CIA divulga fórmula de tinta invisível

A Central de Inteligência Americana (CIA) tornou público, na terça-feira, vários documentos secretos que datam da Primeira Guerra Mundial, nos quais são explicados os métodos de produção da tinta invisível.


Os seis documentos, datados de 1917 e 1918, detalham distintos métodos para produzir e revelar a tinta invisível, uma técnica utilizada por espiões, altas patentes ou diplomatas para passar mensagens durante a Primeira Guerra Mundial sem o conhecimento do inimigo.

Alguns dos métodos incluem misturar sulfato de ferro e cianureto de potássio ou amido de arroz com tinta e água, além do simples suco de limão, que aparece quando o papel é aquecido. Para revelar a tinta, uma das técnicas consiste em aplicar uma mistura de água, iodeto de potássio e ácido tartárico.

A técnica existe desde a antiguidade, sendo mantida em segredo, durante quase um século, pela CIA, que em 2002, negou o pedido para revelar a informação. No entanto, anos depois, a agência secreta norte-americana, em comunicado oficial, explica que os recentes avanços tecnológicos não justificam mais tal situação.

"Os avanços da química na tinta secreta e os métodos de uso de luz para detectá-la tornaram os segredos, revelados na terça-feira, obsoletos", explica a porta-voz da CIA, Marie E. Harf, ao The Washington Post.

"Quando a informação histórica deixa de ser sensível levamos a sério a responsabilidade de partilhá-la com o povo americano", diz o diretor da CIA, Leon Panetta, no comunicado que acompanha os documentos.

Grande parte dos métodos revelados refere-se a formas de produzir e descobrir a tinta invisível, mas outros explicam coisas tipo como abrir um envelope lacrado, ou como transportar os ingredientes para a tinta de um lugar para outro sem haver o risco de perder a fórmula caso o mensageiro seja capturado.

Nesse caso, os espiões encharcavam um lenço de tecido numa solução de amido, nitrato e soda e deixavam secar. Já em segurança no destinatário, o mesmo lenço era encharcado com água e o líquido resultante ia depois encher as canetas com que eram escritas as mensagens secretas entre os aliados.

Um comentário:

  1. Obrigada Gabriela, fico feliz que tenha gostado do blog. Você é sempre bem-vinda!

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