“Eu não vim fazer um Discurso” é o título do mais recente livro do escritor e jornalista colombiano, Gabriel García Márquez. A obra contém detalhes sobre a vida do autor e sua família, além de falar sobre a produção de suas obras literárias.
Imagem: Divulgação |
Apesar do título, o livro traz uma compilação de 22 discursos do escritor, de 1944 a 2007, nos quais o vencedor do Prêmio Nobel da Literatura fala sobre sua relação com a escrita e com os amigos, entre outros temas.
O primeiro discurso de Márquez foi aos 17 anos, para se despedir de seus colegas de colégio na formatura do ensino médio, em 1944. Na verdade, o título do livro foi retirado deste primeiro discurso. A relutância do autor diante da oratória é expressa diversas vezes nos capítulos iniciais da obra. Em um deles, Márquez chega a descrever à tarefa de fazer discursos como “o mais aterrorizante dos compromissos humanos”.
No entanto, com o passar dos anos, o escritor se mostra ao público como um profissional na arte do discurso. Sempre expressando, por meio de citações e argumentos, seu posicionamento político. Como é possível observar em seu discurso na cerimônia de entrega do Prêmio Nobel de Literatura, na Suécia, em 1982, no qual o autor chama a atenção para a situação de seu país.
"[...] Poetas e mendigos, músicos e profetas, guerreiros e malandros, todos nós, criaturas daquela realidade desaforada, tivemos que pedir muito pouco à imaginação, porque para nós o maior desafio foi a insuficiência dos recursos convencionais para tornar nossa vida acreditável. Este é, amigos, o nó da nossa solidão."
O primeiro discurso de Márquez foi aos 17 anos, para se despedir de seus colegas de colégio na formatura do ensino médio, em 1944. Na verdade, o título do livro foi retirado deste primeiro discurso. A relutância do autor diante da oratória é expressa diversas vezes nos capítulos iniciais da obra. Em um deles, Márquez chega a descrever à tarefa de fazer discursos como “o mais aterrorizante dos compromissos humanos”.
No entanto, com o passar dos anos, o escritor se mostra ao público como um profissional na arte do discurso. Sempre expressando, por meio de citações e argumentos, seu posicionamento político. Como é possível observar em seu discurso na cerimônia de entrega do Prêmio Nobel de Literatura, na Suécia, em 1982, no qual o autor chama a atenção para a situação de seu país.
"[...] Poetas e mendigos, músicos e profetas, guerreiros e malandros, todos nós, criaturas daquela realidade desaforada, tivemos que pedir muito pouco à imaginação, porque para nós o maior desafio foi a insuficiência dos recursos convencionais para tornar nossa vida acreditável. Este é, amigos, o nó da nossa solidão."
Cada página do livro leva o leitor há compreender um pouco sobre a vida do autor, sua paixão pela Literatura, seu amor pelo Jornalismo, além das recordações de amigos queridos como Júlio Cortázar e Álvaro Mutis, que proporcionam alguns dos mais emocionantes e bem-humorados discursos da obra.
"[...] Volta e meia me perguntam como é que esta amizade conseguiu prosperar nestes tempos tão malvados. A resposta é simples: Álvaro e eu nos vemos muito pouco, e só nos vemos para ser amigos", diz Márquez no discurso em homenagem aos 70 anos de Álvaro Mutis.
Em um de seus últimos discursos, em 2007, durante um Congresso Internacional de Literatura, em Cartagena das Índias, na Colômbia, Márquez conta um pouco sobre as dificuldades que passou antes de publicar o livro “Cem Anos de Solidão”. Segundo o autor, na época, sua mulher Mercedes era quem sustentava a casa, e eles mal tinham dinheiro para enviar o manuscrito pelo correio para o seu editor.
No Brasil, o livro foi lançado pela Editora Record, com tradução de Eric Nepomuceno e 128 páginas.
"[...] Volta e meia me perguntam como é que esta amizade conseguiu prosperar nestes tempos tão malvados. A resposta é simples: Álvaro e eu nos vemos muito pouco, e só nos vemos para ser amigos", diz Márquez no discurso em homenagem aos 70 anos de Álvaro Mutis.
Em um de seus últimos discursos, em 2007, durante um Congresso Internacional de Literatura, em Cartagena das Índias, na Colômbia, Márquez conta um pouco sobre as dificuldades que passou antes de publicar o livro “Cem Anos de Solidão”. Segundo o autor, na época, sua mulher Mercedes era quem sustentava a casa, e eles mal tinham dinheiro para enviar o manuscrito pelo correio para o seu editor.
No Brasil, o livro foi lançado pela Editora Record, com tradução de Eric Nepomuceno e 128 páginas.
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