxas” da autora best-seller Susan Dennard. “Bruxo do Vento” (Windwitch), publicado originalmente em janeiro de 2017, conta com tradução de Patricia Benvenuti e 400 páginas, nas quais em meio a uma narrativa acelerada e cheia de reviravoltas, aliados são surpreendidos por dolorosas traições entre os seus e alianças são construídas com quem menos se espera.

Após uma explosão destruir o seu navio, o príncipe Merik é dado como morto. E ele sabe que há apenas uma mulher que espera ansiosa por ouvir a notícia de sua morte: sua própria irmã. Gravemente ferido e coberto de cicatrizes, o Bruxo do Vento chega à capital de seu reino, repleta de refugiados em busca de abrigo. Sem ser reconhecido, Merik passa a vagar pelas ruas, defendendo os mais fracos. Assim, nasce a lenda de um semideus desfigurado, conhecido como Fúria, que traz justiça aos oprimidos.

Depois de escaparem de um ataque surpresa e um naufrágio, Safi e a imperatriz de Marstok estão sozinhas em uma terra de piratas. Cada escolha é como andar em uma corda bamba, especialmente quando o próximo passo pode desencadear uma guerra na Terra das Bruxas. Enquanto isso, Iseult tem de encarar novamente Aeduan, o Bruxo de Sangue – ou talvez ela devesse confiar nele.

Continuando com as séries, a editora Harlequin lançou o primeiro volume da mais nova duologia da autora best-seller Sophie Kim. “O Deus e a Raposa” (The God and the Gumiho), publicado originalmente em junho de 2024, conta com tradução de Yonghui Qio e 368 páginas, nas quais narra uma história repleta de mitologia, magia, amor e mistério.

Kim Hani deixou sua vida como devoradora de almas para trás. Está simplesmente muito cheia desde seu último banquete. Antes conhecida como a infame Raposa Escarlate, agora passa seus dias trabalhando em um café e implicando o máximo que pode com um irritante, e injustamente bonito, deus metamorfo.

Esse deus é ninguém menos que Seokga, o Caído. Exilado do reino divino depois de uma tentativa fracassada de golpe, ele vive no mundo mortal buscando sua redenção e sofrendo com as interações indesejadas com a insuportável, xereta e charmosa barista gumiho que trabalha em seu café favorito.

Mas, quando um demônio poderoso escapa do submundo e ameaça acabar com a humanidade, o imperador supremo ― e irmão de Seokga ― faz uma oferta ao deus caído: matar não só essa criatura abominável, como a lendária Raposa Escarlate em troca de sua divindade restaurada. Hani, entretanto, não tem intenção alguma de ser pega. Seokga pode até ser o deus da enganação, mas ela tem as próprias cartas na manga.

Conforme o caso se aprofunda, o deus e a raposa se encontrarão inexplicavelmente atraídos um pelo outro. Mas será que o casal permanecerá junto para impedir o apocalipse? Ou deixarão que seus segredos destruam o resto do mundo?

Já a editora Darkside lançou o terror histórico “Slewfoot: A Fábula das Bruxas”, uma história de magia e mistério, de triunfo e terror, como só a imaginação sombria do autor e ilustrador Brom poderia criar. O livro, publicado originalmente em setembro de 2021, conta com tradução de Vinicius Loureiro, 416 páginas, capa dura e pinturas coloridas assombrosas.

Connecticut, 1666. No Novo Mundo, o puritanismo cristão encontrou um terreno fértil para prosperar e crescer. Como quase tudo era considerado pecado, a vida em uma comunidade puritana podia ser bastante difícil, especialmente para as mulheres.

Abitha, uma jovem inglesa recém-chegada na puritana Sutton, encontra preconceito na comunidade local. Com língua afiada e personalidade audaz, é vista como uma forasteira. Com seus amuletos e poções, remédios que sua mãe usava na Inglaterra, ela logo desperta a desconfiança dos moradores.

Quando um espírito antigo desperta em um bosque sombrio, o povo nativo o chama de pai e protetor. Os colonos, porém, o chamam de Slewfoot, demônio. Para Abitha, recém-viúva, vulnerável e excluída do convívio social, ele é a única pessoa a quem ela pode pedir ajuda. Juntos, iniciam uma batalha entre pagãos e puritanos ― uma peleja que ameaça destruir toda a aldeia.

Deixando um pouco a fantasia e o terror de lado vamos focar no crime, pois a editora HarperCollins Brasil lançou o mais novo thriller da autora best-seller Paula Hawkins. “A Hora Azul” (The Blue Hour), publicado originalmente em outubro de 2024, conta com tradução de Regiane Winarski e 288 páginas, nas quais narra uma história envolvente sobre ambição, poder, gênero e fama.

Uma ilha escocesa isolada, acessível ao continente apenas doze horas por dia. Uma artista infame cujo marido, notoriamente infiel, desapareceu depois de visitá-la há vinte anos. Uma descoberta recente que conecta de forma íntima três pessoas e ameaça um segredo cuidadosamente escondido.

Neste romance magistral que combina enredos sombrios e personagens complexos e imperfeitos, Paula Hawkins homenageia Shirley Jackson (A Maldição de Hill House) e Patricia Highsmith (Carol), brincando com nossas expectativas e percepções de maneira sutil e chocante.

Seguindo a onda de crime, mistério e intrigas, a editora HarperCollins Brasil lançou a nova edição de mais um clássico do mistério escrito pela dama do crime, Agatha Christie. “Um Pressentimento Funesto” (By the Pricking of My Thumbs), publicado originalmente em 1968, conta com tradução de Isabela Sampaio, capa dura e 256 páginas, nas quais narra mais uma aventura do famoso casal de detetives Tommy e Tuppence Beresford.

Tommy e Tuppence Beresford vão à casa de repouso Sunny Ridge após a morte de tia Ada. Mas, enquanto buscam os pertences da mulher, descobrem que a sra. Lancaster, uma amiga da falecida com quem Tuppence tivera uma conversa assustadora em sua última visita, deixou o local. 

Diante desse infortúnio, Mrs. Beresford se vê impedida de ficar com um quadro presenteado à tia Ada pela senhora. A busca pela idosa e por sua permissão para manter a pintura a levará a um atípico vilarejo com um passado tão suspeito quanto seus moradores.


Também nesse mês, a editora Faro Editorial lançou o primeiro volume da série de espionagem da autora best-seller Tess Gerritsen. “A Espiã” (The Spy Coast), publicado originalmente em  novembro de 2023, conta com tradução de Nathalia Rondan e 288 páginas, nas quais uma agente aposentada da CIA enfrenta os fantasmas de seu passado.

Muitos anos antes, Maggie Bird, ex-agente secreta da CIA, participou de uma missão que acabou em tragédia, fazendo com que perdesse tudo o que importava. Atualmente, ela leva uma vida tranquila em sua fazenda em um pequeno vilarejo no Maine, onde escolheu viver a aposentadoria e finalmente deixar o doloroso passado para trás. 

Mas quando um corpo surge misteriosamente em sua garagem, Maggie percebe que se trata de uma mensagem de velhos inimigos que não a esqueceram. O que a leva a recorrer a seu círculo de amigos – todos aposentados da CIA – em busca de ajuda para descobrir quem a está ameaçando e por quê. Eles fazem parte do Clube do Martíni, um grupo mensal de leitura que, mesmo não atuando mais na profissão, ainda detém inúmeras habilidades e está ansioso para colocá-las em prática novamente. 

No caminho de Maggie, porém, está a chefe de polícia Joanna Thibodeau, intrigada pela hesitação de Maggie em revelar informações cruciais, bem como o peculiar grupo de amigos, que parece estar sempre um passo à frente da polícia. No momento em que a investigação de Joanna entra em conflito com as táticas do Clube do Martíni, a procura de Maggie por respostas a leva a reexaminar sua trajetória como agente, que a levou a diversos locais, de Bangkok a Istambul, passando por Londres e Malta.

Já quanto aos mangás, a editora JBC lançou o volume cinco de “Yona – A Princesa do Alvorecer” de Mizuho Kusanagi, enquanto que a editora NewPop lançou o terceiro volume de “O Único Destino dos Vilões é a Morte” de SUOL e Gwon Gyeoeul. Sendo que a editora Panini lançou este mês o primeiro volume de “Meu Casamento Feliz” de Rito Kousaka, o terceiro volume de “Koori Zokusei Danshi to Cool” de Tonogaya Miyuki, o volume nove de “Kusuriya No Hitorigoto - Diários de uma Apotecária” de Itsuki Nanao, e o volume trinta e um de “Komi não consegue se comunicar” de Tomohito Oda.

Assim, esses são os lançamentos do mês que mais me chamaram a atenção. Mas e você, quais desses lançamentos está mais ansioso para ler? Me conta nos comentários.