Cinderela

Um dos mais famosos contos de fadas, escrito pelo autor francês Charles Perrault, ganha mais uma vez as telas do cinema no filme “Cinderela”.


Dirigido pelo ator e cineasta britânico Kenneth Branagh, a nova versão do clássico da Disney, teve sua estreia em abril de 2015 no Festival de Berlim, meio século depois da estreia da animação da Disney, em 1951, no mesmo festival.

Era uma vez...

Uma jovem chamada Ella (Lily James), cujo pai se casa novamente após a trágica morte de sua mãe. Como uma boa filha, Ella recebe bem a madrasta Lady Tremaine (Cate Blanchett) e suas filhas, Anastasia (Holliday Grainger) e Drisella (Sophie McShera), na casa da família.

No entanto, seu pai morre inesperadamente, e ela se vê à mercê de sua nova família, que passa a tratá-la como uma serva, que vive coberta de cinzas, razão pela qual passam a chamá-la de Cinderella.

Mas apesar da crueldade com que é tratada, Ella está determinada a honrar as últimas palavras de sua mãe de “ter coragem e ser gentil”, e não ceder ao desespero ou ao ódio por aquelas que a maltratam, especialmente agora, quando finalmente sente que encontrou uma alma gentil, no encantador Kit (Richard Madden). 

Na esperança de revê-lo, Ella decide ir ao baile no Palácio Real, porém, sua madrasta, não apenas a proíbe de ir como também rasga seu vestido. Assim, quando tudo parecia perdido, a ajuda surge na figura de uma mendiga (Helena Bonham Carter), que armada com uma farinha mágica, uma abóbora e alguns ratinhos, muda para sempre a vida de Cinderella.


Inspirado tanto no conto de fadas de Charles Perrault como na animação de 1950 da Walt Disney Pictures, o filme, que tem seu roteiro adaptado por Chris Weitz, conta com uma história simples, porém encantadora, capaz de emocionar e cativar crianças e adultos. Embora seja um pouco diferente daquela a que estamos acostumados.

A história de Cinderela (Cinderella) continua basicamente a mesma, tendo sido apenas acrescentado alguns toques extras com o intuito de mostrá-la mais humana, mais real. Um dos motivos pelo qual a mãe de Cinderela interpretada por Hayley Atwell (Agent Carter) recebe um destaque especial no filme, algo raro nas adaptações do conto de fadas. Também nos aprofundamos na história da madrasta e em sua razão para odiar Ella, a mais pura inveja disfarçada de desprezo, pois a jovem demonstra ser tudo o que ela e suas filhas não são.

Há ainda a forma tocante como mostram a relação do príncipe e seu pai interpretado pelo premiado ator Derek George Jacobi. Sendo que, também somos apresentados a personagens como o interesseiro Grão Duque (Stellan Skarsgârd) e o leal Capitão da Guarda (Nonso Anozie). Sem falar, na fada madrinha, que embora seja bem diferente da versão animada, consegue divertir e fascinar o público com suas expressões e gestos exagerados. Além disso, curiosamente, no filme, a famosa canção da Disney Bibbidi-Bobbidi-Boo se torna apenas uma palavra mágica.

Porém o que mais chama a atenção nesta versão de Kenneth Branagh, além dos efeitos especiais no vestido da Cinderela, é o fato de Ella e o príncipe se conhecerem antes do baile, em meio a um passeio na floresta, no qual eles acidentalmente se esbarram, e ele a faz acreditar que é um simples funcionário do palácio. Sendo que, essa cena não existe no conto original e em nenhuma de suas adaptações, até agora.

Assim, a mais nova adaptação de Cinderela não é perfeita, mas sabe como conquistar o público, com uma história sensível e encantadora, além de cenários deslumbrantes, incríveis efeitos especiais e um belíssimo figurino, digno de uma indicação ao Oscar 2016. Sem falar, é claro, em um elenco de peso, que dá vida aos clássicos personagens que tem fascinado gerações. Além disso, depois de filmes como “A Garota da Capa Vermelha” (2011), “Branca de Neve e o Caçador” (2012), “João e Maria – Caçadores de Bruxas” (2013) e Malévola (2014), é revigorante assistir um longa-metragem que não vê problema em manter a simplicidade do conto original.

Assista ao trailer do filme (legendado):



Saiba mais sobre o filme no seu site oficial.

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