Chegou o momento de conhecermos os melhores filmes do ano, que conquistaram seu lugar na maior e mais importante premiação do cinema internacional, o Oscar. 


Comemorando sua 97ª edição, a premiação deste ano, apresentada pelo comediante Conan O'Brien, contou com diversos filmes baseados em livros concorrendo a inúmeras categorias do Oscar, em especial, a categoria de Melhor Roteiro Adaptado, criada para os longas-metragens baseados tanto em livros, quanto em peças de teatro, musicais, histórias em quadrinhos, e até mesmo em parques temáticos, como o filme “Piratas do Caribe”.

Os Indicados

Os roteiros adaptados partem de histórias que tem uma maior aceitação em outras mídias, embora não sejam sempre baseadas em um livro. Como é o caso de “Sing Sing” que, embora não seja inspirado em uma obra literária, também concorreu à categoria de Melhor Roteiro Adaptado. Tendo sido baseado em um artigo da Esquire de John H. Richardson intitulado “The Sing Sing Follies (A Maximum Security Comedy)” sobre o programa Rehabilitation Through the Arts da prisão de segurança máxima de Sing Sing.

Concorrendo a 03 categorias no Oscar, incluindo a de Melhor Ator (Colman Domingo) e Melhor Canção Original ("Like a Bird" de Abraham Alexander e Adrian Quesada), o filme dirigido por Greg Kwedar, que assina o roteiro com Clint Bentley, narra a história de um grupo de presidiários envolvidos na criação de espetáculos teatrais por meio de um programa de reabilitação.


Já o controverso “Emilia Pérez”, dirigido por Jacques Audiard, que assina o roteiro em colaboração com Thomas Bidegain, Léa Mysius e Nicolas Livecchi, foi adaptado de uma ópera de mesmo nome que foi inspirada no romance “Écoute” de Boris Razon. Com 13 indicações ao Oscar, incluindo Melhor Filme, Melhor Direção e Melhor Atriz (Karla Sofía Gascón), o filme musical de comédia criminal levou para casa as estatuetas de Melhor Atriz Coadjuvante (Zoe Saldaña) e Melhor Canção Original com “El Mal” de Clément Ducol and Camille.


Com direção de RaMell Ross, que também é responsável pelo roteiro junto com Joslyn Barnes, “Nickel Boys” recebeu duas indicações ao Oscar, incluindo a de Melhor Filme. Baseado no livro homônimo de Colson Whitehead, vencedor do Prêmio Pulitzer de Ficção 2020, o longa-metragem de drama histórico narra a amizade e a transformação de dois adolescentes negros em um reformatório juvenil.


Indicado a oito Oscars, incluindo a de Melhor Filme, Melhor Direção e Melhor Ator (Timothée Chalamet), Melhor Ator Coadjuvante (Edward Norton) e Melhor Atriz Coadjuvante (Monica Barbaro), “Um Completo Desconhecido” dirigido por James Mangold, que também coescreveu o roteiro com Jay Cocks, é um filme biográfico musical inspirado no livro de não-ficção “Dylan Elétrico: do Folk ao Rock” de Elijah Wald, que é ambientado na década de 1960 e aborda o início da carreira do ícone da música, Bob Dylan.


E o Oscar foi para...

Com direção de Edward Berger e roteiro de Peter Straughan, o longa-metragem britânico-estadounidense conquistou o Oscar deste ano na categoria de Melhor Roteiro Adaptado. Com oito indicações ao Oscar, incluindo a de Melhor Filme e Melhor Ator (Ralph Fiennes), “Conclave” é baseado no romance do escritor Robert Harris, que narra a história do Cardeal Lawrence, que é encarregado de liderar um dos eventos mais secretos e antigos do mundo, a seleção de um novo Papa, que o coloca no centro de uma conspiração que pode abalar os próprios alicerces da Igreja.


Já o grande vencedor da noite foi “Anora”, que concorreu a seis Oscars e levou para casa cinco estatuetas, incluindo a de Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Atriz (Mikey Madison), Melhor Roteiro Original e Melhor Montagem. O que levou o cineasta Sean Baker a alcançar um feito inédito na história do Oscar, sendo o primeiro a vencer em quatro categorias com o mesmo filme.

Mais Adaptações

Desde grandes clássicos da literatura a famosas histórias infanto juvenis, várias outras adaptações também concorreram ao Oscar deste ano, como o filme brasileiro dirigido pelo cineasta Walter Salles (Central do Brasil) com roteiro adaptado por Murilo Hauser e Heitor Lorega. “Ainda Estou Aqui”, inspirado no livro homônimo de não ficção escrito por Marcelo Rubens Paiva, teve três indicações ao Oscar incluindo Melhor Filme e Melhor Atriz (Fernanda Torres), levando para casa a estatueta de Melhor Filme Internacional.

Com direção de Jon M. Chu e roteiro de Winnie Holzman e Dana Fox, o longa “Wicked: Parte Um” é a adaptação do musical homônimo de Stephen Schwartz e Holzman, que por sua vez foi baseado no romance “Wicked” de Gregory Maguire, uma releitura do clássico “O Mágico de Oz” de L. Frank Baum. Com 10 indicações ao Oscar, incluindo nas categorias de Melhor Filme, Melhor Atriz (Cynthia Erivo), Melhor Atriz Coadjuvante (Ariana Grande) e Melhor Trilha Sonora Original (John Powell and Stephen Schwartz), tendo vencido na categoria de Melhor Figurino (Paul Tazewell) e Melhor Design de Produção.

Dirigido pelo aclamado cineasta canadense Denis Villeneuve, a superprodução “Duna: Parte 2”, inspirada na obra do renomado autor Frank Herbert, também concorreu ao Oscar em cinco categorias, incluindo a de Melhor Filme, Melhor Fotografia, Melhor Design de Produção e Melhor Som, levando para casa a estatueta de Melhores Efeitos Especiais. Sendo que, outro clássico da ficção científica que concorreu a categoria foi “Planeta dos Macacos: O Reinado”, o quarto filme do reboot da franquia, dirigido por Wes Ball e com roteiro de Josh Friedman, inspirado no romance do autor francês Pierre Boulle.

Concorrendo a quatro categorias, incluindo Melhor Fotografia, Melhor Figurino, Melhor Maquiagem e Penteado, e Melhor Design de Produção temos “Nosferatu” escrito e dirigido pelo cineasta Robert Eggers. O filme é uma releitura de terror gótico checo-americano do clássico longa-metragem expressionista mudo “Nosferatu, eine Symphonie des Grauens” (1922), que por sua vez é uma adaptação do romance “Drácula” de Bram Stoker. Também concorreu ao Oscar na categoria de Melhor Documentário, “Quatro Paredes” escrito e dirigido pela jornalista Shiori Ito, também autora do livro de memórias “Black Box”, no qual o documentário é baseado.

Já nas categorias de Melhor Animação e Melhor Trilha Sonora Original concorreu o longa “Robô Selvagem” escrito e dirigido por Chris Sanders, e baseado na série de livros infanto juvenis de Peter Brown. Falando em animação, inspirado no livro ilustrado coreano,  “Magic Candies”,  dirigido por Daisuke Nishio e escrito por Baek Hee-na também recebeu uma indicação na categoria de Melhor Curta Animado.

Assim, em meio a discursos emocionados, homenagens comoventes, incríveis performances musicais e belíssimas apresentações, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas comemorou em grande estilo a sua 97ª edição.

Confira a lista completa dos indicados e vencedores do Oscar 2025 no seu site oficial.
Mais um ciclo que se encerra em meio a uma onda de calor, pancadas de chuvas, aniversários, livros novos, poucas leituras, alguns inconvenientes, uma pequena dose de depressão e um pudim de leite para adoçar um pouco a vida. 


Nada de muito excitante aconteceu em fevereiro, embora tenha sido o mês do meu aniversário. Assim, não tenho muito o que compartilhar aqui, além do fato de que estou cinco livros adiantada na minha meta de leitura e consegui concluir três leituras do meu projeto “Zero TBR”. Também consegui resistir aos lançamentos do mês, apesar de ter adquerido as sequências de um mangá e de uma série de livros que estou lendo no momento, o que não interfere no meu desafio Read What You Own.

Agora, vamos as leituras de fevereiro!

Comecei o mês finalizando a leitura do sexto volume da coleção Peanuts Completo de Charles M. Schulz. Uma coletânea com as tiras de banda desenhada publicadas de 1961 a 1962, que mostram a amizade, as brigas, e o companheirismo da turma de Charlie Brown e seu fiel companheiro Snoopy, que é sem dúvida o meu personagem preferido junto com o Linus.

Logo depois li o quadragésimo quarto livro do meu projeto “Zero TBR”, o primeiro volume da versão light novel de O Único Destino dos Vilões é a Morte de Gwon Gyeoeul, que narra os eventos dos três primeiros volumes do mangá com a minha vilã preferida, Penelope Eckhart. Amei quase tanto quanto o mangá, que pelo que pude constatar é uma adaptação bem fiel a obra.
Deixando o reino da fantasia decidi me aventurar pelo espaço com o trigésimo primeiro eBook do meu projeto “Zero TBR”, a space opera The Tea Master and the Detective de Aliette De Bodard. Uma história curta que se passa no universo Xuya, que mistura mistério e ficção científica em um mundo muito bem construído, porém com uma narrativa um pouco monótona.

Voltando ao universo dos quadrinhos, eu li Astronauta: Convergência de Danilo Beyruth, o último volume do primeiro grande arco de histórias do clássico personagem de Mauricio de Sousa no selo Graphic MSP, que apresenta incríveis releituras dos personagens que conheço e amo desde a infância.

Terminei o mês mergulhando na mitologia africana, com o quadragésimo quinto livro do meu projeto “Zero TBR” e o décimo oitavo do desafio r/Fantasy, uma história cheia de magia e mistério sobre amizade, superação e como achar seu lugar no mundo. Bruxa Akata de Nnedi Okorafor é o primeiro volume de uma trilogia que não sei se vou continuar, pois apesar de sua premissa interessante e uma ótima construção de mundo e sistema mágico, o desenvolvimento dos personagens deixou um pouco a desejar.

Resumindo, fevereiro foi mais um mês quente e cansativo, que apesar de ser o mais curto do ano passou se arrastando em meio a 1.215 páginas repletas de magia, aventura, mistério e uma boa dose de humor. Sem dúvida, este não foi um dos meus melhores meses, mas pelo menos fiz algum progresso nos meus projetos e desafios de leitura. Além disso, estou animada com a chegada de março, do outono, e das minhas maratonas de leitura preferidas, Middle Grade March e March Mystery Madness.

Mas, como foi o seu fevereiro? Você leu algum livro interessante? Ou completou mais um ano de vida? Eu adoraria ouvir mais sobre isso nos comentários!