Explorar novos territórios ou visitar lugares já conhecidos e apreciados, seja qual for à opção em época de férias nada melhor do que viajar. Mas, seja por terra, ar ou mar, todo bom viajante que se preze nunca deixa de levar consigo pelo menos um bom livro como companhia.
Alguns preferem os conhecidos “guias” sobre os locais a visitar, outros uma boa ficção, e há também aqueles que preferem os livros de viagem.
Uma literatura que não se limita ao simples relato de datas e eventos como num diário de viagem, pois são memórias das experiências de um autor visitando um local pelo mero prazer de viajar. Essa figura do escritor-viajante, aventureiros típicos do século 19 e início do século 20, munidos de pura curiosidade e muita coragem deram suas “voltas ao mundo” para descobrir novas paisagens e culturas.
Entre os muitos exemplos famosos da chamada literatura de viagem estão “As Viagens” de Marco Pólo, a “Peregrinação” de Fernão Mendes Pinto, ou ainda os relatos sobre um Novo Mundo deixados por desbravadores portugueses e espanhóis, como Pêro Vaz de Caminha e Américo Vespúcio.
No Brasil
No Brasil, a literatura de viagem não tem a mesma tradição que nos países de língua estrangeira, embora haja muitos relatos de estrangeiros sobre a terra brasileira. No entanto, existem alguns autores brasileiros que decidiram se aventurar e percorrer a imensidão do próprio país escrevendo alguns dos melhores relatos de viagem.
Como exemplo tem as viagens pelo interior do Brasil feitas, entre 1927 e 1929, pelo escritor Mário de Andrade, mais tarde relatadas em “O Turista Aprendiz”, que no início dos anos 80, foram repetidas pelo jornalista Miguel de Almeida da Folha de S. Paulo. O resultado da experiência – na época publicada em capítulos regulares no jornal – ganhou relançamento no livro “Na Trilha dos Trópicos”.
Século XXI
Nos séculos passados, a literatura de viagem era acima de tudo sobre lugares remotos a serem explorados, novas terras a serem descobertas e grandes aventuras a serem vividas.
Mas hoje, em pleno século XXI, sobraram poucos recantos intocados, habitados por povos e culturas exóticas, que possam proporcionar uma aventura digna desses escritores. Em razão disso, a melhor literatura de viagem do século 21 tem sido mais sobre pessoas do que sobre lugares.
Este tipo de literatura, na maioria é baseada em relatos de viagens reais, mas também pode ser uma ficção, como acontece em “As Viagens de Gulliver” de Jonathan Swift ou no conhecido “O Guia do Mochileiro das Galáxias” de Douglas Adams.
Saiba mais sobre literatura de viagens no site Biblioteca Nacional.
0 Comments:
Postar um comentário