A cidade italiana de Bolonha se torna palco hoje de um dos mais importantes eventos dedicados à literatura infanto-juvenil, a Feira do Livro Infantil de Bolonha, que tem a Estônia como convidado de honra. 


Como o tema “Shape and Share e o SHOUT Children's Content”, o evento contará com uma nova identidade visual criada pelo jovem artista brasileiro residente em Portugal, Bruno de Almeida, em colaboração com a Chialab Design, responsável pela identidade visual da feira há nove anos. Assim com o objetivo de criar uma identidade visual repleta de cor, movimento, invenção e ação, Bruno criou belas imagens que literalmente “dançam” com os visitantes movendo-se no mesmo ritmo e padrões coreográficos criativos que evocam o slogan do evento num convite explícito para se deixar levar pela energia dançante contagiante e cosmopolita que permeia as exposições, estandes, reuniões, iniciativas, ilustrações, livros e jogos.

Em sua 62ª edição, a Feira do Livro Infantil de Bolonha (BCBF) acontecerá no Centro de Exposições BolognaFiere, na Piazza Costituzione, até o dia 03 de abril, juntamente com o BolognaBookPlus (BBPlus), o evento dedicado à publicação comercial geral organizado em colaboração com a Associação de Editores Italianos (AIE), e a Feira de Licenciamento de Bolonha/Kids (BLTF/Kids), que se concentra no setor de marcas infantis.

A Feira do Livro

Desde sua primeira edição, em 1964, a Feira do Livro Infantil de Bolonha tem sido um espaço de diálogo, debate, troca de ideias e desenvolvimento profissional. À principio dedicada exclusivamente aos profissionais do mercado editorial internacional, como autores, ilustradores, designers gráficos, tradutores, editores, agentes literários, livreiros, bibliotecários, professores, entre muitos outros. Mas, em 2014, o evento abriu suas portas ao público permitindo a entrada de crianças, adolescentes e suas famílias, além de milhares de fãs da literatura infantil, da ilustração e de todas as demais formas de narrativa que combinam imagens e palavras, sejam livros ilustrados, quadrinhos ou outros.

Agora, tanto profissionais quanto o público em geral terão a oportunidade de aprender sobre as últimas tendências da indústria, conhecer os vencedores dos mais renomados prêmios internacionais, conferir os últimos lançamentos literários, as grandes exposições e participar de encontros com os autores do momento e os mestres da ilustração da literatura infanto-juvenil de diversas partes do mundo. Entre eles os premiados autores e ilustradores Sydney Smith, Beatrice Alemagna, Jeff Kinney, Davide Calì, Rotraut Susan Berner, Marie-Aude Murail, Sara Lundberg, Daniel Pennac, Mariangela Gualtieri, Nikolaus Heidelbach, Joelle Jolivet, Igort, Susie Morgenstern, Serge Bloch, Ole Könnecke, Sergio Ruzzier, e muitos outros.

Mas a Feira do Livro não ficará contida as salas de exposições levando inúmeros eventos aos espaços culturais, bibliotecas, escolas e museus pela cidade a fora, por meio do BOOM! Crescendo nos livros, um programa de eventos que oferece a todos os interessados em livros infantis, uma série de encontros com escritores e ilustradores, oficinas, leituras, performances, exibições de filmes e mais de 40 exposições, entre elas a do grande ilustrador Paul Cox,  que apresentará uma enorme pintura contínua, de 75 metros de comprimento.

Programação Profissional

Assim, durante quatro dias, Bolonha se tornará o centro global para troca de direitos autorais em publicação, multimídia, licenciamento, ilustração e animação destinada às crianças e jovens adultos, com cerca de 1.500 expositores de 90 países, incluindo o Brasil, além de milhares de profissionais do mundo inteiro, se reúnem em uma área de mais de 20 mil metros quadrados, para expor seus trabalhos, fazer negócios e participar de 325 eventos incluindo palestras, lançamentos, exposições, workshops, conferências, debates e bate-papos sobre os mais variados assuntos, como a literatura, a ilustração, os quadrinhos, a arte, a educação, e a sustentabilidade, além de  algumas das questões mais atuais sobre o futuro e o presente da edição global, e muito mais, nos diversos espaços da feira do livro.

Como o TV/Film Rights Centre, inaugurado em 2024, dedicado à transferência de histórias e personagens de livros para filmes, séries e formatos televisivos, e vice-versa, assim como Games Business Centre, um novo espaço criado em colaboração com a Frankfurter Buchmesse e dedicado a profissionais do setor de jogos em busca de conteúdo narrativo para transformar em videogames. Além do Arts Licensing Area, um novo espaço de exposição e um ponto de encontro para os mundos da ilustração e do licenciamento.

Sem falar no tradicional Rights Centre, aberto não apenas a profissionais do setor de direitos editoriais infantis, mas também aos do mundo editorial adulto, no Comics Corner, a área de exposição para editores de histórias em quadrinhos e graphic novels, especializados e não especializados, na Illustrators Exhibition, uma vitrine para as últimas tendências em ilustração e reconhecimento de talentos novos artistas, no Translators Centre, para tradutores ou interessados em se especializar na tradução de literatura infantil, no Audio HQ, o espaço dedicado ao áudio na BBPlus, e no PublisHer, uma iniciativa criada em 2019 para abordar os desequilíbrios de gênero na indústria. 

Os locais de debate também estão de volta à feira, com o Book Lovers' Café, uma área específica para reuniões sobre novas publicações que está localizada ao lado da Livraria Internacional e de outros Cafés especializados, como o tradicional Illustrators Café, The Content Café  e Translators Café, além do novo Next Chapter Café.

Sendo que um dos eventos mais aguardados pelos ilustradores na feira é o The Illustrators Survival Corner, um espaço dedicado aos ilustradores iniciantes e profissionais, projetado para facilitar o crescimento profissional, com reuniões e oportunidades de estudo aprofundado cobrindo tópicos que vão desde o design de um livro infantil até a autopromoção, desde o gerenciamento de reuniões com editoras até negociações de contratos, desde o uso de mídias sociais até portfólios. Tudo isso em meio a dezenas de eventos programados, incluindo masterclasses, workshops e análises de portfólio por editoras, diretores de arte, ilustradores, agentes e profissionais da indústria.

Todos os anos, no centro da feira, uma exposição é organizada pelo País Convidado de Honra. Este ano, Hello!/Tere! abrirá as portas para o mundo da ilustração estoniana contemporânea por meio das obras de 40 artistas, junto com a 25 Best Designed Estonian Books, que será hospedada no espaço BBPlus. Há também a exposição individual do artista responsável pela capa do Illustrators Annual, o ilustrador canadense Sydney Smith, vencedor do Prêmio Hans Christian Andersen de 2024,  a exposição individual do vencedor do Prêmio Internacional de Ilustração da Feira do Livro Infantil de Bolonha - Fundación SM de 2024, o brasileiro Henrique Moreira, a exposição que traça o desenvolvimento da identidade visual da BCBF 2025, criada pelo brasileiro Bruno de Almeida. Assim como a Chinese Excellence in Children's Illustration, que em sua segunda edição traz o melhor da ilustração chinesa contemporânea, a Ukrainian Illustration: Yesterday and Today, que mostra a evolução da ilustração ucraniana, a exposição de ilustração africana Make-A-Picturebook, entre muitas outras.

Além disso, inúmeras premiações e menções honrosas serão realizadas durante a Feira do Livro Infantil de Bolonha, entre os mais consolidados tem o Bologna Ragazzi Award, que celebra sua 60ª edição e, juntamente com o prêmio Bologna Ragazzi CrossMedia, distingue os melhores livros ilustrados publicados recentemente a nível internacional. Outro marco importante é a 10ª edição do prêmio Strega Ragazze e Ragazzi, que deu vida à categoria “Melhor Narrativa em Imagens”, para livros ilustrados. Sendo que a feira também será palco das mais importantes premiações internacionais, com o anúncio dos vencedores do Astrid Lindgren Memorial Award, o “Prêmio Nobel da literatura infantil”.

Outro marco importante a ser celebrado na feira é os oitenta anos da personagem imortal “Pippi Meialonga” criada pela escritora sueca Astrid Lindgren. Também serão celebrados os cinquenta anos de “Pimpa”, personagem criada pelo italiano Francesco Tullio-Altan, e uma homenagem será prestada ao grande ilustrador e designer gráfico japonês Katsumi Komagata, um ano após sua morte.

Confira a programação completa do evento no seu site oficial.
Um mês em que a fantasia dominou as livrarias com novas e emocionantes histórias e sequências de séries já consagradas no coração dos leitores. 


Entre eles seis famosos mangás, um thriller eletrizante, o desfecho de uma fantasia épica, uma fantasia inspirada na mitologia nórdica, a mais nova romantasia da autora de “A Ponte entre Reinos”,  uma história inspirada no folclore mágico da Arábia, uma fantasia imersiva repleta de magia, romance, segredos e fantasmas do passado, a tão aguardada sequência da saga “Jogos Vorazes” e uma fantasia repleta de magia e mistério. Lembrando que todos esses livros estão disponíveis em versão física e digital na Amazon.

Sem mais demora, vamos a lista.

Em março, a Seguinte, selo jovem da Companhia das Letras lançou o primeiro volume da duologia “Saga of the Unfated” da autora best-seller Danielle L. Jensen (A Ponte entre Reinos). “Um Destino Tatuado em Sangue” (A Fate Inked in Blood), publicado originalmente em fevereiro de 2024, conta com tradução de Flávia Souto Maior e 432 páginas, nas quais somos apresentados a um universo inspirado na mitologia nórdica, onde uma jovem terá que enfrentar desafios mortais ― e um romance proibido.

Freya passou a vida escondendo a magia que corre em suas veias. Abençoada com uma gota de sangue da deusa Hlin, ela é capaz de criar um escudo mágico que repele qualquer ataque. E, segundo uma profecia, quem controlar o seu destino governará todo o reino de Skaland.

Quando uma situação extrema a obriga a revelar seu poder, ela é forçada a se unir ao jarl Snorri, um dos líderes da região. Manipulada por homens durante toda a vida, Freya vai fazer de tudo para tomar as rédeas do próprio futuro. Ela só não contava com a presença enigmática de Bjorn, filho do jarl, que é o único que a enxerga como uma guerreira de verdade, ao mesmo tempo que desperta nela uma atração incontrolável… Se ceder a esse desejo, porém, Freya vai pôr em risco não só o próprio destino, mas a vida de todos que jurou proteger.

Seguindo a trilha da magia, a editora Morro Branco lançou o primeiro volume de “Areias de Arawiya” da autora Hafsah Faizal. “A Caçadora de Arz” (We Hunt the Flame), publicado originalmente em maio de 2019, conta com tradução de Flavia de Lavor  e 480 páginas, nas quais narra uma história inspirada no folclore mágico da Arábia, sobre dois guerreiros movidos pelo dever e presos pelo destino. 

Zafira é a Caçadora, uma jovem que se disfarça de homem para enfrentar a floresta amaldiçoada de Arz e alimentar seu povo. Nasir é o Príncipe da Morte, um assassino impiedoso que obedece às ordens de seu autoritário pai, o sultão. Se a verdade sobre Zafira fosse exposta, todas as suas conquistas seriam rejeitadas; se Nasir demonstrasse compaixão, seu pai o puniria de maneira brutal.

Ambos são lendas vivas no reino de Arawiya ― mas nenhum deles quer ser.
Uma guerra espreita no horizonte e a floresta de Arz cresce mais a cada dia, envolvendo a terra em sombras. Quando Zafira embarca numa missão para encontrar um artefato perdido capaz de restaurar a magia ao seu mundo sofrido e deter Arz, Nasir é enviado pelo sultão em uma missão semelhante: recuperar o artefato e matar o Caçador. Mas um mal antigo se revela à medida que a jornada se desenrola ― e o prêmio que procuram pode representar uma ameaça maior do que qualquer um poderia imaginar. 

Continuando com as séries, a editora Galera, selo jovem da Record lançou o primeiro volume das “Irmãs do Sal” da autora best-seller Erin A. Craig, uma duologia imersiva repleta de magia, romance, segredos e fantasmas do passado. “Casa de Sal e Lágrimas” (House of Salt and Sorrows), publicado originalmente em agosto de 2019, conta com tradução de Gabriela Araújo e 396 páginas, sendo que a pré-venda, com tiragem limitada, acompanha marcador de páginas com corte em faca especial e um pôster A3 com arte exclusiva.

Reza a lenda que o deus do mar, Pontos, criou as ilhas da região de Salície e seus habitantes, o Povo do Sal. Para tal, deu à forma humana astúcia, beleza, fidelidade, curiosidade, e claro, sal das marés. Ao fim da vida, o Povo do Sal não pode ser enterrado; precisa ser devolvido à água e , ao Sal.

Ao devolver a quarta irmã falecida ao Sal, Annaleigh Taumas tem dois sentimentos: tristeza profunda e medo de ser a próxima a morrer. Ela já teve onze irmãs — as Doze Taumas —, mas, após perder quatro delas, os corredores da mansão Highmoor ficaram melancólicos e silenciosos, preenchidos apenas pelo luto e pelas lembranças.

Atento aos fatos terríveis que rodeiam a família Taumas, o Povo do Sal acredita que as meninas são amaldiçoadas pelos deuses. Mas as irmãs Taumas tentam a qualquer custo ignorar os burburinhos e olhares maldosos e passam a sair às escondidas para frequentar magníficos bailes de máscaras. No entanto, aos poucos, elas percebem que as escapadas e os encontros com pessoas misteriosas podem até ser divertidos, porém também têm algo de sinistro. Afinal, com quem elas estão dançando?

Em meio a aventuras em noites mágicas e uma paixão avassaladora por um rapaz recém-chegado e enigmático, Annaleigh não consegue se livrar da sensação de que há alguma coisa muito errada por trás das mortes cada vez mais trágicas de suas irmãs. Investigar os mistérios que ameaçam a família Taumas parece ser a única solução para impedir que as sombras recaiam sobre todos — e que não seja ela a próxima vítima.

Já a editora Rocco lançou a sequência da saga best-seller “Jogos Vorazes” da autora Suzanne Collins. “Amanhecer na Colheita” (Sunrise on the Reaping), publicado originalmente em março de 2025, conta com tradução de Regiane Winarski e 448 páginas, nas quais narra a história de origem de um dos icônicos personagens da série, Haymitch Abernathy.

Quando você está fadado a perder tudo que ama, pelo que ainda vale a pena lutar?

Ao amanhecer do dia da colheita da Quinquagésima Edição dos Jogos Vorazes, o medo toma conta dos distritos de Panem. Nesse ano, em comemoração ao Massacre Quaternário, o dobro de tributos será levado de suas casas.

No Distrito 12, Haymitch Abernathy está tentando não pensar muito nas suas chances de ser sorteado – só quer sobreviver ao dia e passar um tempo com a garota que ama.

Mas, ao ser escolhido, todos os sonhos de Haymitch desmoronam. Ele é separado da família e da namorada e enviado para a Capital com outros três tributos do Distrito 12: uma menina que considera quase uma irmã, um rapaz viciado em calcular chances e apostas, e a garota mais arrogante da cidade.

Conforme os Jogos se aproximam, Haymitch compreende que está tudo armado para o seu fracasso, mas parte dele deseja lutar... e deseja também que essa luta reverbere muito além da arena mortal.

Outra aguardada sequência lançada esse mês em uma nova edição pela editora Suma é o terceiro volume da “Saga do Assassino” da aclamada autora Robin Hobb. Com tradução de Jorge Candeias e 760 páginas, “A Fúria do Assassino” (Assassin's Quest), publicado originalmente em março de 1997, é a conclusão arrebatadora do arco pessoal de Fitz e um desfecho notável para os diferentes conflitos desenvolvidos ao longo da série.

No volume que encerra a trilogia, Robin Hobb guia o leitor por um universo repleto de intriga, magia e perigo, onde os laços do passado e os desafios do presente forjam a trajetória de Fitz.

Depois de matar o próprio pai ― o rei Shrewd ―, e com o herdeiro Verity desaparecido, o príncipe Regal assumiu o trono dos Seis Ducados.

Submetido a torturas e maus-tratos a mando de Regal, Fitz foi deixado à beira da morte, e todos acreditam que ele não resistiu. A conexão com seu lobo, porém, está mais forte do que nunca. Com sede de vingança, Fitz parte para Vaudefeira, onde agora Regal reside, após abandonar os Ducados Costeiros à sua própria sorte. Fitz só tem uma missão: assassinar o homem que destruiu seu mundo.

Também nesse mês, a editora Livros da Alice lançou o livro-sensação da Coreia do Sul e a estréia do autor  You Yeong-Gwang. “A Loja dos Dias de Chuva” (The Rainfall Market), publicado originalmente em junho de 2023, conta com tradução de Jae Hyung Woo e 224 páginas, nas quais somos apresentados a um lugar extraordinário que surge nos primeiros dias que dão início à estação das chuvas. Uma construção em ruínas que abre os portais de um mundo mágico para aqueles que buscam conquistas e realizações.

No bairro de Rainbow Town, há uma construção velha e abandonada. Dizem que se você enviar uma carta para o endereço dela contando seus problemas, pode receber um convite para visitá-la. Mas é preciso ir até lá em um dia de chuva, pois só assim é possível entrar e vivenciar a misteriosa e mágica loja dos dias de chuva, ou para os que acreditam, a loja dos goblins, e escolher a vida que deseja ter.

Ninguém poderia estar mais surpreso em receber um convite do que a jovem Serin. Morando em um pequeno apartamento com a mãe, sem muitas expectativas para o futuro, a adolescente decide visitar a loja em busca de dias melhores. Acompanhada por um estranho gato chamado Issha, e sempre seguida por uma sombra misteriosa, ela irá vasculhar prateleiras, livros mágicos, perfumes e até reinos fantásticos atrás da felicidade e da vida perfeita.

Uma vez lá dentro, ela terá a oportunidade de trocar sua vida por uma nova. No entanto, ela é informada de que tem apenas uma semana para escolher a vida perfeita e encontrar a verdadeira felicidade. O problema é que Serin deve fazer isso em apenas uma semana ou ficará presa na loja para sempre. Será que ela tem sabedoria suficiente para escolher a “vida perfeita”?

Deixando um pouco a fantasia de lado vamos focar no crime, pois a editora Arqueiro lançou  esse mês o mais novo livro da autora best-seller Freida McFadden. “Até o Último de Nós” (One by One), publicado originalmente em julho de 2020, conta com tradução de Roberta Clapp e 224 páginas, nas quais uma semana no paraíso se transforma em pesadelo nesta história de traição e sobrevivência.

Claire Matchett vive uma grave crise no casamento e está se sentindo totalmente sobrecarregada pela criação dos dois filhos.

Com a viagem de férias que se aproxima, ela vê uma chance de resgatar a cumplicidade com o marido e ter um respiro da rotina estressante. Junto com dois casais de amigos, eles vão passar uma semana em uma pousada de luxo isolada e cercada pela natureza.

A apenas três quilômetros do destino, em uma estrada de terra deserta, o carro de Claire morre. Como não há sinal de celular, os casais são obrigados a seguir a pé. O problema é que no meio da mata não é tão fácil se localizar quanto achavam que seria. Depois de algumas horas, o grupo está perdido.

Enquanto entram cada vez mais na floresta, eles vão sendo abatidos misteriosamente, um por um. Será que estão sendo perseguidos por algum animal selvagem? Ou estão sendo caçados por alguém do próprio grupo?

Seja qual for a resposta, uma coisa logo fica clara: apenas um deles vai voltar vivo para casa.

Já quanto aos mangás, a editora JBC lançou o segundo volume da edição de colecionador de “Astro Boy” de Osamu Tezuka, o décimo quinto volume de “Cardcaptor Sakura - Clear Card Arc” do Grupo CLAMP e o volume sete da edição de colecionador de “Neo Genesis Evangelion de Yoshiyuki Sadamoto. Enquanto que a editora Panini lançou este mês o volume treze de “Kusuriya No Hitorigoto - Diários de uma Apotecária” de Itsuki Nanao, o volume trinta e quatro de “Komi não consegue se comunicar” de Tomohito Oda, e o décimo quarto volume de “Spy x Family” de Tatsuya Endou.
Assim, esses são os lançamentos do mês que mais me chamaram a atenção. Mas e você, quais são desses lançamentos está mais ansioso para ler? Me conta nos comentários.
Já começou um dos maiores e mais importantes eventos da indústria do livro, a Feira do Livro de Londres, onde a comunidade editorial global se reúne para desenvolver relacionamentos, obter insights e definir o futuro do conteúdo criativo. 


O evento, que acontece até o dia 13 de março no Centro de Convenções Olympia em West London, que passou por reformas nos últimos anos, contará com mais de 1.000 empresas de 60 países, expondo seus livros, participando de mais de 100 eventos, conferencias, seminários, máster classes, e realizando negócios nas áreas de direitos autorais, vendas e distribuição de conteúdo através de impressão, áudio, tv, cinema e canais digitais. 

Programação

Com o tema “Vire a Página”, a feira do livro deste ano reúne mais de 30.000 profissionais da indústria editorial de diversas partes do mundo, entre eles escritores, poetas, ilustradores e designers gráficos, bibliotecários, editores, livreiros, agentes literários, jornalistas, e diversos outros membros da comunidade literária, que desfrutarão de três dias de negócios, networking e aprendizado. Além de participarem de eventos atraentes e inspiradores, nos quais serão abordados tópicos importantes do setor editorial, como os audiobooks, a inteligência artificial, os direitos autorais, iniciativas de leitura para jovens, o futuro do licenciamento e da distribuição de livros, acessibilidade, sustentabilidade, social media, adaptações literárias, e muito mais.

Tudo isso, em espaços como o “Author HQ”, projetado para fornecer conhecimento e ferramentas a escritores e ilustradores que precisam tomar decisões em relação à publicação de seu trabalho. Assim como oferecer uma visão sobre as tendências do momento que tem empolgado a indústria editorial. Sem falar nos já tradicionais “Literary Translation Centre”, dedicado à tradução, o “International Rights Centre”, onde os profissionais de direitos se reúnem para conduzir negócios, a “Tech Theatre”, que discute os recentes desenvolvimentos tecnológicos na área editorial, a “The Illustrators' Gallery”, na qual ilustradores e artistas tem a oportunidade de expor seus trabalhos para a comunidade editorial internacional, e o “English PEN Literary Salon”, que apresentará um programa eclético de eventos sobre liberdade de expressão e literatura internacional. 

Há ainda o “Focus Theatre”, que sediará os Prêmios Trailblazer e contará com palestras sobre tópicos importantes do setor, e o “Academic Theatre”,  dedicado as publicações acadêmicas. Além da primeira edição da conferência “Academic and Professional Publishing”, que abrange tendências e desafios na publicação, e da conferência “The Writers’ Summit”, um evento de um dia que oferece consultoria especializada, workshops, networking, insights, inspiração e debates para ajudar escritores em todos os estágios da carreira a progredir na publicação.

O Brasil também marcará presença na feira com um estande ampliado (de 48m² para 56m²) e uma programação exclusiva, que inclui o já tradicional matchmaking, que facilita conexões estratégicas entre editoras brasileiras e internacionais, além do Caipirinha Hour, uma ação de networking que leva um toque da cultura brasileira a Londres. Tudo isso por meio do Brazilian Publishers, um projeto de internacionalização de conteúdo editorial brasileiro realizado em parceria entre a Câmara Brasileira do Livro (CBL) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), com apoio do Ministério das Relações Exteriores (MRE).

Autores do Dia

Continuando a tradição de celebrar alguns dos escritores e ilustradores mais aclamados e bem-sucedidos da atualidade, a Feira do Livro de Londres promove mais uma vez os programas “Author of the Day” e “Illustrator of the Fair”, no qual três autores e um ilustrador convidado participam de seminários, sessões de fotos, autógrafos e bate-papos, em diferentes dias da feira. 


Sendo que o primeiro dia do evento, dedicado a um autor internacional, contará com a presença da premiada romancista argentina Claudia Piñeiro (Elena Sabe). Já no segundo dia, dedicado ao ilustrador da feira e a um autor de livros adultos, o evento contará com a participação da escritora britânica nascida em Bangladesh Monica Ali (Um lugar chamado Brick Lane), e do quadrinista e autor britânico Jamie Smart (Bunny vs Monkey). Já no último dia do evento, tradicionalmente dedicado a um autor infanto-juvenil, será a vez do roteirista e escritor britânico, Frank Cottrell-Boyce (Cósmico).

Entre os demais autores convidados estarão JD Kirk (DCI Jack Logan Series), Alice McIlroy (The Glass Woman), Abiola Bello (The Love Dare), Molly Arbuthnott (Oscar the Ferry Cat), Philip Womack (O Outro Livro), Busayo Matuluko (Til Death), J M Dalgliesh (A Mulher Perfeita), Jemma Hatt (The Adventurers Series), Elif Shafak (A Ilha das Árvores Perdidas), Adele Parks (Just Between Us), LJ Ross (DCI Ryan Mysteries), Bobby Palmer (Isaac and the Egg), Liu Zhenyun (Someone to Talk To), Beth O’Leary (Um Amor Cinco Estrelas), Saara El-Arifi (Aliança Celestial), Lucy Clarke (Como as Outras Garotas), Max Porter (Luto sem Medo), entre outros.

Confira a programação completa no site oficial da London Book Fair.
Chegou o momento de conhecermos os melhores filmes do ano, que conquistaram seu lugar na maior e mais importante premiação do cinema internacional, o Oscar. 


Comemorando sua 97ª edição, a premiação deste ano, apresentada pelo comediante Conan O'Brien, contou com diversos filmes baseados em livros concorrendo a inúmeras categorias do Oscar, em especial, a categoria de Melhor Roteiro Adaptado, criada para os longas-metragens baseados tanto em livros, quanto em peças de teatro, musicais, histórias em quadrinhos, e até mesmo em parques temáticos, como o filme “Piratas do Caribe”.

Os Indicados

Os roteiros adaptados partem de histórias que tem uma maior aceitação em outras mídias, embora não sejam sempre baseadas em um livro. Como é o caso de “Sing Sing” que, embora não seja inspirado em uma obra literária, também concorreu à categoria de Melhor Roteiro Adaptado. Tendo sido baseado em um artigo da Esquire de John H. Richardson intitulado “The Sing Sing Follies (A Maximum Security Comedy)” sobre o programa Rehabilitation Through the Arts da prisão de segurança máxima de Sing Sing.

Concorrendo a 03 categorias no Oscar, incluindo a de Melhor Ator (Colman Domingo) e Melhor Canção Original ("Like a Bird" de Abraham Alexander e Adrian Quesada), o filme dirigido por Greg Kwedar, que assina o roteiro com Clint Bentley, narra a história de um grupo de presidiários envolvidos na criação de espetáculos teatrais por meio de um programa de reabilitação.


Já o controverso “Emilia Pérez”, dirigido por Jacques Audiard, que assina o roteiro em colaboração com Thomas Bidegain, Léa Mysius e Nicolas Livecchi, foi adaptado de uma ópera de mesmo nome que foi inspirada no romance “Écoute” de Boris Razon. Com 13 indicações ao Oscar, incluindo Melhor Filme, Melhor Direção e Melhor Atriz (Karla Sofía Gascón), o filme musical de comédia criminal levou para casa as estatuetas de Melhor Atriz Coadjuvante (Zoe Saldaña) e Melhor Canção Original com “El Mal” de Clément Ducol and Camille.


Com direção de RaMell Ross, que também é responsável pelo roteiro junto com Joslyn Barnes, “Nickel Boys” recebeu duas indicações ao Oscar, incluindo a de Melhor Filme. Baseado no livro homônimo de Colson Whitehead, vencedor do Prêmio Pulitzer de Ficção 2020, o longa-metragem de drama histórico narra a amizade e a transformação de dois adolescentes negros em um reformatório juvenil.


Indicado a oito Oscars, incluindo a de Melhor Filme, Melhor Direção e Melhor Ator (Timothée Chalamet), Melhor Ator Coadjuvante (Edward Norton) e Melhor Atriz Coadjuvante (Monica Barbaro), “Um Completo Desconhecido” dirigido por James Mangold, que também coescreveu o roteiro com Jay Cocks, é um filme biográfico musical inspirado no livro de não-ficção “Dylan Elétrico: do Folk ao Rock” de Elijah Wald, que é ambientado na década de 1960 e aborda o início da carreira do ícone da música, Bob Dylan.


E o Oscar foi para...

Com direção de Edward Berger e roteiro de Peter Straughan, o longa-metragem britânico-estadounidense conquistou o Oscar deste ano na categoria de Melhor Roteiro Adaptado. Com oito indicações ao Oscar, incluindo a de Melhor Filme e Melhor Ator (Ralph Fiennes), “Conclave” é baseado no romance do escritor Robert Harris, que narra a história do Cardeal Lawrence, que é encarregado de liderar um dos eventos mais secretos e antigos do mundo, a seleção de um novo Papa, que o coloca no centro de uma conspiração que pode abalar os próprios alicerces da Igreja.


Já o grande vencedor da noite foi “Anora”, que concorreu a seis Oscars e levou para casa cinco estatuetas, incluindo a de Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Atriz (Mikey Madison), Melhor Roteiro Original e Melhor Montagem. O que levou o cineasta Sean Baker a alcançar um feito inédito na história do Oscar, sendo o primeiro a vencer em quatro categorias com o mesmo filme.

Mais Adaptações

Desde grandes clássicos da literatura a famosas histórias infanto juvenis, várias outras adaptações também concorreram ao Oscar deste ano, como o filme brasileiro dirigido pelo cineasta Walter Salles (Central do Brasil) com roteiro adaptado por Murilo Hauser e Heitor Lorega. “Ainda Estou Aqui”, inspirado no livro homônimo de não ficção escrito por Marcelo Rubens Paiva, teve três indicações ao Oscar incluindo Melhor Filme e Melhor Atriz (Fernanda Torres), levando para casa a estatueta de Melhor Filme Internacional.

Com direção de Jon M. Chu e roteiro de Winnie Holzman e Dana Fox, o longa “Wicked: Parte Um” é a adaptação do musical homônimo de Stephen Schwartz e Holzman, que por sua vez foi baseado no romance “Wicked” de Gregory Maguire, uma releitura do clássico “O Mágico de Oz” de L. Frank Baum. Com 10 indicações ao Oscar, incluindo nas categorias de Melhor Filme, Melhor Atriz (Cynthia Erivo), Melhor Atriz Coadjuvante (Ariana Grande) e Melhor Trilha Sonora Original (John Powell and Stephen Schwartz), tendo vencido na categoria de Melhor Figurino (Paul Tazewell) e Melhor Design de Produção.

Dirigido pelo aclamado cineasta canadense Denis Villeneuve, a superprodução “Duna: Parte 2”, inspirada na obra do renomado autor Frank Herbert, também concorreu ao Oscar em cinco categorias, incluindo a de Melhor Filme, Melhor Fotografia, Melhor Design de Produção e Melhor Som, levando para casa a estatueta de Melhores Efeitos Especiais. Sendo que, outro clássico da ficção científica que concorreu a categoria foi “Planeta dos Macacos: O Reinado”, o quarto filme do reboot da franquia, dirigido por Wes Ball e com roteiro de Josh Friedman, inspirado no romance do autor francês Pierre Boulle.

Concorrendo a quatro categorias, incluindo Melhor Fotografia, Melhor Figurino, Melhor Maquiagem e Penteado, e Melhor Design de Produção temos “Nosferatu” escrito e dirigido pelo cineasta Robert Eggers. O filme é uma releitura de terror gótico checo-americano do clássico longa-metragem expressionista mudo “Nosferatu, eine Symphonie des Grauens” (1922), que por sua vez é uma adaptação do romance “Drácula” de Bram Stoker. Também concorreu ao Oscar na categoria de Melhor Documentário, “Quatro Paredes” escrito e dirigido pela jornalista Shiori Ito, também autora do livro de memórias “Black Box”, no qual o documentário é baseado.

Já nas categorias de Melhor Animação e Melhor Trilha Sonora Original concorreu o longa “Robô Selvagem” escrito e dirigido por Chris Sanders, e baseado na série de livros infanto juvenis de Peter Brown. Falando em animação, inspirado no livro ilustrado coreano,  “Magic Candies”,  dirigido por Daisuke Nishio e escrito por Baek Hee-na também recebeu uma indicação na categoria de Melhor Curta Animado.

Assim, em meio a discursos emocionados, homenagens comoventes, incríveis performances musicais e belíssimas apresentações, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas comemorou em grande estilo a sua 97ª edição.

Confira a lista completa dos indicados e vencedores do Oscar 2025 no seu site oficial.
Mais um ciclo que se encerra em meio a uma onda de calor, pancadas de chuvas, aniversários, livros novos, poucas leituras, alguns inconvenientes, uma pequena dose de depressão e um pudim de leite para adoçar um pouco a vida. 


Nada de muito excitante aconteceu em fevereiro, embora tenha sido o mês do meu aniversário. Assim, não tenho muito o que compartilhar aqui, além do fato de que estou cinco livros adiantada na minha meta de leitura e consegui concluir três leituras do meu projeto “Zero TBR”. Também consegui resistir aos lançamentos do mês, apesar de ter adquerido as sequências de um mangá e de uma série de livros que estou lendo no momento, o que não interfere no meu desafio Read What You Own.

Agora, vamos as leituras de fevereiro!

Comecei o mês finalizando a leitura do sexto volume da coleção Peanuts Completo de Charles M. Schulz. Uma coletânea com as tiras de banda desenhada publicadas de 1961 a 1962, que mostram a amizade, as brigas, e o companheirismo da turma de Charlie Brown e seu fiel companheiro Snoopy, que é sem dúvida o meu personagem preferido junto com o Linus.

Logo depois li o quadragésimo quarto livro do meu projeto “Zero TBR”, o primeiro volume da versão light novel de O Único Destino dos Vilões é a Morte de Gwon Gyeoeul, que narra os eventos dos três primeiros volumes do mangá com a minha vilã preferida, Penelope Eckhart. Amei quase tanto quanto o mangá, que pelo que pude constatar é uma adaptação bem fiel a obra.
Deixando o reino da fantasia decidi me aventurar pelo espaço com o trigésimo primeiro eBook do meu projeto “Zero TBR”, a space opera The Tea Master and the Detective de Aliette De Bodard. Uma história curta que se passa no universo Xuya, que mistura mistério e ficção científica em um mundo muito bem construído, porém com uma narrativa um pouco monótona.

Voltando ao universo dos quadrinhos, eu li Astronauta: Convergência de Danilo Beyruth, o último volume do primeiro grande arco de histórias do clássico personagem de Mauricio de Sousa no selo Graphic MSP, que apresenta incríveis releituras dos personagens que conheço e amo desde a infância.

Terminei o mês mergulhando na mitologia africana, com o quadragésimo quinto livro do meu projeto “Zero TBR” e o décimo oitavo do desafio r/Fantasy, uma história cheia de magia e mistério sobre amizade, superação e como achar seu lugar no mundo. Bruxa Akata de Nnedi Okorafor é o primeiro volume de uma trilogia que não sei se vou continuar, pois apesar de sua premissa interessante e uma ótima construção de mundo e sistema mágico, o desenvolvimento dos personagens deixou um pouco a desejar.

Resumindo, fevereiro foi mais um mês quente e cansativo, que apesar de ser o mais curto do ano passou se arrastando em meio a 1.215 páginas repletas de magia, aventura, mistério e uma boa dose de humor. Sem dúvida, este não foi um dos meus melhores meses, mas pelo menos fiz algum progresso nos meus projetos e desafios de leitura. Além disso, estou animada com a chegada de março, do outono, e das minhas maratonas de leitura preferidas, Middle Grade March e March Mystery Madness.

Mas, como foi o seu fevereiro? Você leu algum livro interessante? Ou completou mais um ano de vida? Eu adoraria ouvir mais sobre isso nos comentários!